Elaine Daniela Nascimento, 25
Voluntária
São Paulo



Música para São Paulo

Eu fiz uma linda canção
pra São Paulo
Cidade do meu coração:
São Paulo
O primo, o amigo, o irmão (1)
De São Paulo
O kibe, o feijão , o macarrão (2)
Euclides , Monteiro, Simão (3)
João Paulo (4)
Pedreiro , copeiro, alemão (5)
A MPB na São João
O pombo, o menino, o leilão
E as lindas meninas estão
Em São Paulo
Ibira, Trianon, Aclimação (6)
Em São Paulo

Refrão:
(cantar como se fosse um trem em movimento)
{ Iguatemi; Carandirú; o Mandaquí; a Guaicurus; comer sushi; Anhangabaú; ir pro Pari; o Paissandú...Piuuuííííí....piuiííí! }

Discar zero onze
E falar com São Paulo
Cabelos azuis ainda estão
em São Paulo
Santana, Capão e Japão (7)
Ações, petições , sacolão
Rações, Pet Shop, Limão...em São Paulo
Os Zés, os Edus, os Martins, os Cardosos (8)
Tietê , Marginal, marginal
E Saulo (9)
Pastel, malhação, catedral
Metrô, 23, bacalhau (10)
Rottweiler, Walkman, exportação (11)
De São Paulo
Negócios. Lazer, diversão
Instituto do Coração
Os Chicos, Pinheiros, o ouro (12)
Por São Paulo
E cantei uma linda canção
Pra São Paulo


Veja abaixo a interpretação da música, feita pela autora:


(1) O primo, o amigo, o irmão

Homenagem às famílias e aos amigos que são moradores da cidade

(2) O kibe, o feijão , o macarrão

Kibe: homenagem à todas as comunidades estrangeiras e diversificações alimentícias representada neste caso pelo quibe (Kibe) dos Árabes.
Feijão: homenagem aos Paulistanos e ao trivialismo e ao "Virado à paulista" .
Macarrão: homenagem aos imigrantes , representado aqui pelos Italianos e Chineses.


Curiosidade: O Virado à paulista
Fonte:
http://jangadabrasil.com.br/
outubro50/cp50100c.htm

Carlos Borges Schmidt

Em seu excelente ensaio histórico sobre as monções que, a partir do primeiro quartel do século XVIII, marcaram uma nova etapa na história pátria, Sérgio Buarque de Holanda dedica especial atenção às questões relacionadas com a alimentação dos monçoeiros. Dura pena sofreram aqueles paulistas bem como gente de outras plagas que se aventurou Tietê abaixo, fosse espontaneamente em direitura às minas auríferas, de pouco descobertas no Cuiabá, fosse, mais tarde, compulsoriamente em rumo a praça forte de Nossa Senhora dos Prazeres de Iguatemi, cemitério de paulistas, criado, e por muito tempo mantido pelo Morgado de Mateus, capitão-general de São Paulo nos confins das terras lusas com as do Paraguai.

Lembra aquele autor que, a bordo das canoas "a farinha tinha em muitos pontos, papel semelhante ao que desempenhara o famoso biscoito das galeras nas antigas viagens ultramarinas. Farinha de milho principalmente, se é verdade que a mandioca só começa a ser cultivada, em escala apreciável, no planalto, em fins do século XVIII que o produto conduzido a bordo, durante o mesmo século, provinha, sobretudo, dos distritos de Itu e Araritaguaba, onde sempre foram numerosas as roças de milho" [1]. Mas não era a farinha de milho alimento exclusivo. Pelo contrário, ela era complementada pelo feijão e pelo toucinho de porco. Dessa ração monçoeira, por assim dizer, aquele autor refere-se a informações contidas em publicações de documentos antigos, que registram a seguinte ração individual, para cálculo dos suprimentos necessários durante as longas jornadas; cento e quinze gramas de toucinho por dia; nove litros de farinha de milho por dez dias e quatro e meio litros de feijão pelos mesmos dez dias [2]. Essa a ração atribuída, indistintamente a mareantes e passageiros [3]. Sistematicamente, obedeciam à mesma rotina, o preparo das refeições, dias após dias. "Antes do pôr-do-sol, costumavam os homens arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão com toucinho, o panem nostrum quotidianum dos navegantes, segundo expressão de um deles, além da indefectível farinha de milho ou de mandioca), e algum pescado apanhado pelo caminho" [4].

A tal ponto se integrara no regime alimentar paulista o virado de feijão que, diz-se, o próprio dom Pedro, por razões óbvias, em uma de suas visitas a São Paulo, comeu à moda da terra, em banquete público, feijão preparado com toucinho e farinha [5].

Em introdução aos Relatos monçoeiros faz o saudoso mestre Afonso de Escragnolle Taunay, um apanhado dessa característica invariável dos hábitos alimentares de então. "O virado paulista de feijão era o grande recurso dos monçoeiros; a famosa mistura de feijão preparado com toucinho e farinha. A farinha de milho predominava muito sobre a de mandioca. No aprovisionamento das monções vemos sempre figurar esse elementos essenciais. Os alqueires de farinha de milho eram sempre um pouco mais que os de feijão o número destes determinava outro idêntico de arrobas de toucinho. A predominância da farinha de milho sobre a de mandioca era em geral muito acentuada. Mas isso não era regra sem exceção, pois na monção de Rodrigo César de Menezes, em 1726, foram embarcados cem alqueires de farinha de mandioca e 150 da de milho, para 65 de feijão e 23 de trigo" [6]. É evidente que, quando havia exclusivamente farinha de mandioca para comprar, ao serem armadas as monções, não prevalecia dúvida alguma. Abasteciam-na com farinha da famosa raiz. Mas o costume mesmo era farinha de milho, não apenas para o aprovisionamento inicial, como porque, durante a viagem, por ali ou por outras rotas bandeirantes, era mais fácil de ser encontrada pronta, ou prepará-la quando não existia disponível. E, no caso presente, explica-se, também, pelo fato de ser Rodrigo César de Menezes recém-chegado de outras plagas, talvez já habituado à farinha de mandioca e, ainda, com o seu paladar não identificado com a farinha paulista.


Ao longo da rota monçoeira, espalhavam-se pequenas roças de milho e feijão, para vender aos navegantes. Também capados e galinhas. Da viagem que fez às minas de Cuiabá, em 1727, o capitão João Antônio Cabral Camelo deixou um relato onde se pode avaliar a disposição de tais postos de eventual reabastecimento. Dia e meio de viagem, abaixo da barra do rio Piracicaba, encontravam-se dois moradores, com roças de milho e feijão, além de porcos e galinhas, para vender aos que passavam, de ida ou de volta de Cuiabá. Dali ao rio Paraná, iam doze ou treze dias de navegação. No rio Paraná, abaixo da barra do rio Verde estavam dois outros roceiros, com suas plantas de milho e feijão em abundância e que vendiam pelo preço que desejassem; a primeira destas duas roças, situada na margem esquerda, possuía uma capela em honra de São Bom Jesus. Depois de transposto o varadouro de Camapuã, rodados o Coxim e o Taquari, entravam no rio Paraguai e, logo adiante, alcançavam a barra do rio Cuiabá.

Daí para cima, ao quarto ou quinto dia se chega ao Arraial velho, ou registro, que vem a ser uma roça com muito bom bananal; dia e meio acima desta roça está outra, também povoada, e desta até aos Morrinhos, que serão sete ou oito dias de viagem, a outras duas que dão bastante milho e feijão; porém, dos Morrinhos até a vila, que são seis ou sete dias, quase todo este rio está cercado de roças e fazendas, como também quatro ou cinco acima da mesma vila (Cuiabá) e em todas se plantam milho e feijão, em os dois meses do ano março e setembro, dão, também, excelente mandioca, de que se faz farinha" [7].

Tendo lá permanecido algum tempo, regressou o capitão Cabral Camelo. Partindo de Cuiabá, com 14 dias de viagem chegou à primeira roça situada no rio Taquari Insegura a vida e incerto o destino daqueles roceiros solitários e destemerosos. Continuando o trajeto, chega a roça do Caijuru: passa em seguida o salto do Corau e o Nhanduí-mirim, encontrando as roças todas despovoadas. É que os roceiros tinham sido mortos pelos índios Caiapós. Abaixo do Caijuru existia gente nas roças. Chega ao Nhanduí e, no dia em que parte dali, parte também o roceiro, amedrontado com as correrias da indiada.

Abaixo do Nhanduí estavam também despovoadas as roças como também a primeira situada no rio Paraná. Na outra, pouco mais acima, estava lá apenas um único homem. No Tietê, abaixo da foz do Piracicaba, existiam quatro roças com gente e muitas outras despovoadas. Entre este ponto e Itú existia apenas uma única roça. Entretanto, nas quatros últimas léguas para chegar à vila de Araritaguaba, estava bem povoada a região marginal do Tietê [8].

Mas o capitão Camelo, sete anos mais tarde, em 1734, faz nova viagem a Cuiabá, de onde retornou a pé, curtindo duras penas. Como é óbvio, não podia um pedestre transportar os gêneros necessários ao consumo normal durante a extensa caminhada, tal como viajando embarcado. E o feijão faltava; a farinha era pouca; o toucinho escasso. Sacrifício imenso, "porque o feijão, que era todo o nosso regalo, não se pode carregar todo o necessário, e, assim, não comíamos mais que um pouco de angu, que se fazia para os negros e brancos de uma pouca farinha com algum toucinho derretido, ou desfeito em água; em Camapuã não foi menor a miséria, que o Caiapó nos queimou a rancharia; etc." [9]. A fazenda do Camapuã, situada no divisor de águas Paraná-Paraguai, entre as cabeceiras do Pardo e do Coxim, era por onde varavam as canoas; por terra e, principalmente, onde se refaziam as reservas alimentares das expedições. A situação era essa. De vez em quando, a bugrada dava em cima daqueles roceiros isolados, e, de um ano para o outro, ou entre a ida e a volta, os viajantes já não encontravam recursos onde e de que tinham-se valido na passagem anterior.

Em meio ao terceiro quartel do século XVIII, ou melhor, no ano de 1769, uma importante monção foi despachada em rumo à praça forte de Iguatemi, nas lindes paraguaias. Comandava-a Teotônio José Juzarte. Desde os preparativos em Arantaguaba (Porto Feliz), o responsável pelo sucesso da viagem em que iam cerca de oitocentas pessoas multiplicava-se em providências indispensáveis, em cuidados e planos de toda espécie, inclusive e principalmente, naqueles referentes à alimentação. "O mantimento de que se fornecem estas embarcações para a viagem não excede a feijão, farinha de mandioca ou de milho, toucinho e sal, que é o cotidiano sustento, exceto alguma caça, ou peixe, se o há". Mas necessário era prever a quantidade de cada um dos gêneros em função do número dos que integravam a monção e o tempo que seria consumido na viagem. E inclusive o acondicionamento. "Este mantimento, feita a conta do que se precisa para cada canoa, durante a viagem, se acomoda em sacos cilindrados que tem um pé de diâmetro e cinco ou seis de comprido esta figura é a que convém para se acomodarem melhor, pelo seu comprimento e pouco diâmetro". Em seguida Juzarte anota o sistema de alimentação quanto ao horário e condições do alimento. "Durante a dita viagem se costuma cozinhar à noite, o que se há de comer no outro dia, e porque não se pode acender fogo ao jantar, come-se frio o feijão que ontem se cozinhou" [10].

E lá se foi a expedição rio abaixo. Desceu o Tietê, rodou o Paraná. Com quarenta dias de viagem alcançava a barra do Iguatemi. Era já dolorosa a situação dos expedicionários, no que tangia à alimentação. Porque sofrimentos de outra natureza já tinham principiado no mesmo dia, ou de véspera, da partida do porto monçoeiro. "Nesta altura - dizia - Juzarte - já se não perdoava a macaco, capivara ou outro qualquer bicho, para se comer, porque a ração se diminuía, e a fome apertava, a farinha já ia corrupta pelas umidades, e essa pouca, o feijão também pouco, podre, e já nascendo por conta das muitas umidades, toucinho quase nenhum, nestes termos, além dos muitos enfermos que já tínhamos cuidávamos em abreviar a jornada" [11]. A coisa era assim: difícil com bastante feijão, toucinho e farinha de milho; horrorosa sem aqueles alimentos.

Na travessia do lago Xaraes, em viagem realizada por volta de 1786. Lacerda e Almeira durante sete dias, passou "com um pouco de farinha de milho e marmelada, já ardida que de São Paulo vem para todas as Minas para negócio, etc." E mais adiante ao entrar no rio Paraguai, vindo de Cuiabá, dá o seu testemunho sobre a valia do complexo alimentar bandeirante. "Vi então, por experiência própria que o melhor guisado do mundo, e o mais inocente, é o feijão e toucinho pouco cozidos. Este é o bom efeito da sobriedade" [12].

Um dos primeiros testemunhos, no século XIX, da alimentação à base do virado paulista foi Mawe sem dúvida. "A alimentação usual dos habitantes é a seguinte: para o almoço, uma variedade de leguminosa chamada feijão cozido, e depois misturado com farinha de milho; para o jantar, feijão cozido com carne de porco gordo, e algumas folhas de repolho, uma espécie de pirão feito com caldo de carne de porco derramado num prato de farinha sendo comido com a mão, que é muito apreciado para a ceia, umas pobres hortaliças também cozinhadas com porco" [13]. Estava o autor da viagem pela zona de Cantagalo, na província fluminense. Esse comer com a mão, a que Mawe se refere deve ser pelo processo de fazer "capitão", juntando farinha ao virado até que seja obtida a consistência necessária para manter íntegro um pelote de virado feito com as pontas dos dedos, sobre o prato, para tornar possível leva-lo à boca. É o que ouvi contar, na minha infância, sobre como "os antigos faziam".

Voltemos às monções cuiabanas. Hercules Florence registrou, no relato de sua viagem fluvial até o Amazonas, em 1826, o ritmo das refeições diárias. "Navegamos todo o dia parando só para tomar refeição. De manhã, nossa gente almoçava farinha de milho desmanchada em água fria e açucarada. Ao meio-dia abicava-se para jantar. Comia-se a essa hora um prato de feijões feito de véspera com toucinho e que, depois de aquecidos, misturam-se com farinha de milho" [14]. Feijão e farinha e toucinho também não deviam faltar nas monções. Quando bem calculadas as necessidades, o que levavam bastava, até arribarem em local de reabastecimento, se tudo corria bem, sem atrasos inesperados. E nas viagens para Cuiabá, e além, as grandes expedições possuíam parece, um único grande centro de reabastecimento: Camapuã. "Como de Porto Feliz - comprova-o Hercules Florence - partíramos levando a quantidade de farinha de milho necessária para a viagem até Camapuã, a fim de não carregar demais as canoas, tivemos que encomendar 120 alqueires de farinha foi toda batida a poder de braço, nos simples pilões de uso doméstico.

O velho hábito do feijão com farinha de milho cristalizou-se no complexo alimentar de nossa população rural. Na penúltima década do século passado. Ina Von Binzer, jovem professora alemã que ensinou filhos de fazendeiros paulistas e fluminenses, de uma fazendo do estado do Rio de Janeiro, próximo ao de São Paulo, mandava contar, em carta a uma sua compatriota, entre as muitas coisas que aqui ocorriam, que andava "namorando a farinha de milho e a de mandioca que vem à mesa em cestas de pão e que os brasileiros misturam com feijões cheios de caldo, etc." [16]. Até ao paladar de uma jovem professora germânica completamente desabituada a coisas que tais, acabou sabendo bem o nosso feijão com farinha. E alguns torresminhos misturados...


Notas:
1. Sérgio Buarque de Holanda, Monções. Rio de Janeiro. 1945, p.186.
2. Departamento do Arquivo do Estado, Documentos interessantes, v.7, São Paulo, p.46
3. Sérgio Buarque de Holanda, op. cit., p.195
4. Sérgio Buarque de Holanda, op. cit., p.186
5. Sérgio Buarque de Holanda, op. cit., p.187
6. Afonso de E. Taunay, Relatos monçoeiros, São Paulo
7. Afonso de E. Taunay, op. cit., p.115-122
8. Afonso de E. Taunay, op. cit., p.132
9. Afonso de E. Taunay, op. cit., p.133
10. Afonso de E. Taunay, op. cit., p.219
11. Afonso de E. Taunay, op. cit., p.252
12. Francisco José de Lacerda e Almeida. "Diário de viagens de..." São Paulo. 1841, p.66
13. John Mawe, Viagem ao interior do Brasil, Rio de Janeiro, 1944, p.129.
14. Hercules Florence, Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas, São Paulo, 1948, p.96
15. Hercules Florence, op. cit., p.106
16. Ina Von Binzer. Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil, São Paulo, 1946, p.27.


(Schmidt, Carlos Borges. "O virado paulista". Diário de São Paulo, , 21 de junho 1959)
http://sea2fd.sea2.hotmail.msn.com/
cgi-bin/dasp/bibliografia/bibliografiace.
htm#diariosp210659


(3) Euclides, Monteiro, Simão

Homenagem a:


- Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, engenheiro, jornalista, professor, ensaísta, sociólogo e poeta, nasceu em 20 de janeiro de 1866, na Fazenda Saudade, distrito de Santa Rita do Rio Negro, atual Euclidilândia, no município de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro. Faleceu na manhã de 15 de agosto de 1909, na Estação da Piedade, Estrada Real de Santa Cruz, Rio de Janeiro, aos 42 anos de idade, assassinado pelo jovem Dilermando de Assis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha.

(Pela sua obra literária entre outras , em especial "Os Sertões" - comemoração acadêmica do centenário do lançamento da obra)

- José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 -mas jurava de pé junto ter nascido em 1884- na cidade de Taubaté. Advogado, jornalista e escritor, diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1904. Durante alguns anos, atuou como procurador público e promotor em Taubaté e Areias (SP), ao mesmo tempo em que colaborava com pequenos jornais do interior paulista

Monteiro Lobato morreu, vitimado por um derrame, às 4 horas da madrugada do dia 4 de julho de 1948, deixando um legado de personagens que ficarão para sempre impregnados nas retinas de todos aqueles que tiveram e que terão contato com as histórias do Jeca Tatu, do Saci, da Cuca, da boneca Emília, do Visconde de Sabugosa, da Narizinho, do Pedrinho, da Tia Nastácia, da Dona Benta, entre outros tantos que habitam as obras deste que foi conhecido como "O Furacão da Botocúndia".
Pela sua obra literária , entre outras, em especial "O Sítio do Pica-pau amarelo" (por suas obras publicadas de literatura infantil)

- José Simão: jornalista , colunista. cronista, chargista, comentarista que diariamente leva os leitores às gargalhadas em sua coluna na Folha de S. Paulo,

(Em especial por trazer, nos dias atuais, diversão ao povo que destas tanto precisa)

(4) João Paulo

Homenagem ao Papa João Paulo 2º

Quando a 18 de Maio de 1920, a pequena localidade de Wadowice, na Polónia, viu nascer Karol Jozef Wojtyla, não imaginava que aquele miúdo franzino, filho de um militar reformado e uma professora, viria a tornar-se no representante máximo da Igreja Católica.

Wadowice era constituída por oito mil católicos e dois mil judeus, talvez por isso Wojtyla seja o primeiro Papa a não partilhar a visão anti-semita de muitos dos seus antecessores. Foi o primeiro a rezar junto a uma campa de Auschwitz (1979), a entrar numa sinagoga (Roma, 1986) e numa mesquita (Síria, 2001).

Ao ser escolhido pelo Colégio de Cardeais, em Outubro de 1978, Wojtyla torna-se no primeiro Papa não italiano em 455 anos e o mais jovem (58 anos) em 132 anos.

Oito meses após a ordenação, visita a Polónia. É recebido por milhares de pessoas, apesar de ser considerado como uma ameaça pelo governo comunista. A primeira viagem apostólica (28 de Janeiro 1979) tem o México como destino. Na deslocação até Puebla, transportado pelo primeiro «papamóvel» da Igreja, é saudado por mais de dez milhões de pessoas ao longo de 133 quilómetros.

Homem de oração e acção, poliglota e carismático, o Papa que veio do Leste virou a Igreja para o mundo, promoveu a aproximação entre povos e religiões e influenciou alguns dos acontecimentos políticos mais relevantes do fim do século XX. Recebeu no Vaticano o líder palestino Yasser Arafat (1982) e o primeiro-ministro israelita Shimon Peres (1985), promoveu o primeiro encontro inter-religioso em Assis (1986), encontrou Augusto Pinochet na visita ao Chile (1987) e reuniu com Mikhail Gorbatchov (1989).

Em 1994, a nomeação como «Homem do Ano» pela revista «Time» confirma o lugar que este polaco conquistou dia-a-dia em todo o Mundo. Quatro anos depois, o representante máximo da Igreja Católica faz uma visita histórica à Cuba de Fidel Castro.

No Ano Santo do Jubileu, as celebrações dos dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo ficam marcadas pela visita aos lugares onde Deus fez História. A 24 de Fevereiro de 2000 João Paulo II chega ao Egipto, onde, aos pés do Monte Sinai, orou pela paz e a harmonia inter-religiosa. «As-salámû 'aláikum - A paz esteja convosco!», referiu no aeroporto internacional do Cairo.

Entre 4 e 10 de Maio de 2001, João Paulo II faz uma peregrinação seguindo os passos de São Paulo que o levou à Grécia, Síria e Malta.

Foi na Grécia que pediu «perdão» pelos católicos que «pecaram contra os ortodoxos». Na Síria, apelou à unidade das igrejas do Oriente, lembrando princípios éticos como a não ocupação de territórios pela força e o respeito pelas resoluções internacionais. Em Malta foi recebido por cerca de 200 mil pessoas.

Entre 23 e 27 de Junho de 2001, o Sumo Pontífice realiza a sua 94ª peregrinação fora de Itália. Desta vez o destino foi a Ucrânia. Depois de várias manifestações contra a sua visita a um país maioritariamente ortodoxo, João Paulo II foi recebido e aplaudido por milhares de fiéis católicos.

A ida ao Cazaquistão e Arménia, no final de Setembro de 2001, após os atentados terroristas aos Estados Unidos e com o início da ofensiva militar no Afeganistão iminente, foi mais uma prova de determinação e coragem.

Em 2002 promove novo encontro em Assis, reunindo meia centena de confissões religiosas em nome da paz. «Ouvir-nos uns aos outros já é um sinal de paz», sublinha João Paulo II.

A 100ª viagem teve como destino a Croácia (Junho 2003). Em um quarto de século, João Paulo II realizou 102 viagens a 129 países. Percorreu um milhão e 300 mil quilómetros. Terá sido visto por cerca de 400 milhões de pessoas. Os dias de ausência do Vaticano somam dois anos e oito meses.

Amado por muitos e contestado por outros (devido a posições controversas quanto à ordenação de mulheres, celibato, contracepção e planeamento familiar, aborto, homossexualidade e uniões de facto), o Papa esteve nos cinco continentes, onde deixou uma verdadeira mensagem de paz.

Pela Paz que representa ao Catolicismo que é a maioria em São Paulo


(5) Pedreiro, copeiro, alemão

Homenagem aos trabalhadores da cidade de São Paulo e aos turistas que são de tamanha importância para a economia da mesma

(6) Ibira, Trianon, Aclimação

Homenagem aos parques públicos de São Paulo que representam muito mais do que lazer para todos na cidade:

- Parque do Ibirapuera

Previsto para ficar pronto no dia 25 de janeiro de 1954, quando a cidade de São Paulo comemorava os seus 400 anos de fundação, o Parque do Ibirapuera foi inaugurado no dia 21 de agosto do mesmo ano.

A sua origem remonta ao ano de 1926 quando o prefeito Pires do Rio, lançou a idéia de se construir um parque na Várzea do Ibirapuera onde havia um pasto utilizado pêlos animais da Cia de Bombeiros e pelas boiadas vindas do interior e que eram encaminhadas ao Matadouro Municipal localizado nas imediações.

Todavia o local apresentava um problema: a presença de charcos, solucionado por Manequinho Lopes mediante o plantio de eucaliptos que drenaram a área. Em sua homenagem, o Viveiro Municipal onde se cultivavam mudas e são realizados cursos de jardinagem, passou a ser chamado de Viveiro Manequinho Lopes.

Prestes Maia, na ocasião secretário de Viação e Obras Públicas e futuro prefeito, anunciou em 1930, a criação do Parque Ibirapuera integrando o Plano de Avenidas. Lucas Nogueira Garcez, quando governador do estado de São Paulo e o prefeito Armando de Arruda Pereira criaram em 1951 a Comissão do IV Centenário destinada a organizar as comemorações referentes a tal evento. Aquela Comissão presidida por Francisco Matarazzo Sobrinho, compunha-se de representantes dos governos estadual e municipal e da iniciativa privada.

O projeto do Parque Ibirapuera teve a participação do arquiteto Oscar Niemeyer, conhecido internacionalmente, em parceria com o famoso paisagista Roberto Burle Marx. Por ocasião da inauguração deste parque a Comissão Executiva do IV centenário era presidida pelo poeta Guilherme de Almeida.

Tangidos pelo desemprego crescente, centenas de manifestantes enfrentando chuvas em setembro de 1983 e conseqüente lamas acamparam no interior do Parque Ibirapuera, diante da Assembléia Legislativa. Em protesto a prisão e posterior condenação de militantes do MST acusados de depredar um pedágio, integrantes desta organização acamparam em fevereiro do corrente ano na Praça Olavo Fontoura em frente ao Parque Ibirapuera.

Fruto de um Conselho de Usuários e Amigos do Parque Ibirapuera, funda-se em 17 de dezembro de 1985, a Associação de Usuários e amigos do Parque Ibirapuera (ASSUAPI). Atualmente presidida por Severino José da Silva, esta entidade muito tem feito em prol deste importante logradouro público. Entre seus objetivos pode-se citar entre outros a implantação de um sistema de segurança aos usuários do Parque, propor a ocupação dos limites originais do Parque para os fins a que se destina: lazer, esporte, cultura e conservação ecológica. A ASSUAPI já apresenta um grande saldo de realizações entre as quais o tombamento do Parque pelo Condephaat, garantindo assim a preservação desta importante área verde dos paulistanos, retirada de veículos motorizados do Parque e o atendimento médico aos usuários através de um convênio celebrado com uma entidade particular.

Nos 1.584.00 metros quadrados do Parque Ibirapuera encontram-se: o Planetário Municipal onde são exibidos temas de astronomia, o Museu de Aeronáutica onde há uma réplica do 14-Bis de Santos Dumont e os Museu de Arte Contemporânea (MAC) e de Arte Moderna (MAM). Neste último realizaram-se exposições e palestras por ocasião do III Mês Internacional da Fotografia, promovido pelo NAFOTO, Núcleo dos Amigos da Fotografia em 1997.

(O texto acima foi uma gentil colaboração do colega jornalista e fotógrafo Marcos Anderson Duffles Andrade, que nos conta as características e detalhes relevantes da história deste parque tão apreciado pelos paulistanos, que no dia 21 de agosto de 2000 completou os seus 46 anos.)

Fonte:
http://www.verinha.de/parque_ibirapuera.htm

(Pela sua importância na cidade e pelos seus 50 anos, a serem completados em 21 de agosto de 2004)

- Parque Siqueira Campos

Em nossos dias o Parque Trianon é uma ilha de tranquilidade, em comparação com o mundo turbulento e nervoso ao seu redor, no principal centro financeiro do país - a Avenida Paulista.

Entretanto, quando o Parque foi inaugurado em 1892, São Paulo era uma cidade pacata e provinciana, com problemas de saneamento e abastecimento típicos de cidadezinha do interior. Contudo, já era uma cidade em transformação. Experimentava um surto de crescimento impulsionado pelo café, pelas ferrovias e pela migração. Iniciavam-se mudanças, as quais, em poucas décadas, fariam desta pacata cidade, uma metrópole nacional.

Como tudo isso foi possível?

Neste passeio, um pouco dessa história será apresentada. Alterações drásticas ocorreram no Brasil em poucos anos. Vejamos: Abolição da Escravatura e introdução geral da mão-de-obra assalariada; Proclamação da República em 1889 e uma nova Constituição Federal passou a reger os destinos da nação brasileira. Desenvolvia-se a urbanização em São Paulo, que passou a receber várias melhorias, como abastecimento de água, iluminação pública com lampiões a gás e transporte feito com bondes. É nesse contexto do final do século XIX que se inaugura a Avenida Paulista, em 1891, e, no ano seguinte, o então chamado Parque da Avenida.

CEM ANOS DO PARQUE

Esta é a antiga sede da administração do Parque. Repare nesta construção ainda hoje preservada. O Parque foi inaugurado no dia 3 de abril de 1892, tendo sido urbanizado pelo paisagista francês Paul Villon. Durante muitos anos foi conhecido como Parque da Avenida, mas também era chamado de Parque Villon.

A denominação oficial de Parque Siqueira Campos ocorreu em 1931 para homenagear o herói do Movimento Tenentista da década de 20, o paulista de Rio Claro, Antonio Siqueira Campos. No entanto, a tradição paulistana continuou usando a denominação Parque Trianon, em virtude de ter existido um clube com esse nome em frente ao Parque, onde hoje está localizado o MASP - Museu de Arte de São Paulo.

De sua inauguração até 1924 o Parque era freqüentado basicamente pela aristocracia cafeeira, sendo mantido pela iniciativa privada, que explorava comercialmente o Parque e o clube. Organizavam-se festas, bailes e muitos eventos culturais. Na frente do Parque e do clube eram organizadas corridas de automóveis e, em 1924, começou a tradicional Corrida de São Silvestre.

Em 1924 o Parque passou a ser administrado pela Prefeitura e começou a entrar em declínio após a crise de 1929, e com a transformação da região da Paulista de área residencial em área econômica-financeira.

PAULISTA, UMA OBRA ARROJADA

No final do século XIX, a cidade de São Paulo era muito provinciana, não atraindo os fazendeiros e "barões do café" como local de moradia permanente. Foi então que se instalou em São Paulo um empreendedor uruguaio, o engenheiro agrônomo, urbanista, jornalista Joaquim Eugênio de Lima, hábil especulador e conhecedor de outras cidades e culturas. Com muita perspicácia, percebeu as aspirações e expectativas da jovem burguesia paulistana. Considerou, também, uma excelente oportunidade de negócios imobiliários na região do Alto do Caaguaçu.

Associou-se, então, a mais dois cidadãos para a compra dessas terras situadas em torno de uma trilha de boiadas conhecida como Real Grandeza. Isso ocorreu em 1890. Compraram, também, a chácara Bela Cintra, que continha a área onde se construiu o Parque Avenida, hoje Siqueira Campos.

Além disso, ele abriu outras vias, projetou a região e loteou a área.

"LAMPIÃO DE GÁS... QUANTA SAUDADE VOCÊ ME TRAZ"

Esses postes de iluminação, apesar de bem antigos e preservados na reforma de 1968, quando receberam pintura especial, não são originais. Até 1916, os postes de iluminação da região da Avenida Paulista eram grandes lampiões a gás, sendo trocados por postes elétricos pertencentes à Light, empresa canadense que também foi responsável pelos bondes elétricos na cidade.

Em frente, observamos o araribá-rosa, árvore brasileira abundante em nossas matas e cuja madeira nobre era muito utilizada na construção naval e civil.

Você já notou seus frutos? Eles têm alas para serem dispersos pelo vento e também possuem uma coroa de espinhos próxima às sementes.

Devemos sempre refletir sobre vários momentos históricos vividos na capital paulista. Mudanças drásticas transformaram a vida paulistana: o avanço tecnológico, a selva de pedra que embrutece os homens, a especulação imobiliária que ameaça tanto os últimos casarões da Paulista como últimos resquícios de área verde.

O Parque Trianon serve, também para os paulistanos refletirem sobre as questões ambientais, comtempladas nesta TRILHA DO FAUNO.


Fonte:
http://www.prodam.sp.gov.br/
svma/educacao_amb/du_ambiental/
trilhas/trilha_fauno/trilhadofauno.htm


(Pela importância para a cidade e pelos mais de 100 anos)

- Parque da Aclimação:

Assim como grande parte dos parques municipais, o Aclimação tem origem privada. Por iniciativa de Carlos Botelho, foi criado, no fim do século XIX, o Jardim da Aclimação para aclimatar o gado trazido da Holanda. Foram construídos também um parque de diversões e um zoológico. Por cerca de 30 anos, um bonde fazia o trajeto Sé - Aclimação, nos domingos e feriados. O parque passou a ser administrado pelo poder público em 16 de setembro de 1939, data de sua fundação.

Logo que assumiu, a prefeitura retirou o zoológico. Com o tempo, o parque de diversões foi sendo depredado e o lago, poluído. Somente 15 anos depois é que foram feitas as primeiras melhorias: as alamedas ganharam asfalto e postes de iluminação e a concha acústica foi construída. Seguiu-se outro longo período de descaso. Na década de 70, a prefeitura cercou o parque e efetuou reformas.

Os últimos 15 anos, entretanto, foram bem diferentes. Em 5 de outubro de 1986, os quase 120 mil metros quadrados foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico (Condephaat). De lá para cá, mais reformas foram realizadas e o lago passou por um processo de despoluição.

Com uma média de 4 m2 por habitante de áreas verdes, São Paulo está muito abaixo dos 12 m2 recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Dos 31 parques municipais, os mais bem cuidados estão no chamado Centro Expandido: Aclimação, da Luz, Ibirapuera, Buenos Aires, Independência (ou do Ipiranga) e Siqueira Campos (Trianon). Juntos somam 14% da área de parques municipais.

Serviço

O parque da Aclimação recebe em média 1.500 pessoas durante a semana, 5 mil aos sábados e 6 mil aos domingos. Está aberto das 5 às 20 horas. O endereço é Rua Muniz de Souza, 1.119, Aclimação, zona sul.

Fonte:
http://www.ambientesp.com.br/
materia.asp?Materia_ID=23


(Pela sua importância para a cidade e por seus 65 anos, a serem completados em 16 de setembro de 2004)

(7) Santana, Capão e Japão

Homenagem aos moradores dos bairros Santana, Capão Redondo e Liberdade representando todos os moradores das Zonas Norte, Sul e Centro da cidade...Calma não esqueci da zona Oeste não , deixei bem destacada no Refrão a Rua Guaicurus , que fica na zona Oeste , representando os moradores de todos os bairros da Zona Oeste e prestando assim uma homenagem aos mesmos.

(8) Os Zés, os Edus, os Martins, os Cardosos

Homenagem ao Deputado Federal José Eduardo Martins Cardoso (PT/SP), presidente da Comissão Especial da Reforma do Judiciário na Câmara dos Deputados

(Pela importância da sua representação político social e seus esforços e determinação , de tamanha importância para São Paulo. Como representação do político "esforçado"

(9) E Saulo

Homenagem ao ex -Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho

(10) Metrô, 23, bacalhau

- Metrô: Homenagem ao meio de transporte público de maior comodidade em relação ao caos do trânsito na cidade

- 23: Referência à Avenida 23 de Maio. Homenagem devido à sua importância de ligação de diversos pontos importantes da cidade e por representar bem o acesso entre os bairros e ainda passar pelo presente de poder apreciar a paisagem de ver o Ibirapuera e em especial o Obelisco.

- Bacalhau: representa a fartura e a nobreza das refeições que podem ser encontradas na cidade

Curiosidade: Túnel Nove de Julho
"Estão apagando a história"
Fonte:
http://www.ajorb.com.br/ipe/j-9dejulho.htm

Porque motivo? Com que direito? Baseados em que mudaram o nome do túnel?

Essas perguntas estão sendo feitas por um grande número de pessoas - todas vigilantes defensoras das mais caras tradições paulistanas, mas elas estão sem resposta.

No dia 20 de dezembro de 2001 - sem nenhuma divulgação, a prefeita Marta Suplicy expediu o Decreto no 41.535, oficializando a nova denominação daquele logradouro, que passou a chamar-se Túnel Daher Elias Cutait.

Só que o nome anterior está diretamente ligado a fatos considerados importantes para uma boa parte da população - que não gostou da retirada daquela homenagem, não aprova e está disposta a combater e a fazer com que seja revertida a mudança.

Um pouco de história

Em 23 de maio de 1932 aconteceu o trágico fato considerado como o estopim da Revolução Constitucionalista.

A morte dos quatro estudantes - Euclides Burno Miragaia, Mário Martins de Almeida, Dráuzio Marcondes de Souza e Antonio Américo Camargo Andrade, na história citados como MMDC.

Como epílogo de uma sucessão da acontecimentos políticos, o Embaixador Pedro de Toledo - que anteriormente havia sido nomeado Governador por Getúlio Vargas, recusou o cargo por discordar da imposição da submissão do governo ao poder central, mas acabou aclamado pelo povo e, no dia nove de julho daquele ano, eclodiu a revolução.

Como se sabe a luta foi breve, com Getúlio despejando sobre os paulistas toda a sua força militar, mas a marca ficou - profunda e dolorosa, na memória dos paulistas.

Tanto que, já em 23 de julho de 1938, o então Prefeito - Prestes Maia, fazia inaugurar - ironicamente na presença de Getúlio, o Túnel Nove de Julho, cuja denominação foi dada em homenagem a uma data de considerável importância histórica para todo o Estado de São Paulo.

O movimento

Contrapondo-se a tamanha afronta, um pesado grupo de entidades da sociedade civil está organizando um grande movimento para batalhar pela revogação do Decreto.

Sociedade de Defesa das Tradições e Progresso da Bela Vista, Academia Paulista de Letras, Rotary Club de São Paulo - Liberdade, e Associação Comercial de São Paulo - Distrital Centro, uniram-se e emitiram um comunicado - veja os principais pontos: "...fomos surpreendidos com duas grandes placas colocadas diante do túnel 9 de Julho, com os seguintes dizeres: Túnel Daher E. Cutait. Acreditamos que este senhor tenha currículo, mas não o suficiente para substituir esta data cívica: Revolução Constitucionalista de 1932, marco da história deste Estado, e tão considerável quanto se expressa no importante conjunto urbanístico desenvolvido no coração da capital, representado pela Avenida 9 de Julho que nasce no centro, na confluência com a Avenida 23 de Maio (evocativa do MMDC), e passa sob a Avenida Paulista por meio do referido túnel - o qual há 64 anos se chama Túnel 9 de Julho! A Av. 23 de Maio, por sua vez, conduz, ao Obelisco comemorativo da Revolução, onde também se encontra o Panteão com os restos mortais dos combatentes e demais participantes.

...Depois das diversas e malfadadas gestões edilícias que deixaram a cidade ao abandono, chegou a vez de demolir as instituições! - que já conta com centenas de assinaturas e o firme e decidido apoio de uns poucos sobreviventes daquela época, além de descendentes de outros que foram para o sacrifício.

Segundo o apurado pela nossa reportagem, o movimento vai prosseguir, e há reuniões já marcadas para entrosamento e organização de eventos públicos para buscar o apoio da população.

Curiosidade: Simbologia do Monumento que consiste na memória dos revolucionários de 32

Obelisco Mausoléu ao soldado constitucionalista de 1932

Fonte:
http://www.vilamariana.hpg.ig.com.br/
Obelisco.html



Á Sociedade Veteranos de 1932
Ilmo. Presidente Cel. Ary Canavó
De: Paulo Emedabili Souza Barros De Carvalhosa
Ref: Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932.

Conforme solicitação a mim dirigida, provinda desta Egrégia Sociedade de Veteranos de 1932, por vossa intermédia pessoa, por meio desta, passo-lhe a simbologia encerrada na obra de GALILEU EMENDABILI, o Monumento Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932.

EMENDABILI, em 1934, ao conceber a obra que marcou maximamente sua vida artística, procurou que a mesma por si falasse às futuras gerações, como expressão maior de um ideal legalista, pelo qual uma inteira sociedade mobilizou-se, levando à luta armada milhares de jovens, ceifados em verdadeiro martírio, vista a disparidade de forças entre as facções em luta.

A força da ditadura getulista, de fato, logrou arregimentar meios e homens em todos os estados brasileiros, com exceção de Mato Grosso, utilizados contra o movimento constitucionalista nascido em São Paulo, tentando, sem conseguir, sufocar, pelo terror das armas, a legitima aspiração de ver o Brasil governado sob égide da lei Constitucional.

Emendabili concebe o monumento, de um ponto de vista arquitetônico, integrando dois elementos distintos, um superior, sobreposto à praça na qual se assenta o OBELISCO, e outro sobposto à mesma praça, a CRIPTA.
A Praça que entorna o inteiro monumento tem significado especial, tem a forma de um coração, em cujo centro emerge o Obelisco e este, no plano da praça, esta circundado por fontes luminosas.

A base deste coração, ou seja, a cunha que todo coração humano traz em sua porção superior, corresponde à parte frontal no monumento e o ápice deste coração, diametralmente oposto, se posiciona voltado para a Av. 23 de maio, data marcante e inicial do movimento cívico militar da gesta constitucionalista, pois neste dia caíram, Dráusio, Martins, Miragaia e Camargo (MMDC).

De feita que, EMENDABILI, procurou no chão, na terra, representar a dor que o "CORAÇÃO DA MÃE TERRA PAULISTA" sente ao ser perpetuamente traspassado pela espada (O Obelisco) do martírio de seus filhos combatentes, de cuja máxima ferida, a da trincheira, que jamais cicratiza, verte LÁGRIMA e SANGUE (As Fontes).

A Espada (Obelisco) de quatro faces, leste, norte, oeste e sul, por sua vez, em seu aspecto exterior, trazem alto relevos que sintetizam a epopéia do bandeirantismo (Face Leste) e da epopéia de 32 (demais faces)


(11) Rottweiler, Walkman, exportação

Homenagem aos "estrangeirismo paulistano" e à capacidade de introduzir harmoniosamente no cotidiano paulistano o estrangeiro:

- Rottweiller representando neste caso a segurança que o morador de São Paulo anda procurando; na forma de um "cachorro estrangeiro" de origem Romana que só foi trazido ao Brasil na década de 70vindo primeiramente para o Rio de Janeiro e espalhando-se logo em seguida para São Paulo e outros Estados.

- Walkman representando neste caso um símbolo atual da "companhia "do urbano apressado e da figura do ofice boy,

Curiosidade:Rottweiler e/ou Mendara Rottweiler
Fonte: http://www.canil.org/mendara/origem.htm

A hipótese mais provável sobre a origem do Rottweiler, remonta do século I D.C., quando as tropas romanas, extremamente numerosas, em expedições de conquista, realizaram a travessia dos Alpes e utilizaram um cão boiadeiro para cuidar do rebanho que serviria de alimento à tropa. Esta expedição terminou onde hoje é o sul da Alemanha, às margens do Rio Neckar.

Foi nesta região que surgiu a atual cidade de Rottweil, a qual o Rottweiler herdou o nome, Metzgerhund Rottweil (Cão de Açougueiro de Rottweil), uma vez que a cidade de Rottweil era um importante centro de comércio de gado, em meados do século XII. Posteriormente, seu nome foi abreviado para "o cão de Rottweil". Em alemão, Rottweiler. Ele foi utilizado como cão boiadeiro e cão de tração até meados do século XIX.

O fim do comércio de gado em Rottweil e o advento das rodovias quase extinguiram a raça no início do século XX. Mas graças às suas qualidades físicas, elevada inteligência, seu caráter firme, temperamento forte e sua coragem frente ao perigo, tornaram o Rottweiler o parceiro ideal para o serviço policial. Assim também surgiram clubes dedicados à preservação da raça. Em julho de 1921 foi fundado o Algemeiner Deutcher Rottweiler Klub (ADRK), que rege, até os dias de hoje, o padrão alemão da raça.

Com tantas virtudes, o Rottweiler logo conquistou admiradores pelo mundo. Chegou aos Estados Unidos da América ainda na década de 30, sendo reconhecido pelo American Kennel Club em 1935. E conquistou também o mais antigo clube cinófilo do mundo, o The Kennel Club, na Inglaterra, em 1936.

No Brasil o Rottweiler só chegou na década de 70, no estado do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi se espalhando pelo país, sendo que hoje, os mais importantes centros de criação situam-se nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A região nordeste tem crescido muito em qualidade nos últimos tempos

(12) Os Chicos, Pinheiros, o ouro

Homenagem ao jornalista Chico Pinheiro, excepcional e de indescritível importância nas áreas de comunicação e de responsabilidade social ,nos dias atuais, na cidade de São Paulo, em especial.