Em torno do ano 4.000 a.C., o
homem já sulcava as superfícies com utensílios
de osso ou de bronze. No ano 3.000 a.C. os egípcios e os
chineses usavam para escrever finíssimos pincéis e
canetas feitas de junco (caniços talhados). Em 1.300 a.C.
os romanos desenvolveram uma forma de escrever na cera e para isso
usavam um estilete de metal (stilus). Os escribas da Ásia
e os Anglo-saxões também usavam estilete de metal.
A pena de ganso e de outras aves (corvo, águia, coruja, falcão,
peru) foi o instrumento de escrita mais usado no ocidente desde
o século VI até o início do século XIX.
A pena mais comum era a de ganso, as de cisne, bem mais caras, eram
para ocasiões especiais e, para fazer linhas finas, a pena
de corvo era a melhor. O uso das penas de aves para escrever exigia
muito tempo para prepara-las, precisavam ser constantemente apontadas
e sua durabilidade era curta, de uma semana.
No final do século XVIII apareceram as penas de metal, mas
elas só se popularizaram depois de 1850, quando se tornaram
mais resistentes com a adição de metais como irídio
e ródio.
Desde o século XVII verifica-se várias tentativas
de produzir uma caneta que tivesse reservatório de tinta.
Embora em 1819 John Scheffer tenha produzido sua primeira caneta
tinteiro e em 1832 John Jacob Parker tenha feito a primeira caneta
auto-recarregável, só em 1884 quando Lewis Waterman
patenteou sua caneta "Ideal" é que se produziu
uma caneta tinteiro que não vazava, a qual parece ter atingido
um segmento expressivo de usuários. Os avanços que
se seguiram encontraram novos materiais e soluções
cada vez mais práticas e limpas para encher o reservatório
de tinta. Até a década de 1960 as canetas tinteiro
foram instrumentos de escrita de uso cotidiano, embora seu uso na
escola fosse restrito aos alunos de famílias mais abastadas,
pois era muito mais cara que as canetas de pena metálica.
Em 1938 o jornalista húngaro László Biró,
junto com seu irmão György, criou uma caneta recarregável
com ponta em forma de esfera móvel que ao girar distribuía
tinta de modo uniforme no papel. Biró patenteou e começou
a fabricar sua caneta esferográfica na Argentina, onde se
fixou a partir de 1940. Em 1945 as primeiras canetas esferográficas
foram vendidas com muito sucesso no mercado americano, mas como
não funcionavam bem logo caíram no esquecimento. Em
1949 o barão francês Marcel Bich introduziu a esferográfica
"Bic" na Europa e em 1958 entrou no mercado americano
comprando a Waterman Pen Company. Em 1959, com campanha publicitária
de TV, a caneta esferográfica Bic foi vendida nos Estados
Unidos por 29 centavos. A caneta Bic chegou ao Brasil em 1961 e
por seu baixo custo substituiu as penas metálicas que ainda
eram usadas na escola. A caneta esferográfica revolucionou
os hábitos de escrita de milhões de pessoas em todo
o mundo.
Na mesma época (1962) a caneta de ponta de fibra foi inventada
no Japão.
|