Na antiguidade clássica,
tanto gregos quanto romanos já utilizavam instrumentos parecidos
com o lápis: eram barrinhas redondas de chumbo que serviam
para traçar linhas, desenhar e escrever. No século
XII surgiu um lápis feito com a mistura de estanho e chumbo,
conhecido como "lápis de prata" e depois foi muito
usado por artistas como Albert Dürer, Jan Van Eyck e Leonardo
da Vinci.
O lápis moderno apareceu no século XVI, depois da
descoberta das primeiras jazidas de grafite na Inglaterra. No entanto,
até hoje em inglês o lápis grafite é
chamado de "lead pencil" que quer dizer lápis de
chumbo, provavelmente por causa da influência da cultura greco-latina.
Inicialmente as barras de grafite eram cortadas em pedaços
e embrulhadas em cordões ou em pele de ovelha. Depois o grafite
passou a ser encaixilhado e colado dentro de pequenas ripas de madeira,
cujo formato final era moldado manualmente. No século XVII
carpinteiros da cidade alemã de Nuremberg começaram
a produzir lápis, cujo monopólio foi desfeito no século
seguinte por oficinas familiares como a de Kaspar Faber (1761),
nome de fabricante de lápis que chegou até nossos
dias.
Em 1795, o químico francês Nicholas Jacques Conté
desenvolveu e patenteou o processo moderno de produção
de lápis, misturando grafite em pó com argila que,
depois de moldados eram endurecidos em alta temperatura, o que possibilitou
o desenvolvimento de diversos graus de dureza do grafite. As inovações
que se seguiram estão mais ligadas à industrialização
da produção de lápis com a introdução
de tornos e maquinários que aumentariam drasticamente a velocidade
da produção e melhorariam a exatidão da forma
(tubular ou hexagonal) e o acabamento.
Durante o século XIX e início do século XX,
além do lápis grafite, os alunos usavam na escola
lápis feitos de ardósia e de pedra-sabão bem
macias para escrever em lousas de ardósia que tinham grau
mais duro.
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