Tinta

O uso de tintas líquidas com caneta de bambu e com pincel parece ter começado no Egito e na China por volta do ano 3.000 a.C. As tintas mais antigas eram basicamente compostas de carbono (carvão, fuligem) obtido da combustão de madeira e óleo e depois misturado com água, cola animal e óleo vegetal. Uma tinta de carbono de boa qualidade tem aparência preta-azulada e não desbota, mas pode borrar com a umidade e ser removida com alguma facilidade.

Outras tinturas naturais e coloridas também foram desenvolvidas a partir de frutas, plantas, minerais e até de animais cefalópodes como polvo e lula (tinta sépia).

Embora fosse conhecida dos romanos desde os primeiros anos da Era cristã, a tinta ferrogálica (obtida da reação de taninos, sulfato de ferro e cola) foi muito usada a partir da Idade Média. Por ser indelével (que não se pode apagar, remover) a tinta ferrogálica era a preferida dos documentos até o século XX.

Em meados do século XIX as tintas começaram a ter como base amônia e anilinas de tingimento. Mais tarde passaram a contar com outros aditivos em sua composição como etileno, glicol, fenol e anilinas de várias cores.

Em 1832 o inglês Henry Stephens inventou um fluído preto-azulado que depois foi desenvolvido e deu origem à fábrica de tintas dessa marca. A Pelikan, fundada em 1838 na Alemanha, pode ter sido a primeira fábrica de tintas de escrever a usar anilina como base de tintura. Outros dois fabricantes populares do mercado, a Parker e a Sheaffer iniciaram seus negócios com canetas tinteiro antes de venderem tintas. A tinta Skrip da Sheaffer foi fabricada a partir de 1922 e a tinta Quink da Parker é de 1926.

A tinta da caneta esferográfica que precisava ser bem mais espessa que as outras se baseava inicialmente na tinta de impressão de jornais. Na década de 1940, László Biró, inventor da caneta esferográfica, substituiu a tinta por uma pasta líquida.

Em 1984 foi inventada no Japão a tinta gelatinosa ou tinta gel, base das novas canetas gel.

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