Ensinamos melhor porque avaliamos
melhor ou avaliamos melhor porque ensinamos melhor?
Durante muitas décadas, essa pergunta não
faria sentido, pois a avaliação era vista
como uma estrada de mão única. A avaliação
partia, dos professores, carregada com seus objetivos
de ensino, com uma seleção de conteúdos
que consideravam fundamentais serem avaliados, com a
análise pessoal dos resultados, com uma conclusão
final de aprovação ou reprovação.
Tudo isso tendo, como destino final, avaliar apenas
a performance do aluno.
Hoje, que a avaliação é parte
de um processo de ensino-aprendizagem, não
faz sentido andarmos pela antiga estrada. Devemos
trilhar uma via de mão dupla, isto é,
levando em conta os objetivos de ensino e os de aprendizagem;
a seleção de conteúdos fundamentais
não somente para os professores, mas, também,
fundamentais para as necessidades e interesses pessoais
do aluno; a análise dos resultados obtidos
pelo aluno, não apenas vistos através
de suas dificuldades na aprendizagem, mas também
das dificuldades em nosso ensino.
É apenas dessa forma que teremos o aluno como
ponto de partida e de chegada. Será óbvio,
então, retirar a palavra aprendizagem do processo
ensino-aprendizagem, porque se houve ensino, levando-se
em conta todos esses fatores, haverá com certeza
aprendizagem.