País participará de fórum americano sobre clima |
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Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 03/01/08 |
País participará de fórum americano sobre clima
Brasília
O Brasil vai enviar um representante para participar da segunda reunião sobre mudanças climáticas comandada pelos EUA, que acontece em fevereiro no Havaí. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana, no programa Café com o presidente, e confirmado ontem pelo Ministério de Relações Exteriores.
Em dezembro, a delegação brasileira cogitou não participar da reunião por causa da posição obstrutiva dos EUA na 13ª Conferência do Clima, que aconteceu em Bali. Na ocasião, os membros da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas montaram o “mapa do caminho” para criar um novo regime que substitua o Protocolo de Kyoto em 2013. Os EUA, que pretendiam vetar o texto, mudaram de posição no último dia por causa da pressão européia e do G-77 (grupo de 130 países em desenvolvimento). Mas o texto aprovado foi esvaziado principalmente por causa da pressão americana.
Ainda assim, a reunião com as 16 maiores economias mundiais (e maiores emissoras de gases-estufa do planeta) é encarada com ceticismo. Poucos acreditam que de lá possam sair avanços significativos, uma vez que o cunho é econômico, baseado no investimento de novas tecnologias, e não político.
Os EUA são os maiores emissores mundiais de gases-estufa. Eles não participam do protocolo, que prevê um corte pequeno nas emissões: 5,2% em média para todos os países participantes em relação aos índices de 1990, entre 2008 e 2012.
PROCESSO
Ontem, a Califórnia entrou com uma ação contra o governo federal americano. A administração do presidente George W. Bush não reconhece uma lei californiana de controle das emissões veiculares. Dezesseis estados também planejam adotar regras mais rígidas para controlar o lançamento de gases-estufa na atmosfera, a despeito da oposição federal. Com a participação de 13 estados, cerca de 45,4 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, o principal gás-estufa, deixariam de ser emitidas em oito anos de programa.
COM AP
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Jornal O Estado de São Paulo
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