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Unesp premiará publicação científica com R$ 15 mil


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 11/01/08

Unesp premiará publicação científica com R$ 15 mil
Estimulo à divulgação prevê o pagamento às equipes de pesquisadores que publicarem seus trabalhos e estudos nas revistas ‘Nature’ e ‘Science’

Simone Iwasso

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançou um programa de estímulo à divulgação do conhecimento que premiará com R$ 15 mil as equipes de pesquisadores que publicarem trabalhos nas revistas científicas Nature e Science. O dinheiro deverá ser usado somente nas próprias pesquisas ou em custeio de participação em congressos, por exemplo. A verba para isso virá da Pró-Reitoria de Pesquisa da instituição.

Além disso, as unidades que tiverem maior número de publicações em revistas indexadas no Institute for Scientific Information (ISI), banco de dados americano que reúne as principais publicações do mundo, e nos periódicos bem classificados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) receberão R$ 50 mil cada uma - valor que também deverá ser investido na unidade, com compra de equipamentos ou infra-estrutura.

“Não estamos doando dinheiro para o pesquisador gastar como quiser, é uma gratificação para ser usada na atividade de pesquisa”, explica José Varella, pró-reitor de Pesquisa da Unesp. “Por sermos uma instituição pública, o docente que produz muito recebe o mesmo salário do que produz pouco, essa é uma forma que encontramos de dar um incentivo e mostrar reconhecimento”, diz.

A Unesp é a quarta universidade no ranking de produção de conhecimento do País, atrás das Universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2006, foram 1.286 artigos publicados só pela Unesp.

Na avaliação do pró-reitor, por ser também a mais nova das universidades estaduais paulistas - foi criada em 1976 - , a instituição ainda pode aumentar bastante sua produção. Para isso, além do incentivo, está em curso a contratação de pesquisadores jovens para repor profissionais que estão se aposentando.

Referência nas áreas de ciências agropecuárias, zootecnia e química, com programas de pós-graduação com notas máximas pela Capes e laboratórios que têm parcerias com instituições governamentais e públicas, a universidade quer tentar desenvolver-se também nas outras áreas do conhecimento.

No fim do ano passado, um trabalho que mostrou a ameaça à conservação de anfíbios da mata atlântica identificando uma situação chamada de “desconexão de hábitat” conseguiu espaço na Science. Entre os autores, todos brasileiros, estava o especialista Célio Haddad, da Unesp de Rio Claro.

Foi um momento raro da pesquisa brasileira, que dificilmente consegue aparecer nas revistas mais prestigiadas do mundo sem que tenha como parceiros profissionais de universidades ou centros de pesquisa americanos ou europeus. A dificuldade, além de mostrar o estágio da pesquisa no País, ainda distante dos grandes centros dos países desenvolvidos, também reflete uma restrição ou preconceito da comunidade científica, de acordo com a análise de alguns cientistas.

EXEMPLOS

O incentivo à pesquisa e publicação não é exclusividade da Unesp. Na Unicamp, a universidade com maior número de publicações de trabalhos por pesquisador, segundo dados da Capes, há um direcionamento para contratação de professores em regime integral e a realização de relatórios trienais para avaliar a produção científica dos docentes. Desde 1991, a instituição premia os 20 melhores professores do ano com cerca de R$ 25 mil.

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é outra que tenta estimular seus cientistas. No pacote de incentivos está o pagamento por serviços de tradução para o inglês (necessário para publicação em revistas internacionais) e uma medalha anual conferida ao pesquisador de maior destaque da instituição. Novos doutores contratados ganham computador, impressora e ajuda de custo para publicação. Em dez anos, a universidade aumentou sua produção científica em 640%.

A publicação numa revista científica é importante para qualquer pesquisador, pois é a partir dela que ele tem seu trabalho a

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/11/ger-1.93.7.20080111.8.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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