Hormônio de crescimento não é fonte da juventude, dizem médicos

Estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA.

Naquele país, está virando moda combater envelhecimento com hormônio.

Luis Fernando Correia
Especial para o G1

O hormônio do crescimento (GH) não é a fonte da juventude, afirmam pesquisadores da Universidade Stanford. Segundo os cientistas, além de ineficiente a substância pode acarretar problemas de saúde a seus usuários.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

O hormônio é produzido naturalmente na glândula hipófise e fundamental para o crescimento, durante a infância e na adolescência. A produção do hormônio diminui após os 30 anos.

Entre os casos de utilização do GH estão as crianças e jovens com déficit de crescimento, quando a indicação médica está bem estabelecida e aprovada pelas agências sanitárias. Agora, a sua utilização para retardar o envelhecimento não é aprovada em todos os países.

O tratamento para o envelhecimento é caro e custa em torno de mil dólares por mês, nos Estados Unidos. Mesmo assim, em 2004, mais de 30 mil usuários investiram na busca da juventude.

O mercado de comercialização da versão sintética do hormônio do crescimento está estimado em 25 milhões de dólares por ano.

A pesquisa, publicada na revista "Annals of Internal Medicine", revisou os artigos publicados sobre o tema e não encontrou evidências dos benefícios apregoados nos sites que vendem e apóiam o produto.

As mudanças corporais obtidas com sua utilização são as mesmas que se pode obter com uma dieta adequada e exercícios regulares, com certeza a um custo muito mais baixo.

Além de não ter o efeito desejado, o uso do hormônio do crescimento por indivíduos sadios traz efeitos indesejados como inchaço, dores articulares e até mesmo aumento das glândulas mamárias em homens.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL267695-5603,00.html

Globo.com

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