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Municipal abre temporada envolta em expectativas


O Estado de São Paulo - 15.02.08

Municipal abre temporada envolta em expectativas

Com o adiamento da reforma, que ficou para 2009, teatro abre programação que instaura novo modo de produção

João Luiz Sampaio

Três concertos abrem hoje a nova temporada do Teatro Municipal, mobilizando seus corpos estáveis. É um ano de expectativas. Em 2007, por conta das obras que seriam feitas no palco, a temporada de óperas foi reduzida, adiando o plano do maestro Jamil Maluf de instaurar um ciclo constante e consistente de produção, alterando a relação com o público e redefinindo o papel do teatro na vida cultural da cidade. A obra, enfim, ficou para o ano que vem. E, a partir de hoje, sua gestão tem a chance de mostrar a que veio.

Quem abre o ano é a Sinfônica Municipal, com regência do maestro Mario Zaccaro, que substitui o alemão Gábor Hollerung, que estava escalado para reger o Réquiem de Brahms, mas machucou-se pouco após a chegada ao Brasil - uma queda provocou sua internação em um hospital da cidade. No domingo de manhã, é a vez da Orquestra Experimental de Repertório, com regência de Maluf e solos do pianista Ricardo Castro. E, na quinta-feira, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo abre seu ano em concerto com obras de Guerra Peixe e Schubert. São três programas dedicados à música de concerto - ao todo, serão 30 ao longo do ano. A idéia, diz Maluf ao Estado, é unir grandes obras do repertório com outras menos conhecidas, de autores pouco executados por aqui. Além disso, reforça a preocupação com o valor dos ingressos - de R$ 10 a R$ 15. 'Qualquer estudante, com sua carteirinha, paga R$ 7,50 e senta na platéia. É menos que o valor do ingresso para o cinema', diz o maestro.

Medidas como essa, além da reinstituição dos concertos nas manhãs de domingo, afirma o maestro, já mudaram o público do teatro. 'A Sinfônica Municipal é um bom exemplo disso. Hoje, diferente de dois anos atrás, não há um concerto da orquestra sem pelo menos mais de dois terços da lotação do teatro. E, para este ano, com a venda antecipada de ingressos, já há récitas esgotadas de algumas das óperas programadas.'

A conversa chega à ópera. E é nela, e no balé, que está o investimento do maestro. Quando assumiu o teatro, em 2005, Maluf foi taxativo - o Municipal é um teatro de ópera e de balé e precisa resgatar sua vocação. Isso, explica, não exclui os concertos sinfônicos. Mas subentende uma escolha na hora da programação - e, conseqüentemente, uma escolha na hora de pensar o funcionamento do teatro. Em 2008, serão oito títulos, um número alto de produções, com um orçamento que não é dos maiores, pouco mais de R$ 6 milhões, da onde sai também a verba para os concertos, as apresentações do balé e as demais séries do teatro. 'É caro fazer ópera, não há como fugir dessa realidade. Mas, há maneiras de se reduzirem esses custos. É, essencialmente, uma questão de organização', diz Maluf. Ele utiliza como exemplo a temporada deste ano. Entre os oito títulos, há três remontagens de produções do teatro, com novos elencos; uma estréia paulistana de uma produção mineira; uma co-produção com o Festival Amazonas; e três novas produções do teatro. 'Com a verba que tínhamos, poderíamos fazer três, quatro títulos. Mas há outros caminhos possíveis. Investimos na central técnica de produção do teatro, que acaba de ganhar nova sede, com 6 mil m2, e pode não apenas produzir cenários e figurinos, como, mais do que isso, armazenar nosso acervo, proporcionando remontagens. Ter o acervo em ordem permite, também, oferecer produções a outros teatros, pegando as montagens deles em troca, o que estamos fazendo com Belo Horizonte. As parcerias entre teatros, porém, podem ir mais longe e, este ano, pela primeira vez, vamos co-produzir um título, a Ariadne em Naxos, com Manaus, dividindo os custos. Esse formato já significa uma redução de 35% nas despesas', explica o maestro. É preciso dizer: Maluf não está reinventando a roda, apenas colocando em prática iniciativas que há muito tempo soavam como solução para os dilemas da produção nacional - só que ap

http://www.estado.com.br/editorias/2008/02/15/cad-1.93.2.20080215.6.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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