Brasileiros desconhecem sinais de AVC |
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Globo.com - 15.02.08 |
Brasileiros desconhecem sinais de acidente vascular cerebral
Segundo pesquisadores, existem 22 palavras em português definindo o problema.
Apenas 34% das pessoas sabe o que fazer quando alguém tem um derrame.
Luis Fernando Correia
Especial para o G1
Os acidentes vasculares cerebrais mataram mais de 90 mil brasileiros, em 2005, com cerca de 40 mil óbitos na região Sudeste. Muitas vezes, quando não são fatais, os AVCs deixam seqüelas importantes. Apesar da gravidade da situação, poucos conhecem o problema e as opções de tratamento.
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN; veja o site
Os acidentes vasculares cerebrais ocorrem quando o suprimento de sangue é interrompido para regiões do sistema nervoso central. Mais do que nos casos de infarto, o diagnóstico precoce e o tratamento imediato podem diminuir as seqüelas e muitas vezes salvar uma vida.
As opções de tratamento dependem da descoberta do problema isquêmico nas primeiras horas, quando ainda é possível desobstruir a artéria bloqueada, restaurando o fluxo sanguíneo.
Médicos de Ribeirão Preto (SP), Salvador e Fortaleza entrevistaram pessoas sobre o conhecimento dos sintomas dos acidentes vasculares cerebrais e emergências cardiovasculares.
Sem noção
O estudo foi realizado entre Julho de 2004 e Dezembro de 2005 por neurologistas, médicos residentes e estudantes de medicina. Os participantes respondiam perguntas que faziam parte de um questionário que descrevia um caso típico de “derrame”.
Foram mais de 800 pessoas, com idade média de 39 anos. Os pesquisadores puderam identificar que existem 22 palavras diferentes, em português, definindo acidente vascular cerebral.
Apesar das entrevistas terem sido feitas em capitais e grandes cidades, somente 34% dos entrevistados conheciam o número de telefone que aciona o sistema de emergência (192).
Essa pesquisa, publicada na última edição da revista "Stroke", mostra que a disseminação da informação médica correta e o estabelecimento de programas de atendimento, capazes de diagnosticar e tratar precocemente os acidentes vasculares cerebrais, poderá mudar as estatísticas e salvar muitas vidas.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL300197-5603,00.html
Globo.com
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