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Príncipe imperial vive em casa alugada em SP


Folha Online - 04/03/2008

Príncipe imperial vive "sem luxo nem esplendor" em casa alugada em SP
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REGIANE SOARES
da Folha Online

Há 200 anos a família real portuguesa chegou ao Brasil sem saber o que ia encontrar na colônia e muito menos qual seria o futuro da dinastia Orleans e Bragança. Hoje, a monarquia cedeu espaço para a república e o herdeiro dinástico da família imperial vive à sombra do regime presidencialista na expectativa de um dia governar o país. Em entrevista à Folha Online, dom Luiz de Orleans e Bragança, 69, contou como é viver em São Paulo sem as regalias usufruídas por dom João 6º e Carlota Joaquina no século 19.

Folha Online

Dom Luiz disse que a República trouxe perecimento da moralidade política
Chefe da Casa Imperial Brasileira e herdeiro dinástico, dom Luiz diz que vive "sem luxo nem esplendor". Ele nasceu na França, estudou química mas nunca exerceu a profissão. Mora com um de seus irmãos, dom Bertrand de Orleans e Bragança, em uma casa alugada em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista. Apesar de bem localizado e grande, o imóvel é um sobrado simples e que requer reparos na pintura e no jardim. A decoração da casa também é simples e não tem nenhum móvel da época da monarquia. Apenas as fotografias ou pinturas de seus pais, avós e bisavós, em especial da princesa Isabel, indicam que naquele lugar vive um nobre.

Apoiado em uma bengala e vestido com um terno cinza com risca de giz, dom Luiz recebeu a reportagem na sala de visitas da Casa Imperial do Brasil onde um grande brasão da coroa portuguesa contrasta com a um imagem de nossa senhora de Fátima. Católico praticante, o príncipe disse que divide seu tempo entre orações e o trabalho como representante da família imperial brasileira. Afirmou que não recebe nenhum recurso do governo brasileiro e vive de doações de monarquistas em melhores condições financeiras.

Durante a entrevista, de quase duas horas, dom Luiz se empolgou ao falar sobre a crise na política nacional e riu ao comentar a questão dos cartões de crédito corporativo do governo federal. "A República trouxe consigo um perecimento da moralidade pública e política e nós chegamos ao auge hoje em dia", disse o príncipe, que defende a monarquia como forma de solucionar parte dos problemas na política brasileira.

Quando o assunto é a disputa da família imperial pela herança dinástica --herdeiros do primeiro filho da princesa Isabel, dom Pedro de Alcântara Orleans e Bragança, que abdicou da dinastia ao se casar, reivindicam o trono inexistente no Brasil--, dom Luiz prefere não se aprofundar no assunto e limita-se a dizer que é reconhecido internacionalmente como herdeiro dinástico.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista com dom Luiz de Orleans e Bragança.

Folha Online - Como é viver hoje como herdeiro dinástico 200 anos após a chegada da família real ao Brasil?
Dom Luiz de Orleans e Bragança - Vivemos sem luxo nem esplendor. Vivemos com os recursos que nós temos, que não são muito grandes. Alguns [dos herdeiros] têm empregos, outros vivem --como meu irmão d. Bertrand e eu-- de auxílio de monarquistas que nos ajudam a tocar a vida mas sem nenhum luxo --como você pode ver essa casa não é um palacete, é uma casa média. Vivemos procurando tanto quanto possível lutar pelos interesses do Brasil, no campo ideológico e civil.

Folha Online - E o governo brasileiro, dá alguma ajuda financeira aos herdeiros da família real?
Dom Luiz - Não, o governo não dá nada.

Folha Online - E de onde vêm os recursos?
Dom Luiz - São recursos particulares de pessoas que tem uma certa folga e nos ajudam. São monarquistas brasileiros.

Folha Online - Então o senhor não recebe o laudêmio --taxa de 2,5% cobrada sobre qualquer transação imobiliária no centro histórico de Petrópolis que vai para a família imperial?
Dom Luiz - Não, não recebo nada. Houve uma divisão nos anos 40 e o ramo da família de Petrópolis ficou com o laudêmio. E o ramo dinástico --o que herda a Coroa se for restaurada a monarquia-- não ficou com nada.

Folha Online - E quem fez esse acordo? Fo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u374584.shtml

Jornal Folha de São Paulo

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