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Dia de luta contra glaucoma


Folha Online - 06/03/2008

Dia de luta contra glaucoma faz alerta do "ladrão sorrateiro da visão"


FELIPE MODENESE
Colaboração para a Folha Online

Esta quinta-feira (6) é o primeiro dia mundial de luta contra o glaucoma (confira site oficial). A data foi escolhida para marcar a batalha internacional frente a uma doença que rouba silenciosamente a visão dos portadores.

A iniciativa da Associação Mundial do Glaucoma e da Associação Mundial de Pacientes de Glaucoma pretende alertar as autoridades e a população do mundo sobre a incidência da doença e os procedimentos para evitar os danos definitivos para a visão.

Cerca de 90% dos casos descobertos da doença em países em desenvolvimento, como o Brasil, acontecem com pessoas que não tinham sentido sintomas e não percebiam alteração da visão. Por isso, o glaucoma foi batizado de "ladrão sorrateiro da visão".

"A doença não tem sintomas e é progressiva. Muitas pessoas só descobrem que têm glaucoma quando a perda da visão já é irreversível", afirma o oftalmologista Carlos Akira Omi, presidente da SBG (Sociedade Brasileira de Glaucoma).

Cegueira

O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Ele atinge cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo.

A causa da doença é o aumento da pressão interna dos olhos, provocado pela deficiência na circulação do humor aquoso, o fluído que preenche o globo ocular. Se o problema não for tratado, o nervo óptico pode sofrer danos definitivos e perde a função de conduzir as informações visuais coletadas para o cérebro.

"É uma doença terrível e sem cura, mas os transtornos podem ser evitados através do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo", diz o oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Mello, professor da Unifesp (Universidade Federal Paulista).

Os médicos avisam que a única maneira de detectar e tratar a doença antes dos problemas aparecerem é através de visitas periódicas ao oftalmologista para que a pressão intra-ocular seja monitorada. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de se evitar a perda da visão.

Grupo de risco

A proposta do Dia Mundial do Glaucoma inclui encorajar todos aqueles que têm histórico da doença na família e tem mais de 40 anos a realizar os exames preventivos.

O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, e por isso em famílias de portadores de glaucoma há a necessidade que todos façam os exames preventivos.

Há também grupos de risco (altos míopes, diabéticos, pacientes que tiveram trauma ocular etc). Todas as pessoas que façam parte de algum dos grupos devem realizar exames oftalmológicos com regularidade para controlar a pressão intra-ocular.

De acordo com o oftalmologista Carlos Akira Omi, o envelhecimento da população tem provocado o aumento do número de casos. "É uma doença que só vai aumentar se não fizermos nada, já que a expectativa de vida tem crescido", diz.

Tratamento

Apesar de não ter cura, o glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo.

O tratamento clínico inicial é feito com colírios que baixam a pressão intra-ocular. A grande maioria dos portadores se trata dessa forma eficaz contra a progressão da doença.

De acordo com a Abrag (Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma Seus Amigos e Familiares), a obediência ao horário e a forma correta da instalação do colírio melhoram o controle do glaucoma.

A terapia com laser é indicada quando o tratamento com o colírio não é capaz de conter os níveis elevados de pressão.

O procedimento cirúrgico é a ultima opção de tratamento. As técnicas cirúrgicas para proteger os nervos da ação da pressão do humor aquoso estão em evolução. De acordo com Omi, métodos atuais incluem o implante de dispositivos dentro dos olhos para fazer a drenagem do líquido.

O glaucoma exige cuidados contínuos. "Aprendi que é uma doença que tem que ser vigiada 24h", diz a professora Clarice Furquim Fruchi, 72. Ela descobriu a doença por acaso, depois de se dirigir ao médico para verificar uma infecção em uma da

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u378993.shtml

Folha Online

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