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Emergentes vão emitir mais CO 2 que ricos


O Estado de São Paulo - 07.03.08

Emergentes vão emitir mais CO 2 que ricos

Conclusão é da OCDE, entidade que reúne as economias mais prósperas

Jamil Chade, GENEBRA

Brasil, China, Índia e Rússia vão emitir mais dióxido de carbono (CO2, o mais importante gás do efeito estufa) por ano do que todos os países ricos juntos até 2030. Os dados são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ontem publicou estudo de 500 páginas sobre o tema. “O rápido crescimento econômico das economias emergentes significa que em 2030 os quatro países vão emitir mais que os 30 países da OCDE juntos”, diz o texto. Somente a China seria responsável por 50% do crescimento desse bloco de países.

Os emergentes precisariam mudar o padrão de crescimento para evitar os erros das economias ricas. “As soluções são viáveis, especialmente comparando com os custos dos problemas”, afirmou Angel Gurria, secretário-geral da OCDE. Se nada for feito, as emissões de gases aumentarão em 37% até 2030 e em 52% até 2050.

Segundo o estudo, o consumo de energia nas economias emergentes irá aumentar em 72% nos próximos 25 anos, contra uma alta de 29% nos países ricos. Se os padrões de crescimento econômico forem mantidos, as emissões dos países emergentes aumentarão em 46% até 2030.

A OCDE alerta que, se forem impostos limites às emissões dos emergentes equivalentes aos dos países ricos, o mundo pode chegar em 2050 com as mesmas taxas de CO2 registradas em 2000.

GEOPOLÍTICA DO CLIMA

O estudo da OCDE reforça o discurso dos países ricos de que os emergentes não podem continuar no mesmo passo sem que entrem em acordos internacionais, vinculantes, para também limitar suas emissões.

O Brasil rejeita essa imposição de limites de emissão de CO2 lembrando que o planeta encontra-se no atual estado por causa da emissão acumulada desde a Revolução Industrial decorrente do desenvolvimento dos países ricos. Para o Itamaraty, seria injusto, agora, querer cobrar dos emergentes a conta pelas emissões das últimas décadas.

Mas, para a OCDE, o custo de um ajuste na economia mundial para lidar com os problemas ambientais não é alto. Por seus cálculos, em vez de crescer 99% nos próximos 25 anos, o PIB mundial cresceria 97% se políticas ambientais fossem colocadas em prática. O resultado valeria o pequeno sacrifício: uma redução de 33% da poluição do ar e de 12% das emissões de CO2 até 2030.

A questão, reconhece a OCDE, é como essa conta será dividida. Para a entidade, a responsabilidade deve ser de todos, mas uns terão de pagar mais que outros. “Temos de lidar com a questão de quem pagará pelos ajustes”, admitiu Gurria.



http://www.estado.com.br/editorias/2008/03/07/ger-1.93.7.20080307.2.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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