Tocha olímpica chega ao Cazaquistão |
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O Estado de São Paulo - 01.04.08 |
Sob forte segurança, tocha olímpica chega ao Cazaquistão
SHAMIL ZHUMATOV E SHAVKAT RAKHMATULLAYEV - REUTERS
ALMATY - A chama olímpica desembarcou nesta terça-feira com pompa e muita vigilância ao Cazaquistão, primeira etapa de um trajeto global que deve ser marcado por protestos contra o regime chinês até os Jogos de Pequim, em agosto.
Curiosos aplaudiram e agitaram bandeiras coloridas ao verem um funcionário do comitê organizador chinês saindo com a lanterna acesa de dentro de um avião no aeroporto de Almaty, cidade encravada nas encostas dos montes Tien-shan, a 500 quilômetros da China.
Mulheres com trajes típicos e chapéus com plumas saudaram a delegação olímpica, oferecendo flores a Jian Xiaoyu, vice-presidente do comitê organizador da Olimpíada, e a outras autoridades.
O percurso da tocha pelo mundo vai durar 130 dias, até sua volta a Pequim para a cerimônia de abertura dos Jogos, em 8 de agosto.
A passagem da tocha pelo Cazaquistão contribui com o clima de orgulho coletivo no país, que, ajudado pela produção de petróleo, almeja se tornar uma potência regional.
Na semana passada, na cerimônia que acendeu a tocha, na Grécia, ativistas abriram cartazes condenando a situação dos direitos humanos na China. No domingo, um pequeno grupo de manifestantes tentou impedir a entrega da chama a autoridades de Pequim em Atenas.
Protestos são raros no Cazaquistão, uma ex-república soviética onde ainda impera um rígido controle político. Na hora da chegada da chama não havia sinais de manifestações se formando.
Por precaução, o governo colocou 4.500 policiais nas ruas de Almaty, que surgiu como cidade planejada soviética e hoje é um próspero centro financeiro. O próprio Cazaquistão é alvo de críticas ocidentais por causa dos direitos humanos.
Na quarta-feira, vai ocorrer uma suntuosa cerimônia para receber a tocha olímpica nas montanhas ao sul da cidade, com a presença do presidente Nursultan Nazarbayev e de dirigentes empresariais.
Vários bairros de Almaty devem ficar fechados na quarta-feira para o revezamentos da tocha pelas ruas da cidade.
As autoridades e a imprensa local vêem na passagem da tocha um símbolo do reconhecimento internacional ao avanço do país.
"Almaty já esteve na Grande Rota da Seda, que ligava a Ásia à Europa", disse o prefeito Imangali Tasmagambetov na véspera da chegada da chama. "O povo do Cazaquistão e Almaty em particular estão muito orgulhosos."
A chama deve voltar a Pequim em 6 de agosto, depois de percorrer toda a China. Dois dias depois, será usada para acender a pira olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos.
http://www.estadao.com.br/esportes/not_esp149208,0.htm
Reuters
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