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O desempenho das escolas


O Estado de São Paulo - 07.04.08

O desempenho das escolas


Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2007, que foram divulgados esta semana pelo Ministério da Educação (MEC), não são muito diferentes dos de 2006. Mais uma vez as escolas particulares e as vinculadas a entidades religiosas tiveram um desempenho muito superior ao das escolas públicas - entre as quais destacam-se as escolas federais, principalmente as voltadas ao ensino técnico e profissionalizante. Além disso, as escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo continuaram predominando no ranking do Enem.

No ensino médio estão matriculados mais de 9 milhões de alunos. Participaram desta versão do Enem mais de 3 milhões de alunos, de cerca de 19 mil escolas, das quais dois terços são públicas. A participação no Enem, um mecanismo de avaliação que foi criado há dez anos, não é obrigatória, mas voluntária. A cada ano o número de alunos varia. Os estudantes se inscrevem por conta própria e de forma independente. E, como a pontuação obtida pode ser utilizada no vestibular de cerca de 400 instituições de ensino superior e habilita o participante a receber os benefícios do Programa Universidade para Todos (ProUni), é cada vez maior o número de alunos que se dispõem a fazer a prova.

Na primeira vez em que se realizou o Enem, em 1998, cerca de 300 mil estudantes das três séries do ensino médio se submeteram a ele. Em 2005, esse número ultrapassou a marca de 3 milhões de inscritos. Em 2006, do 1,8 milhão de formandos desse nível de ensino, mais de 1,2 milhão fez o exame. No ano passado, o número de inscritos voltou a ficar acima de 3 milhões.

Das 20 escolas que ficaram no topo da lista do Enem do ano passado, 15 são privadas - a maioria situada na Região Sudeste - e 5 são públicas. Destas, todas são mantidas pelo governo federal, sendo ligadas a universidades ou Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Por isso são escolas diferenciadas, com orçamento alto e um criterioso processo de admissão, por meio de provas de habilidades e competências. Por isso é que se destacam na avaliação.

Além das escolas federais, figuram entre os bons estabelecimentos da rede pública as escolas técnicas mantidas pelos governos estaduais e os colégios militares. Das 20 melhores escolas públicas, excluídas as escolas federais, somente duas não são técnicas. Uma é o Instituto de Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e a outra é o Centro de Ensino Médio Tiradentes, vinculado à Brigada Militar do Rio Grande do Sul. A exemplo das federais, essas escolas são disputadas por centenas de candidatos e também têm um rigoroso processo seletivo.

Não há segredo na receita do sucesso das escolas que obtiveram maior pontuação no Enem de 2007. A maioria mantém um número limitado de alunos por sala de aula, faz provas regulares, oferece atividades interdisciplinares, dispõe de infra-estrutura informatizada e conta com bibliotecas atualizadas e laboratórios modernos. Além disso, os estudantes têm acompanhamento individual e os professores são licenciados nas áreas em que ensinam, promovem reuniões periódicas para estabelecer metas e avaliar resultados, recebem bons salários e se submetem a cursos regulares de capacitação.

A receita é a mesma tanto para escolas tradicionais, como os Colégios São Bento e Santo Inácio, no Rio de Janeiro, como para as mais novas, como o Colégio Poliedro, de São José dos Campos, que foi criado há sete anos por um antigo aluno do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e já aparece na lista das 20 melhores escolas privadas de São Paulo. No caso das escolas técnicas federais e estaduais, o sucesso se deve ao ensino profissionalizante e ao fato de, apesar de os salários dos professores não serem altos, eles trabalharem motivados, por lidar com os melhores alunos da rede pública, como afirma a diretora do Centro Paula Souza, Laura Laganá.

O objetivo do Enem é fornecer um retrato do ensino médio. Com base nessa bem-sucedida experiência de avaliação, as autoridades educacionais e dirigentes de escolas podem escolher os meios mais eficientes para superar as

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Jornal O Estado de São Paulo

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