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Anvisa libera PET reciclado para alimento e bebida


Estadão.com - 09.05.08

Anvisa libera PET reciclado para alimento e bebida

Novas tecnologias possibilitam a descontaminação do plástico; especialistas esperam crescimento do mercado

Karina Toledo


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou recentemente o uso de plástico do tipo PET reciclado para embalar alimentos e bebidas com o argumento de que novas tecnologias permitem a descontaminação do material e eliminam riscos à saúde. A resolução, publicada em março, tem sido apontada como possível solução para o volume de plástico que entope aterros sanitários do País ou para garrafas PET que hoje são simplesmente descartadas em rios, córregos e terrenos baldios.

O Gerente de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Anvisa, Lucas Dantas, explica que antes o PET reciclado era proibido por causa do risco de contaminação. Como o plástico é um material poroso, poderia absorver substâncias nocivas à saúde quando em contato com elas nos lixões. Mas o surgimento de novas tecnologias, como a chamada "bottle to bottle", tornou possível a descontaminação do material, independentemente do sistema de coleta. "Recebemos, até o momento, pedidos de autorização de quatro indústrias recicladoras, que ainda estão sendo analisados", conta.

Segundo Dantas há uma série de exigências a ser cumprida para que seja concedida a autorização. Uma das condições é que a recicladora já tenha o aval do FDA, órgão regulador de alimentos e bebidas dos Estados Unidos, ou de uma agência similar na União Européia. Além disso, o rótulo deverá conter informações que permitam rastrear o produtor em caso de problema.

O professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas (Unicamp) Carlos Anjos, especialista na área de embalagens, afirma que a tecnologia é segura e capaz de produzir embalagens com a mesma qualidade daquelas fabricadas com resina virgem. Ele explica que, além das etapas tradicionais da reciclagem (veja quadro), no método "bottle to bottle" as embalagens passam por um processo de descontaminação química e por uma repolimerização, que consiste em submeter o material a temperaturas superiores a 270°C por aproximadamente 20 horas. Isso recupera as propriedades originais da resina. "Mas o custo desse processo é elevado e, por isso, poucas empresas no País têm acesso", diz.

Para o consultor em geologia sanitária Leziro Marques Silva, professor de Engenharia Civil da Universidade São Judas, é justamente o alto custo que inviabiliza a produção de PET reciclado para uso alimentício. "A relação custo-benefício não é boa", diz. "Já há um mercado grande para o PET reciclado fora da área de alimentos, não se justifica esse investimento."

Não é o que pensa Roberto Carlos Ferreira de Souza, presidente da Bahia PET, uma das recicladoras que solicitaram autorização da Anvisa. A empresa recebeu anuência do Instituto Fraunhofer (Alemanha) e do FDA. "A tendência é que o preço da resina virgem acompanhe a escalada do petróleo, pois é derivada dele. Poderemos oferecer à indústria de bebidas um produto com a mesma qualidade e menor preço."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080509/not_imp169885,0.php

Estadão.com

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