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Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
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Petra, um deslumbre esculpido na pedra


Estadão.com - 20maio08

Petra, um deslumbre esculpido na pedra
Talhada pelos nabateus, cidadela chegou a ter 30 mil habitantes

Camila Anauate - O Estado de S.Paulo


- Passos ansiosos seguem o caminho iluminado por velas. Um desfiladeiro estreito, gelado, intrigante. As montanhas ora escondem, ora revelam um céu prateado. O labirinto parece infinito. Os passos, o vento, a respiração, tudo se torna mais intenso quando os paredões de pedra se abrem para o Al-Khazneh (Tesouro) de Petra. Bem ali, sentados sobre tapetes, os turistas tomam um chá que aquece a alma. Silêncio profundo, só quebrado pela flauta de um beduíno.

A luz das velas mantém o mistério do cenário. Não é possível ver em detalhes a fachada do Tesouro. Nem é preciso. A essa altura, todos os sentidos estão envolvidos pela música árabe. Nesse encontro com o passado, fica fácil entender por que os beduínos guardaram Petra em segredo durante cinco longos séculos.

Se você tiver a chance de visitar essa maravilha do mundo primeiro à noite, tanto melhor. A curiosidade em desvendar Petra só faz aumentar até o dia seguinte, quando, à luz do sol, você poderá explorar todo o sítio arqueológico. E por mais fotos, vídeos e filmes que tenha visto, nada prepara para esse lugar místico. Petra é muito mais do que a fama que ostenta, só vendo para crer.

Muito mistério ainda ronda a história da Cidade Perdida de Petra. Sabe-se que a região é habitada desde a pré-história. Os nabateus, povo árabe nômade, chegaram no século 3º a.C. atraídos pela localização estratégica, na rota comercial de especiarias entre o Oriente e o Mediterrâneo. Hábeis empreendedores, eles transformaram Petra no centro de um poderoso império que se estendia até a Síria - dizem que o local chegou a abrigar mais de 30 mil habitantes.

Foram os nabateus que talharam toda a cidade nas encostas das montanhas. O Tesouro, do século 1º a.C., teria sido um dos templos mais importantes e, hoje, é a imagem mais divulgada da Jordânia, cenário até de filme do Indiana Jones. No ano 106 d.C., os romanos anexaram a região. Os islâmicos chegaram no século 4º e os cruzados, no século 12.

Com as novas rotas marítimas (e alguns terremotos), Petra entrou em decadência. E ficou esquecida na história - guardada a sete chaves por beduínos - até 1812, quando o explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt, disfarçado de muçulmano, a redescobriu.

Hoje, para conhecer o sítio arqueológico, os turistas ficam hospedados em Wadi Musa, cidade onde está o centro de visitantes, com ótima infra-estrutura de hotéis e restaurantes.

PASSO A PASSO

A trilha pelo desfiladeiro é outra à luz do dia. O sol faz brilhar os diferentes tons de rosa das montanhas de pedra, que chegam a 150 metros de altura. O céu é de um azul intenso. A cada curva, uma nova paisagem.

O caminho, conhecido como Siq, revela por mais de um quilômetro vestígios do passado, como aquedutos, inscrições e escadarias esculpidos nas rochas. Grupos de turistas disputam o estreito espaço com charretes e cavalos. Quem não quiser caminhar paga 2 dinares (R$ 4,80) pela carona.

O impacto da chegada ao Tesouro é maior. Quando a fenda se abre no desfiladeiro, surge uma coluna aqui, uma janela ali, outro detalhe acolá. Mais alguns passos e o templo aparece por completo, imponente.

Dizem que o Tesouro foi intencionalmente erguido no fim do Siq, exatamente para provocar deslumbramento. O nome tem origem numa lenda beduína, que fala sobre a existência de um tesouro escondido no edifício. Na fachada, perfeitamente talhada na rocha, há símbolos e imagens de divindades. Fique o tempo que quiser admirando a construção, mas não deixe de tirar a clássica foto montado no camelo.

UM POUCO MAIS

Os horizontes se ampliam num grande vale depois do Tesouro. A beleza natural e as dimensões arquitetônicas da antiga cidade impressionam. Há centenas de túmulos e templos bem preservados, assim como cavernas e ruínas romanas.

O teatro romano, talhado aos pés de uma montanha, data do século 1º d.C. e comportava 3 mil pessoas. Outro destaque são os túmulos reais, provavelmente erguidos para as

http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup175390,0.htm

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