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Ensino particular cresce mais no interior de SP


Jornal O Estado de São Paulo 27/10/08

Expansão foi de 63,7% em 7 anos; já instituições públicas concentram crescimento na Grande São Paulo

Renata Cafardo

O crescimento da oferta de ensino superior no Estado de São Paulo nos últimos anos percorreu caminhos opostos para universidades públicas e privadas. As faculdades, centros universitários e universidades particulares aumentaram sua presença no interior: foram 63,7% mais instituições entre 2000 e 2007. As públicas focaram investimentos na Grande São Paulo, com crescimento de 85,7% no mesmo período.

Os números são de uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), obtida com exclusividade pelo Estado. Os resultados mostram que em quatro indicadores - quantidade de instituições, de alunos ingressantes no vestibular, de estudantes que concluíram o curso e dos que estavam matriculados - as universidades privadas tiveram aumento maior no interior.

Para o presidente do Semesp, que congrega apenas instituições particulares, Hermes Figueiredo, a região da Grande São Paulo já estava praticamente saturada, com pouco espaço para crescimento. “Além disso, houve um deslocamento da atividade econômica de São Paulo para cidades do interior como Araras, Ribeirão Preto, Campinas”, diz. “De 2000 para cá, muitas escolas de educação fundamental e média aproveitaram espaços ociosos, à noite, e abriram faculdades.”

Em relação à qualidade, porém, como as públicas normalmente têm notas maiores, a Grande São Paulo sairia ganhando. No último Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), alunos de universidades privadas de todo o País tiveram média 44,9, enquanto a média das públicas foi 48,5.

EXPANSÃO

Um dos grupos que mais investem no interior de São Paulo é o Anhangüera Educacional, que, nos últimos anos, tem comprado instituições e aumentou seu número de alunos de 40 mil para 139 mil. “O interior teve uma ampliação da malha viária, registrou o deslocamento de empresas nacionais e multinacionais e ainda oferece benefícios fiscais e de terra”, diz o diretor de marketing do grupo, Higino Viegas. “Alguns desses fatores levam as empresas a requisitar mão-de-obra qualificada.”

Já o crescimento das públicas na Grande São Paulo pode ser explicado principalmente pela criação da Universidade Federal do ABC (UFABC), pela ampliação de câmpus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pela nova unidade da Universidade de São Paulo (USP) na zona leste da cidade.

A UFABC começou a funcionar em 2006 e aprova 1.500 novos alunos por ano. A USP Leste foi inaugurada em 2005 e já tem cerca de 4 mil estudantes. E a antiga Escola Paulista de Medicina cresceu 300% nos últimos três anos. O número de cursos aumentou de 10 para 24 em 2007.

PROUNI

Segundo Figueiredo, no entanto, o crescimento no número de alunos, que já vem caindo desde o início da década, tende a ser menor a cada ano. A pesquisa mostra que o número de matrículas no ensino superior privado no País subiu 52% entre 2000 e 2003. Já entre 2003 e 2006 (últimos números do censo do MEC), o índice foi de 26%.

Em São Paulo, o aumento porcentual de ingressantes foi maior que as taxas gerais do País nos últimos três anos analisados. O índice de novos alunos nas faculdades privadas do Estado cresceu 24,6%, passando de 240 mil para 384 mil. No Brasil, cresceu de 664 mil para 1,15 milhão (15,6%). A taxa maior no Estado, segundo especialistas, pode ter ocorrido principalmente por causa do Programa Universidade para Todos (ProUni), criado em 2005, que dá bolsas para alunos carentes em instituições privadas. A maior parte das vagas no programa foi oferecida por universidades paulistas. No primeiro semestre de 2008, 40 mil das 106 mil bolsas foram para São Paulo.

http://www.estado.com.br/editorias/2008/05/27/ger-1.93.7.20080527.8.1.xml

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