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Brasil: maior índice de repetência entre 11 países


O Estado de São Paulo - 29.05.08

Brasil tem o maior índice de repetência entre 11 países

Estudo da Unesco aponta ainda desigualdade regional no acesso a recurso

Lisandra Paraguassú

As diferenças regionais brasileiras na educação começam no acesso a recursos financeiros e materiais. Um estudo do Instituto de Estatísticas Educacionais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) mostra que há uma variação desfavorável de 34,7% nos recursos disponíveis para escolas das regiões Norte e Nordeste em confronto com o Sul e Sudeste. É a maior desigualdade entre os oito países com dados comparáveis.

Chamado Um Olhar dentro das Escolas Primárias, o relatório da Unesco comparou dados de 11 países em desenvolvimento - Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Tunísia, Malásia, Índia, Sri Lanka e Filipinas -, que praticamente universalizaram o acesso à educação primária. No caso do Brasil, até a 8ª série do ensino fundamental.

Por meio de entrevistas com alunos, professores e diretores, a Unesco traçou um perfil da situação das escolas em si, com foco em recursos que ajudam a melhorar a qualidade. O perfil que surgiu dos 11 países é semelhante.

Há falta de professores, material didático e infra-estrutura em geral. O Brasil tem, além da desigualdade de acesso aos recursos, a maior repetência escolar entre os 11 países: 18,6% dos estudantes primários brasileiros repetem o ano. O segundo colocado, Peru, tem apenas 8,8%. A média entre os 11 é de 6,3% de repetência.

A desigualdade de acesso a recursos é um dos pontos que o relatório chama a atenção para o País. “Normalmente, quando a desigualdade de acesso entre as regiões passa dos 25%, autoridades nacionais e regionais precisam trabalhar juntas para melhorar a eqüidade”, dizem os autores. O perfil da educação brasileira traçado pelo estudo chama a atenção para as deficiências materiais, especialmente nas áreas rurais. “Pelo menos a metade das crianças que estudam em escolas rurais está em prédios em estado precário. Nas cidades maiores, são 26% dos alunos”, diz o relatório. “Mais da metade está em escolas que não têm um kit de primeiros socorros, uma sala audiovisual, laboratório de ciências, microscópio, fax ou computador.”

O estudo também mostra que o Brasil ainda tem uma carga horária baixa para os estudantes do primário, especialmente se comparado com Chile, Índia e Filipinas. Os chilenos - que têm os melhores resultados educacionais recentes na América do Sul - costumam ficar 1.257 horas por ano em sala de aula. Já os brasileiros, 869 horas, em média. A conclusão geral do estudo não é animadora para nenhum dos 11 países. Em geral, há problemas de falta de estrutura e de professores. As diferenças de qualidade entre escolas, especialmente entre urbanas e rurais, também chamam a atenção em todos eles. “De um lado, vemos que em algumas escolas falta até mesmo elementos mais básicos, como água e eletricidade”, disse Hendrik van der Pol, diretor do Instituto de Estatísticas da Unesco.



http://www.estado.com.br/editorias/2008/05/29/ger-1.93.7.20080529.5.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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