Globo.com - 29.05.08

No DF, crianças aprendem a ler brincando

Escola de uma cidade de Distrito Federal tem um projeto inovador de leitura.

Desde cedo, a brincadeira é misturada à leitura na biblioteca.

Do G1, em Brasília, com informações do Bom Dia DF


No Centro de Ensino Arapoanga, em Planaltina, cidade próxima a Brasília, um projeto tem despertado nos alunos a paixão pelos livros. Há nove anos, os professores fazem da biblioteca o espaço ideal para brincadeiras. As crianças aprendem a se divertir lendo.

A estudante Evelyn da Silva está sempre na sala de leitura. Aos 10 anos, a menina já reconhece a importância dos livros.

“Ninguém xinga em um livro. Eles escrevem coisas boas, que nós podemos fazer”, diz.

Iniciativas assim são fundamentais na formação de futuros leitores. Manusear os livros, dividir a história com o colega e conhecer os mais diversos personagens que se escondem nas páginas permitem que o aluno adquira o hábito e o prazer de ler. “Gosto de livros de contos, de fábulas, de poemas. Enfim, de todo texto. Gosto de ler”, conta Sarana Nunes, de 10 anos.

“Todos os anos, escolhemos um tema e um autor, que é convidado por nós. Se ele aceitar o nosso convite, vem à escola contar para os alunos como ele produziu aquela obra. Assim, nós conseguimos fazer com que o estudante se apaixone pelo autor e, por conseguinte, por sua obra”, afirma o diretor da escola, Jordenes Ferreira.


Importância da Escola
Uma pesquisa sobre o comportamento do leitor brasileiro divulgada na última quarta-feira (28) revela que a escola é uma incentivadora da leitura. Quem freqüenta as aulas, lê o dobro de quem já parou de estudar. “A escola faz com que, principalmente, os alunos de escolas públicas tenham acesso ao livro gratuito. Tanto o livro didático quanto o de literatura conseguem chegar até as mãos das crianças, dos adolescentes e dos jovens”, observa o coordenador da pesquisa, Galeno Amorim.

Os pais também são grandes responsáveis por esse hábito. Simone e Milton são exemplos disso. Os filhos conheceram os livros quando ainda eram bebês. Hoje, não dispensam uma boa leitura.

“Dávamos livros plásticos, com desenhos, que podiam ir para a banheira. Eles abriam e descobriam histórias incríveis. Eles foram sendo incentivados de várias formas. Hoje, são bons leitores”, diz a advogada Simone Castro. “Meus pais me levavam para livraria comprar livros desde pequeno. Então, acabei criando gosto pela leitura”, completa o estudante Igor Castro.

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL582604-5604,00.html

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