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Marte é exatamente como nós imaginamos


Folha Online - 04.06.08

"Marte é exatamente como nós imaginamos", diz brasileiro da Nasa

FELIPE MAIA
da Folha Online

Desde que a Phoenix pousou em Marte, no dia 25 de maio, os técnicos da Nasa (agência espacial norte-americana) estão testando e calibrando os equipamentos da sonda, para iniciar a exploração propriamente dita do planeta. Até o momento, os exploradores encontraram no pólo norte de Marte as características que foram projetadas na Terra, mantendo acesa a expectativa de encontrar matéria orgânica ali.

"Pelo que parece, Marte é exatamente o que estávamos imaginando e procurando, com um solo com poucas pedras e gelo no subsolo", afirmou à Folha Online o brasileiro Ramon de Paula, chefe dessa missão na agência espacial. Ele calcula que o gelo esteja a uma distância de 5 cm a 8 cm da superfície.

Reuters/Nasa

Imagem feita pela sonda Phoenix mostra solo de Marte; técnicos buscam matéria orgânica, o que é condição para existência de vida
Com o uso de uma broca especial e uma espécie de escavadeira, o braço robótico da Phoenix vai perfurar o solo e trazer amostras de gelo que serão analisadas por instrumentos localizados na própria sonda em Marte. Entre eles estão câmeras e microscópios, além de outros equipamentos de análise. Se tudo ocorrer conforme o planejado, a sonda vai ficar em operação por 90 dias.

Análises iniciais dão conta que a Phoenix pousou sobre uma placa grande de gelo, o que pode facilitar a missão --não seria necessário fazer buracos muito profundos. Entretanto, ainda é preciso analisar a dureza desse gelo.

Calibragem

Segundo o engenheiro, por enquanto, os técnicos estão apenas testando os instrumentos, antes de começar a perfurar o solo. Durante o processo, em caso de falha, surge o desafio de fazer reparos na sonda a uma distância de 275 milhões de km de distância, tarefa que o engenheiro brasileiro classifica como "muito difícil"

"Temos que utilizar, aqui na Terra, modelos da sonda que está em Marte. E os modelos nem sempre são idênticos. Podem ter sido feitas alterações de última hora na Phoenix e que nós não passamos para o papel. Temos que levar isso em conta", conta De Paula.

Um desses reparos teve de ser feito na última segunda-feira (2), quando um equipamento chamado Tega (sigla em inglês para Analisador de Gás Térmico e Expandido) não funcionou durante os testes.

O aparelho é essencial para a missão da sonda, pois será responsável por analisar componentes do solo de Marte. Entretanto, um dos filamentos que compõem o sistema estava em aparente curto-circuito. Nesta terça-feira (3), os engenheiros da Nasa enviaram uma mensagem para que o Tega utilizasse um filamento adicional, fazendo com que o equipamento funcionasse.

"É um negócio bem delicado. Qualquer impureza pode dar problema. O outro filamento [adicional] foi acionado e o instrumento está funcionando bem", afirma o brasileiro.

Calor

A função do Tega é esquentar amostras coletadas pelo braço robótico, transformando os materiais em gases. Com isso, é possível identificar os compostos químicos e analisar sua composição. Além de analisar a origem da água em Marte, a Phoenix vai procurar por outras condições propícias para a vida no planeta, como compostos orgânicos.

As duas naves Viking, da Nasa, que chegaram a Marte em 1976, não detectaram a existência desses compostos.

Controle

Apesar de estar a cerca de 275 milhões de km de distância, a Phoenix age de acordo com comandos enviados por profissionais em terra. Durante a noite, os técnicos recebem informações enviadas pela sonda e, com base nessas análises, enviam pela manhã os comandos para a Phoenix.

Reuters/Nasa

Material retirado pelo braço robótico da Phoenix em Marte; cientistas especulam que pontos brancos do lado direito pode ser gelo
De Paula calcula que existam cerca de cem cientistas e 50 engenheiros trabalhando nessa operação. Na visão da Nasa, estudar a água em Marte é chave para descobrir respostas importantes, como se o planeta já teve vida.

Segundo a agência, os pesquisadores também podem descobrir maior

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u408548.shtml

Folha Online

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