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Festival de pipas do Japão vai colorir o céu de SP


Globo.com - 10.06.08

Festival de pipas do Japão vai colorir o céu de SP

Evento faz parte das comemorações pelo centenário da imigração.

Festival acontece no dia 28 de junho, no Pipódromo da capital.

Carolina Iskandarian
Do G1, em São Paulo



Carolina Iskandarian/ G1

Especialista na arte de fabricar e soltar pipas, também conhecidas como papagaios, o comerciante Silvio Voce foi convidado para organizar o Festival de Pipas de Hamamatsu em São Paulo, como parte das comemorações pelo centenário da imigração japonesa no Brasil.

O evento acontece no dia 28 de junho e terá a participação de uma delegação do Japão, que vai trazer pipas tradicionais do oriente. Com desenhos que simbolizam a cultura oriental, elas podem ter até seis metros de altura.

O convite partiu da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (ACCIJB), que organiza os festejos em São Paulo. O local para o festival já está escolhido: é o Pipódromo, no Parque Ecológico do Tietê, na Zona Leste. A área, criada por Voce há dez anos, fica na região central do parque e tem o tamanho de três campos de futebol.

Divulgação
No Japão, festivais de pipas são comuns e elas são gigantes. Hamamatsu é uma cidade do Japão que tem o maior festival de pipas do oriente. A cidade gira em torno disso”, explicou o comerciante, que se formou em engenharia aeronáutica, trabalhou com manutenção de aeronaves, mas abandonou tudo para se dedicar às pipas, chamadas de takô em japonês.

Segundo ele, a prática é muito comum do outro lado do mundo. “Para os orientais, soltar pipa é esporte, lazer, é um meio se ligar com os deuses. Eles fazem uma pipa mentalizando coisas boas, como uma boa colheita”, disse o comerciante, que está preparando um kit com 8 mil pipas para que o público também possa brincar durante o festival.

Nada de cerol

O misticismo nipônico influencia a forma da pipa. Voce contou que no dia 5 de maio, quando se comemora o Dia dos Meninos no Japão, os pedidos são para que o varão recém-nascido tenha prosperidade e longevidade. Neste caso, a pipa vem em formato de tartaruga. Os materiais são variados e é possível usar papéis de arroz e hastes de bambu. “As figuras são sempre fortes, como de samurais e até de carrancas, que afastam os maus espíritos”, afirmou o comerciante.

O rosto desse entusiasmado empinador de pipas fica sério quando fala do cerol - mistura de vidro moído com cola, que é besuntado nas linhas para “derrubar” os papagaios dos outros. “Eu nunca usei e criei regras de segurança contra o uso do cerol (proibido por lei)”. No Pipódromo, placas dão informações sobre os procedimentos corretos durante a brincadeira.

Entre as recomendações, estão as de não empinar pipas em locais onde há fios elétricos e evitar a prática em dia de chuva forte e relâmpago. “Se alguém entrar com cerol no Pipódromo, a pipa é retirada e a pessoa ganha uma linha”, explicou Voce. Desde criança, ele se diverte com pipas, estudou o assunto profundamente e chegou a publicar 14 livros sobre elas.

A luta dele agora é para tornar esporte o que ainda é visto apenas como brincadeira. Mas no final da década de 1980, a brincadeira quase acabou em confusão. O comerciante lembra que fazia oficinas e exposições sobre pipas em bibliotecas infanto-juvenis da cidade até que o então prefeito Jânio Quadros passou a persegui-lo por achar que Voce disseminava o uso do cerol.

“Ele simplesmente quis me podar”, disse o comerciante. Por ordem de Quadros, o projeto acabou, mas o comerciante conta que “se vingou” assim que ele deixou a prefeitura. “Fizemos uma revoada de pipas no Vale do Anhangabaú."




http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL594971-9980,00.html

Globo.com

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