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Filhos de dekasseguis terão aula de reforço em SP


Globo.com - 11.06.08

Filhos de dekasseguis terão aula de reforço na rede pública de SP

Crianças serão identificadas e terão ajuda para adaptação ao ambiente escolar.

No primeiro momento, idéia é atender duas escolas da Grande São Paulo.
Fernanda Bassette

Do G1, em São Paulo


Crianças filhas de dekasseguis (brasileiros que foram morar no Japão) terão aulas de reforço nas escolas da rede pública estadual de São Paulo por meio de um projeto inédito que será realizado entre a Secretaria de Estado da Educação e o Instituto de Solidariedade Educacional e Cultural (Isec). A idéia é identificar essas crianças para facilitar a adaptação delas na escola, quando elas retornam para o Brasil.

De acordo com a psicóloga Kyoko Nakagawa, coordenadora do projeto no Isec, dados do Ministério da Justiça do Japão apontam que em dezembro de 2007 havia 317 mil brasileiros morando no Japão. Além disso, estima-se que cerca de 20 mil brasileiros retornem para o Brasil todos os anos e, entre eles, estão cerca de cinco mil crianças. "E pelo que a gente sabe, 70% dessas crianças vão estudar na rede pública", disse.

"As crianças muitas vezes não dominam a língua portuguesa e não conhecem a cultura brasileira. A partir de agora iremos identificar estes alunos e atuar na adaptação deles. Temos a estrutura e iremos contar com profissionais específicos para este trabalho", afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

No entanto, o projeto vai começar de maneira tímida em cidades próximas de São Paulo e a expectativa é atender cerca de 60 crianças. "Essas crianças estão pulverizadas pelo estado e, por enquanto, não temos como atendê-las em todas as cidades. Por isso, o projeto-piloto será em cidades próximas a São Paulo onde sabemos que a comunidade japonesa tem uma presença forte", disse Kyoko.

Como funcionará
O projeto será tanto para alunos japoneses quanto brasileiros que passaram algum tempo no Japão. Segundo o professor Hiroyuki Hino, coordenador do projeto dentro da secretaria, o primeiro passo do governo será mapear todas as escolas da rede para identificar onde está a demanda para esse tipo de atividade.

Após identificadas, as crianças terão apoio psicopedagógico para continuarem os estudos e se adaptarem à nova vida escolar. "Quando essas crianças voltam para o Brasil elas sofrem um choque muito grande, elas são quase um imigrante. A cultura é muito diferente e a língua também e isso faz com que elas tenham um descompasso muito grande com relação às outras crianças e tenham mais problemas escolares", disse Kyoko.

Para isso, os profissionais especializados irão desenvolver técnicas com essas crianças para amenizar essa defasagem escolar, com aulas de português, matemática e outras disciplinas necessárias. Os atendimentos serão fora do horário das aulas. Segundo Kyoko, a idéia é criar multiplicadores do projeto para as escolas do interior.

A assinatura do convênio será nesta quarta-feira (11). A parceria entre secretaria e Isec será de dois anos, prorrogável por mais dois anos. A estimativa de gasto é de cerca de R$ 150 mil por ano, com transporte, estadia, alimentação, produção de materiais específicos e equipamentos, por exemplo.

Inclusão na rede estadual
Um parecer do Conselho de Educação dispõe que, mesmo sem visto ou histórico escolar, o aluno estrangeiro tem o direito e deve ser matriculado na rede estadual. Movimentos de imigrantes encontram hoje acesso à rede pública mesmo sem a documentação regularizada.



http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL595529-5604,00-FILHOS+DE+DEKASSEGUIS+TERAO+AULA+DE+REFORCO+NA+REDE+PUBLICA+DE+SP.html

Globo.com

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