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Qualidade do ensino médio não avança


O Estado de São Paulo - 12.06.08

Qualidade do ensino médio não avança

Índice aponta que melhora se deu nas turmas do fundamental; com isso, País atinge metas previstas para 2009

Renata Cafardo, , Simone Iwasso, , Lisandra Paraguassú

O Brasil conseguiu melhorar a qualidade da educação pública nos primeiros anos do ensino fundamental, mas não avançou nos resultados do ensino médio. Todos os Estados, com exceção de Minas que não cresceu nem caiu, tiveram aumento em seu Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) de 2005 para 2007 entre 1ª e 4ª série, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC). Porém, oito deles registraram queda na nota no ensino médio e, em outros sete, o índice permaneceu inalterado.

'É como se fosse uma geração perdida, conseqüência de mais de uma década de políticas educacionais equivocadas', diz a educadora Maria Sylvia Bueno, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Marília. Para ela, esses alunos são os 'filhos' das políticas de correção de fluxo aplicadas nos anos 90, ou seja, diminuir a repetência para que os alunos estudem na série considerada correta para a idade. 'Elas tinham como foco a correção desse problema, mas foram aplicadas sem medidas pedagógicas apropriadas.'

Para os alunos, agora, a expectativa é de algum tipo de projeto futuro, seja em cursos técnicos ou outro tipo de formação para o trabalho. 'Tem que se pensar como esses estudantes podem ser integrados em outro momento, porque esse já foi perdido para eles', analisa Helena Coharik Chamlian, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ela, existe uma soma de fatores que tornam o ensino médio um desafio mais complexo para as políticas públicas: a necessidade de uma formação diferenciada do professor, a formulação de um currículo que dialogue com a realidade do jovem e a preparação para o mercado de trabalho.

O antigo colegial, hoje ensino médio, é visto no País como o principal desafio da educação atualmente. Enquanto quase todas as crianças de 7 a 14 anos estão na escola, entre os adolescentes do ensino médio o índice está em cerca de 40%. E as taxas de abandono, em vez de cair, estão crescendo.

Apesar da preocupação com o ensino médio, os educadores são unânimes em afirmar que é melhor para a educação brasileira que o avanço esteja ocorrendo na base (1ª a 4ª série). Para a especialista da Universidade de São Paulo (USP) Silvia Colello, fica claro que Estados e municípios têm investido mais em políticas públicas voltadas para o período da alfabetização do que para o ensino médio. 'De certa forma, investir no ensino médio é remediar um problema e investir na 1ª a 4ª série é prevenir', explica. Em dez Estados, o Ideb aumentou em mais de 15% nos primeiros anos do fundamental.

O Ceará, por exemplo, aumentou seu Ideb de 3,2 para 3,8 de 1ª a 4ª série (18,7%) e de 3,1 para 3,5 de 5ª a 8ª série (12,9%). No ensino médio, no entanto, o crescimento foi de apenas 0,1 ponto (a escala vai de 0 a 10). 'Sabemos que as dificuldades de aprendizagem são cumulativas e por isso os problemas são maiores no fim da educação básica', diz a secretária da Educação do Ceará, Izolda Cela.

Os avanços das primeiras séries do fundamental podem ser notados principalmente no Nordeste, cujas notas de 1ª a 4ª dos Estados juntos cresceu 20% com relação a 2005. Por outro lado, o ensino médio aumentou só 3%. Apenas o Sudeste registrou crescimento maior entre 5ª e 8ª série com relação aos outros dois níveis. A maior média entre os níveis de ensino no Brasil também foi a de 1ª a 4ª, com 4,2 ante 3,8 para as turmas de 5ª a 8ª e 3,5 no ensino médio.

GRANDE DESAFIO

O próprio Ministério da Educação revela preocupação com o ensino médio. Não só esse nível de ensino tinha o menor Ideb, como sua meta, proporcionalmente, também era menos exigente, já que o ponto de partida era mais baixo. Mesmo assim, os resultados foram ruins. 'O ensino médio é o grande desafio. Apesar da meta de 2009 também ter sido cumprida, a ex

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