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Exposição no Masp reavalia papel do desenho


Folha de S.Paulo - 12.06.08

Exposição no Masp reavalia papel do desenho


FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

Por muito tempo, o desenho não foi considerado um trabalho artístico propriamente dito. Representava mais um estudo, fase do processo de criação, do que uma obra de arte, e, por isso, raramente era exibido.

"Desenhos Espanhóis do Século 20 - Coleção Mapfre", que será aberta amanhã para o público, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), atesta que o desenho deixou de ser um subgênero. "O desenho, nos últimos tempos, alcançou uma absoluta independência em respeito aos gêneros artísticos. A obra sobre papel não é apenas um suporte para o artista anotar o rascunho da idéia, mas constitui uma obra em si", diz Pablo Jiménez Burillo, diretor do Instituto Cultural Fundação Mapfre.

A exposição, que já circulou por dez cidades, entre elas Havana, Buenos Aires, Bogotá e Nova York, reúne 82 obras de alguns dos mais renomados artistas espanhóis, como Picasso, Dalí, Tàpies e Miró, além de alguns estrangeiros, como o uruguaio Joaquin Torres-Garcia e o francês, Francis Picabia. A mostra da coleção da Mapfre segue outra do mesmo gênero, exibida em 2007 no Masp, com a coleção Daimler Chrysler.

"Com esta exposição pretendemos contar uma história coerente do desenvolvimento da arte espanhola, desde o fim do século 19, até os anos 60 do século 20", conta Burillo. Assim, a exposição apresenta desde precursores do modernismo na Espanha, como Regoyos, Piñole e Sunyer, que buscavam equilíbrio entre sua formação acadêmica e as novas técnicas do fim do século 19, até artistas contemporâneos, como Antoni Tàpies e Eduardo Chilida, vinculados à abstração.

Erros e acertos

Nesse percurso, segundo o curador do Masp, Teixeira Coelho, percebe-se que o "papel contém a verdade da arte" ou "boa parte dela". De acordo com Coelho, os artistas se entregam ao desenho "repetidamente e com tanto empenho que não raro esses estudos se transformam em "obras" tão apreciadas, estética e economicamente, quanto as obras finais a que dão origem".

Um dos exemplos na mostra é um desenho de Joan Miró (1893-1983), datado de 1932, um estudo para as ilustrações do livro "Enfances", do poeta surrealista Georges Hugnet. A publicação incluiu três gravuras idênticas a esse desenho de Miró, que passava por uma fase de crise e reajuste, retomando a pintura com novas premissas.

De forma geral, a mostra dá conta de vários trabalhos que apresentam novas facetas de cada criador: "O desenho nos dá uma familiaridade com o artista. Por sua precariedade, ele nos deixa perceber as dúvidas, as dificuldades, as correções e acertos luminosos. Ele nos proporciona a sensação de assistir, de alguma forma, ao processo de criação", diz Burillo.

Hoje, o serviço educativo do Masp promove um encontro com Burillo, das 15h30 às 17h, aberto a todos os interessados. Por conta do número limitado de vagas, as inscrições podem ser feitas pelo e-mail: educativo@masp.art.br.

Desenhos Espanhóis do Século 20 - Coleção Mapfre
Quando: de ter. a dom., das 11h às 18h; qui. até 20h; até 27/7
Onde: Museu de Arte de São Paulo (av. Paulista, 1.578, tel. 0/xx/ 11/ 3251-5644)
Quanto: R$ 15

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u411547.shtml

Folha de S.Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





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