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Os resultados do Ideb


O Estado de São Paulo - 13.06.08

Os resultados do Ideb


Está melhorando a qualidade do ensino oferecido na rede pública de ensino fundamental, a alunos na faixa de 7 a 14 anos de idade. Isso é o que indica o Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) relativo ao período de 2005 a 2007. O Ministério da Educação (MEC) fixou metas de qualidade que devem ser alcançadas de dois em dois anos. O objetivo é atingir até 2022 as médias atuais de qualidade dos países desenvolvidos. A boa notícia é que as metas para 2008 e 2009, estabelecidas para os níveis fundamental e médio de ensino, já foram alcançadas em 2007, mas somente no ensino fundamental.

O Ideb de cada nível de ensino é calculado com base nos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), da Prova Brasil e das taxas de aprovação, repetência e evasão escolar coletadas pelo Censo Escolar. Este é o segundo ano em que o Ideb é divulgado.

Numa escala de 0 a 10, as quatro primeiras séries do ensino fundamental pularam de 3,8, em 2005, para 4,2, no ano passado. No mesmo período, as quatro últimas séries desse nível de ensino passaram de 3,5 para 3,8. Já o ensino médio passou de 3,4 para apenas 3,5, entre 2005 e 2007. “É como se fosse uma geração perdida, conseqüência de mais de uma década de políticas educacionais equivocadas”, diz a pedagoga Maria Sylvia Bueno, da Faculdade de Educação da Unesp, criticando as medidas pedagógicas que foram adotadas para o ensino médio a partir dos anos 90.

O grande problema do ensino médio, que conta atualmente com 9 milhões de alunos na faixa etária de 15 a 17 anos, continua sendo a falta de uma definição mais precisa de seu papel no sistema educacional. Durante décadas, ele foi considerado mera extensão do ensino fundamental. Nos últimos tempos, passou a ser visto como um curso que poderia assumir um perfil mais técnico e profissionalizante, preparando jovens para o mercado de trabalho.

No entanto, como Estados e municípios sempre deram prioridade ao ensino fundamental, a reforma do currículo das três séries do ensino médio foi sendo postergada e hoje ele não oferece nem uma base formativa, que permita aos alunos ingressar no ensino superior, nem uma educação técnica, que permita aos estudantes encontrar um emprego. “O ensino médio é o grande desafio. Ele tem características diversas do ensino fundamental. Necessita de outras medidas pedagógicas, de outro tipo de investimento”, diz o ministro Fernando Haddad, depois de lembrar que só recentemente o MEC passou a distribuir livros didáticos para os alunos desse nível de ensino.

Há problemas no ensino médio e há muito o que fazer em relação ao ensino fundamental. Mas os números do Ideb mostram que o caminho certo foi encontrado. Além disso, os pedagogos consideram que é melhor para a educação brasileira que o avanço esteja ocorrendo na base do sistema. Ou seja, se as quatro primeiras séries do ensino fundamental melhoraram de qualidade, como o Ideb evidenciou, é porque a União, os Estados e os municípios investiram na qualidade dos programas de alfabetização. E, graças a um melhor preparo no início do processo formativo, os alunos poderão apresentar um rendimento escolar cada vez mais alto, à medida que subirem de série escolar. Isto porque, quanto mais eficiente é a alfabetização, maior é a facilidade que o aluno tem para aprender.

“De certa forma, investir no ensino médio é remediar um problema. E investir nas quatro primeiras séries do ensino fundamental é prevenir”, diz a pedagoga Sílvia Colello, da USP. “Sabemos que as dificuldades de aprendizagem são cumulativas e por isso os problemas são maiores no fim da educação básica”, diz a secretária de Educação do Ceará, Izolda Cela, lembrando que pela primeira vez, em décadas, a rede pública de ensino fundamental evoluiu na Região Nordeste.

Esse fato revela a importância do Ideb e de outros indicadores de avaliação escolar para a orientação das políticas educacionais. “Tínhamos uma escola que não sabia o que devia ensinar e um professor que não sabia o que seu aluno devia aprender”, diz o ministro Fernando Haddad. Graças à expan

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O Estado de São Paulo

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