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Estátua da Loba de Rômulo e Remo: feita na I.Média


Globo.com - 10.07.08

Testes revelam que estátua da Loba de Rômulo e Remo foi feita na Idade Média

Da EFE

Roma, 10 jul (EFE) - A famosa estátua de bronze dos Museus Capitolinos de Roma que representa a Loba amamentando os gêmeos Rômulo e Remo, fundadores da cidade, segundo a tradição latina, foi esculpida na Idade Média, e não no século V a.C, como se acreditava há mais de 200 anos.

Os testes com carbono 14 realizados na Universidade de Salento (sul) revelaram que a obra foi feita em torno do século XIII d.C, segundo afirmou nesta quarta-feira o arqueólogo Adriano La Regina, ex-responsável de Cultura do Consistório romano, em artigo publicado no jornal "La Repubblica".

A estátua mostra Luperca, como o animal é conhecido, com o rosto desafiante voltado em direção a quem a contempla e um tronco forte, sob o qual Rômulo e Remo repousam sob os joelhos para conseguir mamar.

O resultado da análise do carbono 14 confirma o que há anos defendiam especialistas como Ana Maria Carruba, encarregada, entre 1997 e 2000, da restauração da estátua e que, em dezembro de 2006, tornou pública sua certeza de que a obra não foi esculpida na antiguidade.

A arqueóloga alegou que a estátua foi fundida a partir de cera persa fundida em um só jato, técnica adotada durante o período medieval, e que a superfície da peça não mostrava os sinais característicos dos bronzes antigos.

Já no século XIX, e se baseando em critérios estilísticos, especialistas de arte antiga de museus prestigiosos como o Louvre francês disseram que era uma obra medieval, e não clássica, embora as afirmações tenham caído rapidamente no esquecimento, segundo La Regina.

A tese desmentia a crença reinante sobre a origem clássica da estátua, formulada em 1764 pelo filósofo e historiador alemão Johann Joachim Winckelmann, considerado o fundador da história da arte e da arqueologia.

Winckelmann situava a estátua na Antiguidade por algumas características escultóricas, como a representação achatada e os tufos do pêlo da Loba.

Os testes científicos para certificar quando a estátua foi esculpida ocorreram em fevereiro de 2007, e os responsáveis municipais anunciaram em outubro que já conheciam os resultados e que se reservavam o direito de torná-los públicos.

Até então tinham preferido guardá-los para si, pelo que os resultados só foram conhecidos após serem divulgados pelo ex-responsável de Bens Culturais da cidade de Roma.

Não é a primeira vez que La Regina rebate a posição oficial sobre restos ou descobertas arqueológicas relacionadas com o mito da Loba, já que, só dois dias depois que, em 20 de novembro, foi anunciada a descoberta da caverna na qual o animal amamentou os gêmeos, o cientista tornou públicas suas dúvidas.

Na época, La Regina afirmou que, só vendo as fotos do covil que o então ministro de Cultura, Francesco Rutelli, anunciou como sendo do suposto Lupercale, podia descartar "absolutamente" que fosse a mítica caverna.

O local, disse, se encontra, segundo a lenda, na mesma região arqueológica onde se achava o covil descoberto, a colina do Palatino junto aos Fóruns Imperiais, mas "um pouco mais ao oeste".

La Regina estimulava que "continuassem as escavações anunciadas pelo ministério para localizar o verdadeiro Lupercale, ao oeste da gruta agora encontrada", na qual se realizavam atividades de culto à Loba.

Isto não implica, obviamente, que este especialista acredite no mito, apesar de alguns historiadores admitirem que a cidade pode ter sido fundada em uma data próxima à fixada pela tradição clássica, 753 a.C..

Mais tarde teria sido criada a lenda de que o fundador de Roma -alguns não descartam que se chamasse Remo - tinha sido amamentado por uma loba.

O ensaísta e escritor Corrado Augias diz no livro "The Secrets of Rome" que o mito teria sido inventado para encobrir o fato de que Remo, ou quem quer que tenha sido o fundador da cidade, foi criado por uma prostituta, já que, na Roma antiga, estas recebiam o nome de Lupa (loba), de onde procederia a palavra prostíbulo.

Os gêmeos Rômulo e Remo eram, segundo a lenda, filhos do

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL642049-5603,00.html

EFE

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