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Brasil terá nova rede de pesquisas


Estadão.com - 15.07.08

Brasil terá nova rede de pesquisas

Governo investirá R$ 270 milhões em ao menos 45 institutos; Grã-Bretanha fecha parceria em projeto de satélite

Herton Escobar e Tatiana Fávaro


O primeiro dia de debates da 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi marcado por anúncios de três projetos.

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) informou que pretende criar em três anos pelo menos 45 institutos, com investimento de R$ 270 milhões. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou parceria com o governo da Grã-Bretanha para a fabricação de uma câmera de alta resolução que será incorporada ao satélite Amazônia 1, cuja principal função será o monitoramento de florestas tropicais. E, finalmente, R$ 48 milhões serão investidos na compra de um supercomputador que deverá colocar o Brasil entre os países com maior capacidade no mundo para o estudo de mudanças climáticas (mais informações nesta pág.).

O titular do MCT, Sergio Rezende, afirmou que o governo pretende criar uma rede de Laboratórios Nacionais, que vai substituir os atuais Institutos do Milênio. Serão, a princípio, 25 institutos voltados para áreas estratégicas (definidas pelo MCT) e 20 para áreas espontâneas, definidas com base em demandas da comunidade científica. "Os institutos deverão ter projetos bem definidos em áreas estratégicas ou de fronteira, e não ser apenas um aglomerado de projetos (como foram os Institutos do Milênio)", afirmou Rezende.

Os institutos não serão instalações novas, com prédios próprios. Funcionarão como redes de laboratórios, ancoradas em alguma instituição de referência. O investimento para os primeiros três anos será de R$ 110 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e R$ 160 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "Esses recursos representam três vezes mais que os recursos do Programa Institutos do Milênio. Estamos contando com a participação de outros ministérios e entidades estaduais para tentarmos chegar a R$ 400 milhões", afirmou Rezende.

No primeiro edital, previsto para agosto, até 30 institutos serão selecionados para atuação em 13 áreas estratégicas, entre as quais biocombustíveis, biodiversidade e mudanças climáticas. Dos recursos, 35% vão para centros no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

SATÉLITE

O satélite Amazônia 1, que o Inpe pretende lançar até 2011, vai ter um "olho" brasileiro e outro britânico. O Rutherford Appleton Laboratory (RAL), na Inglaterra, vai construir uma câmera de alta resolução que será incorporada ao projeto, ao lado de uma câmera brasileira. A parceria foi anunciada pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara, e pelo embaixador britânico no Brasil, Peter Collecott. "É um projeto que vai beneficiar os dois países", disse Collecott ao Estado. O Amazônia 1 será usado para monitorar florestas não só no País, mas em todo o planeta, com imagens disponíveis gratuitamente para qualquer interessado.

A câmera inglesa terá resolução de 10 metros, com faixa de observação de 120 quilômetros, enquanto a brasileira terá resolução de 40 metros, com campo de visão de 780 km. Para se ter uma idéia, o sensor Modis, do satélite Terra, usado no Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), tem resolução de 250 metros - muito baixa, o que torna o sistema vulnerável a questionamentos (mais informações nesta pág.).

O Amazônia 1 está orçado em R$ 100 milhões e o custo da câmera é estimado em R$ 20 milhões. Com o lançamento também do próximo satélite sino-brasileiro, CBERS 3 (previsto para 2009), dotado de câmera com resolução de 60 metros, o País ganhará autonomia tecnológica para o monitoramento de suas florestas - que hoje depende de satélites estrangeiros. "Teremos uma capacidade de imageamento única no mundo", destacou Câmara.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080715/not_imp206012,0.php

Estadão.com

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