Globo.com - 04.08.08

Além dos Jogos, China oferece 37 Patrimônios da Humanidade a visitantes

História milenar e geografia variada deram ao país um grande número de atrações.

Segundo especialista, turista deve estudar o país antes de visitá-lo.

Dennis Barbosa

Especial para o G1, em São Paulo

Além do evidente interesse turístico de Pequim por causa dos Jogos Olímpicos, o visitante que viajar à China tem uma incontável variedade de atrações para visitar, entre elas 37 lugares considerados partimônio da humanidade pela Unesco - cinco deles situados na capital.



O mais famoso deles provavelmente é a Cidade Proibida, o maior complexo de palácios do mundo, com área superior a 65 campos oficiais de futebol. Construída no século XV em estilo tradicional chinês, ela foi, por quase 500 anos, lar do imperador e centro político da China.

Diante dela está a Praça da Paz Celestial, que não é Patrimônio da Humanidade, mas ostenta o título de maior praça do mundo e concentra importantes monumentos como o Monumento aos Heróis do Povo, onde fica o mausoléu de Mao Tse Tung. Foi nesta praça que Mao declarou a China comunista, em 1949. Todos os anos, ela é tomada por imponentes desfiles militares. Foi lá também que, em 1989, estudantes e trabalhadores foram duramente reprimidos após protestarem contra o autoritarismo e a política econômica do regime chinês.



Veja também: linha do tempo com os principais fatos da história chinesa

Outro Patrimônio da Humanidade que atesta a beleza arquitetônica produzida durante o Império Chinês é o Palácio de Verão, cujos jardins incluem um lago artificial e a Montanha da Longevidade. Ele foi construído no século de XVIII com o intuito de reproduzir jardins imperiais de várias partes da China num só lugar.




Reprodução
Trecho de Badaling da Grande Muralha, próximo à capital chinesa. (Foto: Reprodução)Próximo a Pequim passa ainda Grande Muralha, que se estende por mais de 6 mil quilômetros. A parte de Badaling, a apenas uma hora do centro da cidade, é a mais visitada. O excesso de turistas, no entanto, pode ser um incômodo. O trecho de Simatai, a 120 quilômetros de Beijing, oferece uma experiência mais autêntica e tranqüila. Ambos são acessíveis de ônibus desde Pequim.

Por estar entre os maiores países do mundo e ter uma história milenar, fora de Pequim há muitas outras atraçõess.





CC/Baycrest
O moderno distrito de Pudong, em Xangai. (Foto: CC/Baycrest)A cerca de 1.500 quilômetros da capital está Xangai, maior cidade chinesa em termos de população e que abriga também o maior porto do mundo. Cosmopolita, a metrópole de quase 20 milhões de habitantes tem uma mistura de estilos arquitetônicos, com construções em estilo tradicional chinês e também europeu.



Os edifícios da época colonial européia estão conservados ao longo do Bund, uma área de calçadão à beira do rio Huangpu. Do Bund pode-se avistar, do outro lado do rio, o distrito de Pudong, o moderno coração financeiro chinês, com seus imensos arranha-céus.




CC/Maros
Parte dos mais de 8 mil soldados de terracota enterrados próximo ao imperador Qin Shi Huang Di. (Foto: CC/Maros)Entre as atrações mundialmente conhecidas da China está ainda o Exército de Terracota de Xian, composto de cerca de 8 mil estátuas de guerreiros em tamanho natural, produzidas no século 3 A.C para guardar os restos mortais do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang Di. O sítio arqueológico fica a cerca de 1200 quilômetros de Pequim, que podem ser percorridos de trem, em 14 horas, ou de avião.





Curva do Rio Yang Tsé, que o turista pode conhecer a bordo de cruzeiro. (Foto: CC/Jialang Gao)


Uma opção diferente de visitar cidades e sítios históricos é fazer um cruzeiro pelo Rio Yang Tsé para ver um pouco da natureza do país. Nas encostas do curso d´água, além de rochedos e florestas, o visitante vai se deparar com centenas de monumentos, entre templos, casas, pavilhões, terraços, torres e jardins. Para os brasileiros, há a curiosidade adicional de conhecer a hidrelétrica das Três Gargantas, que desbancou Itaipu

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