> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
MEC determina corte de vagas nos cursos direito


O Estado de São Paulo - 28.08.08

MEC determina corte de 24 mil vagas em cursos de direito
São 30 instituições paulistas atingidas pela determinação do Ministério, todas com conceitos baixos no Enade

Lisandra Paraguassú, Pedro Dantas e Rejane Lima - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Oitenta e um cursos de Direito com avaliações ruins perderão 54% das vagas oferecidas a partir do próximo vestibular. Serão 24.380 postos a menos em todo o País, a maioria deles - 14.527 - no Estado de São Paulo. São 30 instituições paulistas atingidas pela determinação do Ministério da Educação (MEC), decidida depois de uma negociação para melhorar a qualidade dos cursos, todos eles com conceitos baixos no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e resultados ruins na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


Por conta de pressão da OAB, os cursos de direito foram os primeiros a passar por uma avaliação direta do MEC. Depois de detectados os cursos com notas 1 e 2 no Enade, as instituições foram procuradas para que apresentassem um plano de trabalho para resolver suas deficiências. Dos 81, 51 cursos apresentaram planos considerados satisfatórios pelo ministério e assinaram os protocolos de intenção até maio deste ano. Outros 30, que resistiram mais às determinações do MEC, foram vistoriados e assinaram os protocolos apenas em julho.

"Se contarmos que um curso de direito abre, em média, com 100 vagas, é como se tivéssemos fechado 243 cursos", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Nesses três anos da minha gestão no ministério, fechamos mais vagas do que autorizamos". Parte dessas vagas, no entanto, já era ociosa. A conta do ministério é que, em vagas efetivamente preenchidas, o corte é de pouco mais de 16 mil.

O impacto, no entanto, ainda é considerável. Apenas a Universidade Paulista (Unip), nos seus campi de Brasília, Manaus, Assis (SP), São Paulo, Santos (SP) e Santana de Parnaíba (SP) vai perder 60,7% das suas vagas nos vestibulares, ou 10.053 lugares. Apenas o campus de São Paulo, as 10.120 vagas no vestibular serão reduzidas a 4.057.

"Cortar vagas não é o principal. A redução de vagas vem como parte de uma reforma acadêmica. É importante porque adequa o número de alunos à capacidade da instituição, mas a reforma é essencial para atender os alunos que ficam", disse o ministro. Além de diminuir seus vestibulares, as instituições terão que contratar professores, revisar os projetos pedagógicos e estruturar coordenações de cursos, entre outras coisas.

A expectativa do ministério é ver resultados dessas instituições já no próximo Enade, que os cursos de direito farão em 2009. Se houver reincidência nos resultados ruins, os cursos passarão por mais um processo de saneamento, como tem chamado o MEC, mas as regras serão mais duras e um processo administrativo poderá ser aberto. No limite, diz o ministro da Educação, até mesmo o fechamento da instituição poderá ser pedido - o que nunca aconteceu hoje.

Privilégios

O Ministério da Educação estuda cortar o privilégio de centros universitários e universidades com avaliações ruins que, hoje, podem ampliar o número de vagas sem consultar o ministério. Essa seria uma das conseqüências da avaliação geral de instituições que está sendo iniciada este ano. "Vamos levar ao Conselho Nacional de Educação a possibilidade de ampliarmos essa autorização para faculdades que hoje têm bons resultados seguidos. Do outro lado, universidades com reiterados problemas poderão perder esse privilégio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação prevê isso", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

A avaliação do ministério é que, com a seqüência de avaliações, haverá base legal para isso. Além de avaliar cada curso com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o sistema de avaliação se completará com as visitas in loco e o conceito que será dado por instituição geral, incluindo todos os cursos oferecidos. "A lei só pode ter conseqüências com um sistema de avaliação", afirmou o ministro.

Dos 81 cursos de direito com notas ruins que assinaram o termo de saneamento

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid231902,0.htm

O Estado de São Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader