Acessa Escola começa a funcionar na rede estadual |
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Governo do Estado de São Paulo - 05.09.08 |
Acessa Escola começa a funcionar na rede estadual
Sexta-feira, 05 de Setembro de 2008 às 08h43
Nadiele, Sarah, Victória e Victor aproveitam o horário alternativo ao dos estudos para usar os computadores do laboratório de informática da própria escola. Também estão ali, a postos para ajudá-los, os alunos Erick, João Rodrigo e Robson. A cena se passa numa manhã, na Escola Estadual Raul Cardoso de Almeida, localizada na Vila das Mercês, zona sul da capital, e retrata uma novidade integrada ao dia-a-dia da rede estadual: o programa Acessa Escola.
A iniciativa abrange o funcionamento ininterrupto dos laboratórios de informática das 8 às 20 horas – para uso livre (salvo algumas restrições) pelos alunos, funcionários e professores – e a contratação e capacitação de estudantes para atuar como monitores. “É muito bom ter esse espaço, já que nem todo mundo possui a ferramenta em casa”, diz o monitor Erick Baseto de Mello, de 16 anos, selecionado em concurso para exercer a função. Dois mil e cem estudantes das próprias escolas da rede de ensino foram aprovados inicialmente na prova que definiu a ocupação das vagas de estagiário para o trabalho de quatro horas por dia, com remuneração mensal de R$ 340,00.
“Essa experiência me dá uma responsabilidade maior com a escola, pois, além de estudar, tenho de cuidar dela também. A gente vê como funciona, fica dos dois lados ao mesmo tempo: o dos alunos e o dos diretores. É uma oportunidade única”, conta o jovem estudante do 1º ano do ensino médio da mesma unidade em que trabalha. Ele relata que, com a atuação de pouco mais de um mês, pôde observar que a maioria do pessoal da escola não tem computador e que muitos nunca usaram um. “É impressionante”, diz surpreendido. “Fico muito gratificado em ensinar a garotada, principalmente quando mexe na máquina pela primeira vez”, afirma.
É o caso de Nadiele Batista da Silva, de 12 anos, que nesse dia teve suas lições iniciais de informática com os monitores. A garota pediu orientação sobre como usar o site de relacionamentos Orkut. “Tinha vontade de me comunicar com os meus amigos por intermédio desse portal. Gostei da novidade”, assegura a aluna do 6º ano do ensino fundamental que nunca havia teclado. Sua irmã, Sarah Lourenço Batista da Silva, 11 anos, já havia ido a uma lan house, e sentia falta de mais aprendizado para usar o computador. “Outras escolas tinham e a nossa não. Agora tem”, comemora a menina. Sara pretende usar o equipamento para acessar sites de relacionamento, de joguinhos e pesquisar o que a professora pede.
Lazer e aprendizado – João Rodrigo Viana, 18 anos, aprendeu a mexer sozinho na máquina, quando tinha entre 14 e 15 anos. Foi descobrindo aos poucos novas possibilidades e desenvolveu um interesse especial pela matéria. Ao saber da seleção para o estágio, correu para aproveitar o que chama de “grande oportunidade”. Diz que agora trabalha com o que gosta e pode aprender cada vez mais. Nos planos, a idéia de fazer um curso de aprimoramento na área, a ser pago com o salário do estágio. Segundo ele, as principais solicitações dos usuários são orientações sobre o uso de sites de relacionamento, como o Orkut, de jogos e de como pesquisar na rede virtual.
A vice-diretora da Raul Cardoso de Almeida, Sônia Aparecida Tonet Moreno, informa que a nova condição do laboratório de informática gerou animação entre professores e alunos. Ela destaca a importância dessa alternativa de lazer e aprendizado para os jovens num bairro de baixo poder aquisitivo, como aquele em que situa a escola. “A maioria dos estudantes daqui não pode pagar uma lan house”, informa. “Além do mais, o laboratório disponível durante todo o dia possibilita a realização de aulas diferenciadas, mais ricas”, completa.
A vice-diretora da Escola Estadual Padre Antonio Vieira, Ana Maria Galegale, aprova a opinião da colega. Na unidade, localizada em Santana, todos se interessaram pela novidade, que ela julga ter o poder de aumentar a integração dos alunos com a escola. Freqüentando o 2º ano do ensino médio, Aline Pereira dos Santos Cubíssimo (16), é uma das m
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