Acelerador deve aparecer na prova de física |
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terra.com.br - 15.09.08 |
Acelerador deve aparecer na prova de física
Assunto que dominou desde as conversas da comunidade científica até as rodinhas das mesas de bar, é bem provável que o acelerador de partículas (Grande Colisor de Hádrons, ou LHC, da sigla em inglês) surja também nas páginas das provas de física dos vestibulares. Isso porque, apesar de a experiência ser grandiosa, ela nada mais é que a aplicação de um conceito prosaico da física, que já aparece todos os anos nas perguntas dos exames: a força de Lorentz.
»Cinco fatos sobre o acelerador de partículas
Quando uma partícula carregada eletricamente viaja em um campo eletromagnético de formato circular, age nela uma força chamada força de Lorentz. No acelerador, as partículas movimentadas são prótons, que têm cargas positivas. Eles são acelerados por um campo elétrico e mantêm o rumo através da força que atua neles via campos magnéticos instalados ao longo do percurso.
Este não é o primeiro acelerador de partículas existente, diz o professor de física Filipe Oliveira, do Unificado, de Porto Alegre (RS), mas é o maior já feito: tem 27 quilômetros de extensão e está situado a 100 metros abaixo da superfície, entre os territórios da França e da Suíça. Quando estiver operando com sua plena capacidade, trilhões de prótons vão percorrer o anel acelerador do LHC 11.245 vezes por segundo, viajando a 99,99 % da velocidade da luz. "A velocidade é que vai permitir as novas descobertas", diz Oliveira. A máquina é capaz de obter 600 milhões de colisões por segundo.
O objetivo do experimento é ousado: descobrir nada menos que as respostas para a origem do Universo. A idéia é colidir um feixe de prótons em cada direção, quando estiverem em máxima velocidade. O impacto é capaz de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares. A partir do estudo destas partículas, os cientistas esperam descobrir estas respostas.
Mas as perguntas não serão tão complicadas na hora da prova. O professor do Unificado espera que a aplicação da equação da Força de Lorentz seja suficiente para resolver enventuais problemas relacionados ao acelerador de partículas. E tranqüiliza os vestibulandos e eventuais fatalistas: "É improvável que o mundo acabe por causa do LHC".
Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/vestibular/interna/0,,OI3176695-EI11634,00.html
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