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Cai na Fuvest a procura de carreiras do magistério


Folha de São Paulo - 11-11-08

Procura por carreira que forma professor cai até 58% na Fuvest
FÁBIO TAKAHASHI
MÁRCIO PINHO
da Folha de S.Paulo
TALITA BEDINELLI
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Letras, pedagogia e outros cursos ligados à formação de professores para a educação básica sofreram uma brutal queda de procura nos últimos anos na Fuvest, que seleciona calouros para a USP. Algumas carreiras perderam mais da metade do número de inscritos nos últimos três anos.

A redução nesses cursos na principal universidade do país ocorre justamente num período de déficit de professores no Brasil. Segundo o Ministério da Educação, faltam 246 mil docentes no sistema e 300 mil docentes não são formados na área de atuação (exemplo: hoje, cerca de 20 mil professores de matemática são, na verdade, formados em pedagogia).

Educadores ouvidos pela Folha apontam várias causas para essa situação: baixos salários, migração de alunos para cursos privados em razão das bolsas do ProUni e a abertura de cursos de ensino a distância.

Os dados sobre o vestibular da Fuvest, tabulados pela reportagem, consideram a variação entre o exame para ingresso no ano que vem e no de 2006, quando o número de inscritos foi recorde. De um modo geral, considerando todas as carreiras, houve uma queda de inscrições na Fuvest de 19%.

Em pedagogia, a redução foi de 58,3% (1.930 inscritos a menos); em letras, de 43,3% (3.393 a menos). Também ocorreu queda nos cursos que formam professores para disciplinas específicas, como matemática e física (50,4%); história (46,4%); e química (43,9%).

Como comparação, no período, a procura cresceu muito nos cursos de engenharia civil em São Carlos (72,7%) e fonoaudiologia em Bauru (101,6%) .

Salário baixo

Para Heleno Araújo Filho, secretário de assuntos educacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), a questão salarial é um dos principais elementos para a baixa procura dos jovens pela profissão. "Hoje, você encontra concurso público para policial rodoviário federal com exigência de nível médio e salário de R$ 5.260. Um professor, com nível superior, no Estado do Pernambuco, por exemplo, ganha em início de carreira R$ 762."

Já Sonia Penin, diretora da Faculdade de Educação da USP, credita a um "possível aumento da oferta" a diminuição de inscritos e diz não ver como causa a "diminuição do interesse pela carreira".

"Houve a expansão das universidades públicas, o ProUni, que facilitou o acesso às pagas, e a abertura de vagas de ensino a distância por meio parceira da Universidade Aberta, do MEC, com os municípios."

Reportagem publicada pela Folha na semana passada mostrou que os cursos semipresenciais de pedagogia tiveram aumento de 183% nas matrículas nos últimos cinco anos. Nos cursos presenciais, caíram 4%.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u466404.shtml

Folha de São Paulo

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