Pesquisadores da USP criam tomógrafo |
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g1.globo.com - 18.12.08 |
Pesquisadores da USP criam tomógrafo para salvar vidas
Aparelho é para pacientes que precisam de respirador artificial.
Sistema impede que eles desenvolvam pneumonia.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
Aparelho hospitalar criado por cientistas brasileiros pode salvar a vida de pacientes internados em estado grave.
Esse aparelho monitora, com mais precisão, como está a respiração desses pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva. É uma conquista, não só da medicina, mas da pesquisa brasileira. Uma equipe de vários pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) criou o aparelho - ainda inédito no mundo.
Na Unidade de Terapia Intensiva, o paciente respirando com a ajuda de um aparelho é uma imagem comum. Para saber como está o funcionamento dos pulmões, os médicos fazem até quatro exames de sangue por dia.
Entre o momento em que o respirador é acionado e o resultado de cada exame, o paciente pode receber uma quantidade insuficiente de oxigênio sem que isso seja percebido pela equipe médica.
“Se o pulmão fica fechado, ele pode reter secreções. Nessas secreções, podem surgir bactérias e gerar uma pneumonia”, explica o médico pneumologista Carlos Carvalho.
Hoje, esse é um dos maiores problemas em UTI. Um em cada cinco pacientes com respiração mecânica morre de pneumonia.
Para diminuir esse índice de mortalidade nas UTIs, a Faculdade de Medicina e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo desenvolveram um aparelho inédito no mundo, que mostra com precisão e em tempo real o funcionamento dos pulmões do paciente.
Ao todo, 32 eletrodos são fixados no peito do paciente. Eles emitem uma corrente elétrica que monitora a entrada e a saída de ar dos pulmões. Um programa de computador transforma essas informações em imagem.
Assim, o médico enxerga o que está acontecendo no pulmão do paciente e pode ajustar com mais precisão o respirador. O novo aparelho não emite radiação e não faz mal ao organismo.
“Nós acreditamos que esse aparelho vai ter uma função muito importante nos ajustes de algumas doenças pulmonares que levam paciente para a entubação e para a Terapia Intensiva. Com isso, com certeza, vamos prevenir uma serie de complicações, entre elas a pneumonia”, comenta o médico pneumologista Carlos Carvalho.
Foram necessários dez anos de pesquisas para se chegar a esse tomógrafo, que passou por seis versões. O projeto, financiado com verbas públicas, teve a participação de engenheiros elétricos, bioengenheiros, programadores, matemáticos e médicos.
Agora, os pesquisadores podem requerer a patente e vender a tecnologia para outros países.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL927667-5603,00.html
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