A recente escalada do conflito na Faixa de Gaza |
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Folha Online - 09.01.09 |
Entenda a recente escalada do conflito na Faixa de Gaza
da BBC Brasil
A operação militar de Israel na faixa de Gaza foi iniciada no dia 27 de dezembro e já deixou centenas de palestinos e mais de 10 israelenses mortos.
Israel afirma que a ofensiva tem o objetivo de impedir que militantes palestinos continuem lançando foguetes contra o território israelense.
A BBC elaborou uma série de perguntas e respostas sobre o conflito em Gaza.
Por que Israel iniciou os ataques contra a faixa de Gaza?
Os israelenses afirmam que lançaram os ataques para impedir que grupos militantes palestinos continuem lançando foguetes contra seu território.
Israel quer que o lançamento de foguetes seja interrompido e que sejam tomadas medidas para impedir o rearmamento do Hamas, grupo que controla a faixa de Gaza.
Para atingir esse objetivo, Israel está tentando destruir ou reduzir a capacidade de combate do Hamas e tomar controle de seus estoques de armas.
Os ataques israelenses foram iniciados em 27 de dezembro, pouco depois de o Hamas anunciar que não iria renovar um acordo de cessar-fogo que estava em vigor desde junho de 2008.
Por que o Hamas não renovou o cessar-fogo com Israel?
O acordo de cessar-fogo, que havia sido mediado pelo Egito, foi quebrado diversas vezes na prática.
Havia um círculo vicioso. O Hamas reclamava do bloqueio econômico por terra, ar e mar imposto por Israel sobre Gaza. Israel reclamava que o Hamas estava contrabandeando armas para dentro do território por meio de túneis subterrâneos na fronteira com o Egito, além de lançar foguetes contra o território israelense.
O Hamas dizia que o lançamento de foguetes é uma forma justificada de resistência e de chamar a atenção para o sofrimento população de Gaza. Israel afirmava que seu bloqueio a Gaza se justifica como forma de tentar forçar o Hamas a observar o cessar-fogo.
A tensão aumentou depois que os israelenses realizaram uma incursão no sul de Gaza, no início de novembro, para destruir túneis que, segundo eles, eram usados para contrabando de armas. Esse episódio levou a uma nova onda de foguetes lançados contra Israel pelo Hamas e, em consequência, a um endurecimento do bloqueio israelense em Gaza.
Como condição para renovar o cessar-fogo, encerrado após seis meses de duração, o Hamas exigia a suspensão do bloqueio israelense em Gaza.
Por que o Hamas lança foguetes contra Israel?
Hamas é uma abreviatura de Movimento de Resistência Islâmica. O grupo considera toda a Palestina histórica terra islâmica e, portanto, vê o Estado de Israel como um ocupante, apesar de ter oferecido uma "trégua" de dez anos em troca da retirada de Israel para as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O Hamas geralmente justifica suas ações contra Israel, que incluem ataques suicidas e lançamento de foguetes, como sendo uma forma legítima de resistência.
No caso particular de Gaza, o grupo argumenta que o bloqueio israelense justifica um contra-ataque com todos os meios possíveis.
Quantas vítimas os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel já deixaram?
Desde 2001, quando os foguetes começaram a ser lançados, mais de 8,6 mil atingiram o sul de Israel, cerca de 6 mil deles disparados a partir da retirada de Israel de Gaza, em agosto de 2005.
Os foguetes já mataram 28 pessoas e feriram centenas de outras. Na cidade israelense de Sderot, perto de Gaza, 90% dos moradores dizem que já houve explosão de foguetes na rua em que vivem ou nas cercanias.
O alcance dos foguetes lançados pelo Hamas vem aumentando. O Qassam (batizado assim em homenagem a um líder palestino dos anos 1930) tem alcance de cerca de 10 Km.
No entanto, recentemente a cidade israelense de Beersheba, a 40 Km de Gaza, foi atingida por artefatos mais avançados, incluindo versões do antigo sistema soviético Grad, também conhecido como Katyusha, provavelmente contrabandeadas para Gaza e que colocam cerca de 800 mil israelenses em risco.
Fontes médicas palestinas dizem que mais de 700 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza na atual oper
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u488019.shtml
BBC Brasil
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