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Vestibulares adotam nova grafia; candidato escolhe


Folha Online - 13.01.09

Vestibulares adotam nova grafia; candidato escolhe como escrever

LUISA ALCANTARA E SILVA
da Folha de S.Paulo

Você terminou o ensino médio no ano passado ou foi para o último ano agora. Foram anos aprendendo a grafia certa das palavras e, agora, com a adoção do Novo Acordo Ortográfico, em 1º de janeiro, as normas têm de ser revistas.

Mas quem vai participar de processos seletivos neste ano não precisa entrar em pânico. Os vestibulares aceitarão a antiga e a nova ortografia até o final de 2012, prazo estipulado pelo governo para os brasileiros se adaptarem --até lá, as duas ortografias serão consideradas corretas. Fica para o vestibulando escolher a forma como prefere escrever.

É o caso da Unicamp. Quem está prestando a segunda fase, que vai até amanhã, pode escolher como quer responder.

A Fuvest informou que vai adotar a nova grafia nos enunciados das provas deste final de ano. As questões serão redigidas de acordo com as regras recém-divulgadas, e os candidatos que chegarem à segunda fase --já que a primeira é só de testes-- poderão escolher a grafia com a qual preferem responder e fazer a redação.

Na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que ainda não decidiu qual ortografia utilizará no próximo processo, a gramática não é tão cobrada. "Damos mais valor para o conteúdo que para a exigência da norma culta da língua portuguesa", afirma Luiz Otávio Teixeira Mendes Langlois, coordenador acadêmico do vestibular da instituição. "Pequenos erros em uma frase bem-estruturada não contam tanto no nosso processo seletivo."

Avaliação diferente tem a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Erros ortográficos diminuem a nota", afirma Vera Resende, coordenadora-geral da comissão permanente de vestibular da escola. "Mas, normalmente, pessoas que se expressam melhor conhecem mais a norma culta."

A instituição ainda não decidiu quando adotará o Acordo, mas Vera diz que até março a UFMG deve tomar uma decisão sobre o assunto.

Na PUC-SP, os erros também contam negativamente, mas, de acordo com Ana Zilocchi, coordenadora-geral do vestibular unificado da instituição, os corretores costumam levar em conta a questão do (pouco) tempo que os candidatos têm.

"O aluno tem que saber que o seu texto passa por alguém que tem prazer em ler aquilo e que
vai saber quando é um errinho ocasional ou não."

Todos juntos

De acordo com Ana Zilocchi, os professores vão aprender as novas regras junto com os alunos. "Temos que começar de novo, desaprender tudo o que sabemos", afirma ela. "Mas até o fim deste ano os vestibulandos chegarão com tudo na ponta da língua."

Não é o que pensam muitos estudantes, que dizem preferir responder com a ortografia que aprenderam na escola.

"Vou responder na grafia antiga mesmo", afirma Aline Oliveira de Brito, 17, que vai prestar direito na Fuvest pela segunda vez no fim deste ano. "Fico mais segura. Acho que é bem difícil se adaptar às regras em um ano", diz.

Mas ela diz que vai tentar mudar o seu jeito de escrever. "Ainda não sei se vou voltar para o cursinho [ela estudou no Cursinho do XI no ano passado], mas vou aprender essas regras com mais facilidade se fizer [cursinho] de novo."

A mesma opinião tem Tamiris Lopes Ferreira, 18. "Até estou acompanhando a reforma, mas não vou arriscar fazer uma coisa a que não estou acostumada", diz ela, que vai tentar medicina pela terceira vez no fim deste ano.

Já Daniella Leite, 19, diz que vai dar preferência ao uso da nova ortografia. "Acho que vou ter mais problema com hífen, mas consigo aprender até lá [o final deste ano]."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u489362.shtml

Folha de São Paulo

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