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No aniversário, USP se volta para o ensino básico


estadao.com.br - 27.01.09

No aniversário, USP se volta para o ensino básico

Plano prevê levar 5 mil alunos de 4ª a 8ª série para frequentar laboratórios e salas de aula da universidade

Renata Cafardo, de O Estado de S. Paulo


> SÃO PAULO - No aniversário de 75 anos, a Universidade de São Paulo (USP) se volta para o ensino fundamental. A instituição vai ampliar seu projeto de inclusão com um programa chamado USP Júnior, que abre inscrições em fevereiro. A ideia, segundo a reitora Suely Vilela adiantou ao Estado, é a de levar 5 mil alunos de 4ª a 8ª série para frequentar laboratórios e salas de aula da universidade durante as férias escolares. “Precisamos pegar o aluno na etapa inicial, despertar sua curiosidade com experimentos científicos e construir com ele um projeto de vida”, diz.

O USP Júnior surgiu a partir de resultados do programa de inclusão (Inclusp), criado em 2006 para atrair mais alunos de escola pública para a universidade. Em 2008, foi lançada uma avaliação seriada para esse grupo; eles poderiam fazer provas ao fim do ensino médio, que contariam pontos na Fuvest. Cerca de 50 mil se inscreveram e só 8 mil apareceram. “Por que eles não vieram? Se inscreveram, têm uma oportunidade real. Não basta olhar apenas o aluno do ensino médio, não vai conseguir incluí-lo. Há uma cultura de autoexclusão.”

Em uma de suas primeiras entrevistas depois de um longo período de reclusão, após o episódio da invasão da reitoria em 2007, ela fala ainda de desfechos dessa crise que considera como o “momento mais difícil” da sua gestão. O mandato de Suely, a primeira reitora da história da USP, termina no fim deste ano. “Saio feliz com o que realizei”, complementa.

Mudou algo na USP por ter uma mulher no comando?

Não diria pelo fato de ser mulher, mas pelos projetos e pelos resultados. O nosso objetivo era que a USP tivesse uma sólida e estratégica gestão institucional, com uma mudança de cultura. Implementamos projetos de desburocratização na administração, fazendo uma autoavaliação em cada setor. Os convênios com a USP, por exemplo, eram em papel, hoje todo o processo é feito online. Há algum tempo eu ouvi alguém dizer: “Se tiver que realizar convênio com a USP vai demorar dois anos.” Isso me marcou. Hoje, fazemos em um semana. Também estamos descentralizando consultoria jurídica, comunicação social, internacionalização, cada câmpus tem o seu.

Como a senhora vê os resultados do Inclusp (programa de inclusão)?

Ele trouxe para a universidade um olhar diferenciado. A não aplicação de um projeto como o Inclusp estaria diminuindo a cada ano o ingresso de alunos da rede pública na USP. Em 2005, tínhamos 24,7%, em 2007 passou para 26,7% e ficou igual. São 375 alunos a mais. O Inclusp mostra que a universidade não pode olhar somente o aluno do ensino médio porque você dá a oportunidade, mas ele já tem uma cultura da autoexclusão. O Pasusp (avaliação seriada) é um exemplo, 50 mil se inscrevam e vieram 8 mil fazer a prova. Por quê? Eles conhecem, se inscreveram, têm uma oportunidade real. Esse é um dado extremamente importante. Não basta você olhar apenas o aluno do ensino médio, não vai conseguir incluí-lo, temos que pegar a faixa etária abaixo.

O que fazer então?

Vamos lançar em fevereiro o programa USP Júnior. A autoestima desse aluno se constrói no ensino básico todo. Não vai ser simplesmente com projeto de avaliação seriada ou com Embaixadores da USP que isso vai mudar. Temos que pegar os adolescentes da 4ª, 5ª série, 7ª, 8ª e trabalhá-los aqui. Queremos despertar a curiosidade deles. Vamos trazê-los para atividades de experimentos de ciência. Por exemplo, na área de Odontologia, ver o que tem na boca, olhar a cárie, preparar uma lâmina. Mostrar a realidade da cultura, da ciência, para ajudar na decisão da sua opção profissional. E construir um projeto de vida para ir para uma universidade, não necessariamente a USP.

Há convênio com o governo do Estado para o projeto?

Não. O projeto vai ser aberto para quem quiser se inscrever, da rede pública e privada. As inscrições vão começar em fevereiro. Queremos chegar a 5 mi

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid311954,0.htm

O Estado de São Paulo

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