> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa tarde
Quarta-Feira , 15 de Maio de 2024
>> Notícias
   
 
O último grande julgamento nazista


Jornal da Tarde - 13.05.09

O último grande julgamento nazista


Ucraniano acusado de envolvimento na morte de 29 mil judeus na 2ª Guerra encara tribunal


John Demjanjuk, suposto guarda de um campo de concentração nazista, chegou ontem à Alemanha após ser extraditado dos Estados Unidos. Ele vai enfrentar um processo no qual é acusado de ajudar a matar pelo menos 29 mil judeus em 1943, no que está sendo considerado o último grande julgamento nazista da Alemanha. Ele se diz inocente.

Dezenas de carros de polícia e duas ambulâncias cercaram o avião de Demjanjuk assim que ele pousou no aeroporto de Munique, no sul do país.

Anton Winkler, da promotoria pública de Munique, afirmou que um médico examinaria Demjanjuk, de 89 anos e, se o acusado estiver em condições de ser transportado, será levado para a prisão Stadelheim, perto da cidade.

Demjanjuk lidera a lista dos 10 suspeitos mais procurados pelo Centro Simon Wiesenthal. Um juiz de Munique expediu um mandado de prisão, em março, para julgá-lo por supostamente ter ajudado nos assassinatos do campo de concentração de Sobibor.

História

Mais de 60 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e do Holocausto, a cobertura da mídia na Alemanha sobre o caso tem sido restrita, com muitos alemães, especialmente os mais jovens, que não viveram a guerra, ávidos por informações sobre o passado nazista.

A extradição marca o fim de uma prolongada batalha pelo aposentado metalúrgico que havia contestado sua deportação por meses. Nascido na Ucrânia, Demjanjuk nega qualquer participação no Holocausto.

O Centro Simon Wiesenthal saudou a deportação. “Agora, John Demjanjuk vai finalmente enfrentar a Justiça pelos crimes inexprimíveis que ele cometeu durante a Segunda Guerra Mundial, no que será provavelmente o último julgamento de um criminoso de guerra nazista”, disse o rabino Marvin Hier em um comunicado.

O Centro afirma que Demjanjuk empurrou homens, mulheres e crianças para as câmaras de gás no centro de Sobibor, numa região que hoje é da Polônia. “Ele certamente merece ser punido”, acrescentou Hier.

Demjanjuk perdeu sua cidadania norte-americana após ter sido acusado em 1970 de ser “Ivan o Terrível”, um guarda conhecidamente sádico do campo de concentração Treblinka.

Ele foi extraditado para Israel em 1986, e sentenciado à morte em 1988 após sobreviventes do Holocausto terem o identificado como o guarda de Treblinka.

Porém, a Suprema Corte de Israel reviu a sentença após evidências de que outro homem era o provável “Ivan”.

Demjanjuk reconquistou a cidadania em 1998, mas o Departamento de Justiça dos Estados Unidos reviu o caso em 1999, argumentando que ele trabalhou para os nazistas como guarda em três outros campos e escondeu esse fato. Sua cidadania dos EUA foi retirada novamente em 2002.

http://txt.jt.com.br/editorias/2009/05/13/int-1.94.6.20090513.1.1.xml

Jornal da Tarde

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader