Saresp divide escolas privadas |
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Jornal da Tarde - 01.07.09 |
Saresp divide escolas privadas
Em 2009, cresce adesão de colégios particulares à prova do Estado. A pedido, notas não serão divulgadas
FÁBIO MAZZITELLI, fabio.mazzitelli@grupoestado.com.br
As escolas particulares que manifestaram interesse em participar do Saresp de 2009, o exame de avaliação coordenado pela Secretaria Estadual da Educação, não terão divulgados os resultados da prova, ao contrário do que ocorre com os colégios públicos.
Neste ano, praticamente dobrou o número de escolas particulares que realizarão o exame, entre 10 e 12 de novembro. Até ontem, segundo a Secretaria Estadual da Educação, 103 colégios privados paulistas formalizaram o interesse em participar da prova, contra 53 particulares que fizeram o Saresp no ano passado.
Em 2009, o exame vai avaliar o desempenho em língua portuguesa, matemática, ciências humanas e redação de estudantes dos 2º, 4º, 6º e 8º anos do ensino fundamental (ou 3º, 5º, 7º e 9º anos do fundamental de nove anos) e do 3º ano do ensino médio. A faixa etária dos alunos que serão avaliados vai variar entre 7 a 17 anos.
Para participar do exame, cada escola particular vai pagar ao Estado uma taxa por aluno avaliado que deve variar entre R$ 10 a R$ 15, valores considerados rentáveis no mercado educacional, levando-se em conta o porte da avaliação. O Estado ainda vai contratar a empresa responsável pela elaboração e aplicação da prova.
Ressalvas
Para conseguir atrair as particulares, a Secretaria Estadual da Educação também permitiu que a adesão pudesse ser feita com a ressalva que não existe para as públicas: a não divulgação dos resultados. Segundo a pasta, ficará a critério do colégio privado tornar público ou não o desempenho dos estudantes avaliados no exame.
“É a primeira vez que aderimos ao Saresp e faremos isso por acreditar na seriedade da avaliação oficial do Estado, mas nossa expectativa e nosso desejo é que não tenha ranking. A princípio, a nossa ideia é não autorizar a divulgação externa (dos resultados) do Pueri”, diz Maria Cecília de Camargo Aranha Lima, coordenadora pedagógica da Escola Pueri Domus, que tem cerca de 3.500 alunos matriculados em cinco unidades que mantém na Grande São Paulo.
“Faremos para saber onde estamos tendo sucesso e onde não estamos. Nossa escola, por opção, é de inclusão. Não pensamos que esses alunos vão atrapalhar nossa posição num ranking”, afirma a coordenadora pedagógica.
Mas há, no universo das escolas particulares que estão aderindo ao Saresp, as que defendem a divulgação dos resultados. “Não colocamos ressalvas e não somos contrários à divulgação. Quanto mais referências, melhor para as famílias”, acredita Adilson Garcia, diretor do Vértice. A escola, com cerca de 900 alunos, é criteriosa na hora de matricular os estudantes e ficou conhecida por encabeçar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Criado para avaliar a rede estadual de ensino nos anos 90, o Saresp só voltou a receber adesões de colégios das redes municipais e privada em 2008.
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