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Quarta-Feira , 15 de Maio de 2024
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Paleontólogos encontram fósseis no canal do Panamá


g1.com.br - 15.07.09

Obra faraônica no canal do Panamá traz à tona milhões de anos do passado

Paleontólogos estão encontrando todo tipo de fóssil graças a projeto.

Região ajuda a documentar surgimento de 'ponte' entre as Américas.

Natalie Angier
Do 'New York Times'

Um pequeno grupo de cientistas e visitantes, usando capacetes de proteção e casacos de segurança laranja, movia-se ao redor das margens do Canal do Panamá. Eles conversavam sobre o programa de expansão de US$ 5 bilhões, agora em andamento para ampliar o célebre canal e então acomodar navios de carga cada vez maiores que viajam pelos mares do planeta. Enquanto isso, Aldo Rincón, 30 anos, calmamente puxou de sua mochila algumas ferramentas de escavação. Ele se agachou próximo a um local incrível, cheio de seixos e rochas em pedaços e começou, metodicamente, a remover a poeira.


O grupo que usava capacetes caminhou para inspecionar um material vulcânico que o projeto de construção tinha exposto ali perto. Ao retornar a Rincón e sua ferramenta de varredura, os cientistas e visitantes perderam a respiração, tamanha a surpresa. Em apenas 15 minutos de trabalho, Rincón, estagiário de paleontologia do Smithsonian Tropical Research Institute, revelou um grande e lindo fêmur fossilizado, saindo de um substrato sedimentado. O osso tinha cerca de 18 centímetros de comprimento e estava perfeitamente preservado.

Rincón, alto, magro, religiosamente concentrado e de costeletas, usando óculos fashion de armação preta e um bracelete de couro trabalhado, supôs que o fêmur pertencia a uma espécie extinta de lhama que viveu na área há 20 milhões de anos. Ele sabia do que estava falando: encontrou ossos de lhamas antes, assim como elementos mineralizados de crocodilos, porcos, sucuris e tartarugas gigantes pré-históricas.

Uma de suas descobertas, um esqueleto parcial de um cavalo, foi descrito na edição de maio da publicação "Journal of Paleontology", num artigo escrito por Bruce MacFadden, do Museu de História Natural da Flórida. "Aldo tem uma habilidade incrível para encontrar fósseis", disse Camilo Montes, seu supervisor no Projeto de Geologia do Panamá. "Sempre que cava, encontra outro fóssil."


Corrida contra o tempo
Hoje, Rincón e vários outros cientistas estão cavando o mais rápido que podem à sombra da grande escavação que é o programa de expansão do Canal do Panamá, a mais ambiciosa reestruturação para o complexo conjunto de diques, canais, represas e pontes desde que o canal foi construído, há um século.

O governo panamenho iniciou o projeto por razões puramente econômicas. Em sua atual configuração, o atalho de 82 km entre os oceanos Pacífico e Atlântico pode dar passagem somente a barcos que carregam até 65 mil toneladas de carga. Porém, muitos navios de empresas de frete internacional preferem, cada vez mais, usar megacargueiros capazes de transportar até 300 mil toneladas.

Como resultado, o Canal do Panamá tem perdido negócios para outras rotas transoceânicas. Com os pedágios do canal correspondendo a aproximadamente US$ 10 mil por navio, por caminho percorrido, e potencialmente mais para os cargueiros gigantes, o governo percebeu não ter escolha, a não ser ampliar e endireitar o canal, a fim de dar mais espaço aos utilitários dos mares.

Para cientistas, o grande projeto de engenharia promete resultados espetaculares. Acredita-se que os trópicos sejam o parque de diversões da natureza, o habitat onde a maioria das formas de vida do mundo começou e, portanto, de maior interesse para os estudiosos evolucionários. Ainda assim, as mesmas condições que induziram a diversidade biológica e a inovação acabam obscurecendo a biografia da vida. O sol, a água, as plantas que crescem de forma exuberante: nada permanece exposto por muito tempo, e as evidências fósseis são empurradas mais para dentro, sob as sucessivas camadas de desenvolvimento e decomposição.


Geologia
O verde tropical também mascara a geologia tropical, a história oculta de como a paisagem virou o que é. Essa obscuridade é uma pena, especialmente no caso

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1230407-5603,00.html

\'New York Times\'

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