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Escolas temem desistências


jt.com.br - 09.10.09

Escolas temem desistências

Colégios particulares tentam convencer aluno a fazer Enem para que não caiam em ranking

Fábio Mazzitelli, fabio.mazzitelli@grupoestado.com.br

O descarte do uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos vestibulares da Fuvest, Unicamp e PUC-SP levou escolas particulares de São Paulo a adotar estratégias para convencer os estudantes a prestar o exame. As instituições reconhecem que parte dos alunos se desmotivou e temem que isso tenha efeito negativo na nota geral do colégio.

O ranking gerado pelas médias do Enem passou a ser tomado como referencial de qualidade por pais de alunos, norteando escolhas de algumas famílias na hora da matrícula dos filhos. No mercado das escolas particulares, o ranking aumentou a cobrança interna por melhor desempenho no exame e acirrou a competição entre as instituições privadas.

A Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC) usariam o Enem para compor a nota de seus vestibulares, três dos mais disputados do País. O uso foi descartado após o exame ser remarcado para 5 e 6 de dezembro. O adiamento ocorreu após o vazamento das provas do Enem ser revelado ao Ministério da Educação pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Há um nítido desânimo em prestar o Enem e, se poucos alunos prestarem, isso nos preocupa. A representatividade do Bandeirantes e das principais escolas será mais atingida”, diz Mauro de Salles Aguiar, diretor-presidente do Colégio Bandeirantes, que ficou em segundo lugar na capital na lista dos melhores do Enem do ano passado.

Aguiar afirma que se chegou a um consenso em reunião com os professores para que eles usem um discurso para estimular o aluno a fazer o Enem. “Toda escola boa quer estar adequadamente representada. Daqui a um ano, quando soltarem o ranking, todos vão se esquecer dos problemas que houve no Enem.”

Outros dois líderes entre colégios particulares da capital no Enem, o Vértice e o Móbile orientam os alunos a fazer as provas, mas com ressalva relacionada ao comprometimento no exame.

“É uma questão de cidadania. Mas, se for desmotivado, melhor não ir. Se vai, nada de fazer corpo mole. É a nossa colocação para eles”, diz Adílson Garcia, diretor do Vértice, que neste Enem não tem como atrelar a nota à avaliação do último bimestre do colégio, como fez em anos anteriores.

Para algumas escolas, para não exagerar na tática de convencimento, vale a pena dosá-la para não provocar mais pressão sobre os estudantes. “Estou querendo convencer a todos. Falamos para o professor alimentar o assunto pausadamente, com intervalos. Uma hora é um professor que fala e, depois, é outro”, diz Silvio Barini, diretor do São Domingos. “Há um desencanto que vamos tentar tratar. Isso preocupa pela imagem do colégio, pois fizemos um trabalho para melhorar nosso desempenho (no Enem), e pelo descrédito em relação ao exame”, completa. “Alguns professores disseram que é bom que a gente faça porque pode ajudar no currículo mais tarde”, conta o aluno Mário Hatorri, do colégio Etapa, que vai tentar Medicina, e disse que não desistiu do Enem.

Segundo o aluno do Bandeirantes Iago Navas, de 17 anos, os professores têm aconselhado a não desistir do Enem por causa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que adotará o exame como método de avaliação. “Eu iria fazer a prova do SAT americano (exame de ingresso em universidades norte-americanas), mas optei pelo Enem só por causa da Unifesp. Colaborou Marta Valim



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Jornal da Tarde

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