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Anéis de Saturno estão tortos desde 1984


Folha Online - 15.10.09

Tortos" desde 1984, anéis de Saturno intrigam cientistas

RACHEL COURTLAND
da New Scientist

Os anéis de Saturno aparentam ser imutáveis. Esta joia planetária, entalhada por pequenos satélites naturais e moldada pela gravidade, bem que pode parecer a mesma agora em relação a bilhões de anos atrás --mas apenas à distância.

Um fenômeno rompeu os anéis do planeta dramaticamente, sem que houvesse qualquer registro por todos os telescópios e sondas espaciais.

Nasa

Saturno, cujos anéis "tortos" desde 1984 intrigam cientistas; um fenômeno rompeu dramaticamente seus anéis de fora para dentro

Este evento misterioso repentinamente entortou os anéis internos de fora para dentro, formando sulcos espirais, como os entalhes que separam as faixas e as melodias de músicas em um disco de vinil. As imagens mais recentes revelaram que a perturbação é tão enorme que só uma das profundas mudanças no planeta podem ter causado isso.

Os primeiros indícios de que os anéis de Saturno foram perturbados vieram em 2006, a partir da sonda espacial Cassini, cujas fotos dos anéis internos mostraram uma tênue e gélida tira, denominada anel D. A Cassini encontrou faixas claras e escuras se alternando --sugerindo que o anel não era perfeitamente plano, mas composto de sulcos, cada qual com aproximadamente 1 km em amplitude.

Intrigado por estas ondulações estranhas, Matthew Hedman, da Universidade Cornell, em Nova York, propôs uma explicação. Ele construiu simulações que começaram com uma simples premissa: que algo havia inclinado o anel D, ligeiramente afastado do plano equador de Saturno --talvez um cometa ou asteroide.

Como Saturno não é uma esfera perfeita, sua gravidade atrairia o anel D de forma desigual, inclinado, de forma que o anel "bamboleia" ao longo do tempo em relação ao planeta, tal como uma moeda parando de girar. Além do mais, partes dos anéis próximos a Saturno, onde a gravidade é mais forte, podem balançar mais rápido do que os mais afastados. A diferença nas taxas de oscilação criariam eventualmente um padrão espiralado de sulcos e depressões.

Voltando no tempo

Hedman e colegas foram capazes de "desanuviar" a formação espiral voltando no tempo, para 1984, o ponto quando a inclinação inicial do anel D ocorreu. A má notícia é que esta data era mais do que dois anos depois da sonda espacial Voyager voar muito próxima ao planeta e muito tempo antes do telescópio espacial Hubble ser ligado ou a Cassini ser lançada.

As últimas imagens do Cassini aprofundam o mistério. Elas mostram que os sulcos são muito mais generalizados do que se pensava anteriormente. Em agosto, Saturno foi "disposto" em posição para que o Sol iluminasse os anéis quase em alinhamento --o que significou que as formas mais sutis produziam sombras proeminentes. Isso revelou que o enorme anel C de Saturno --o anel subsequente, de dentro para fora, do anel D-- também tinha sulcos. O anel C tem por volta de 17 mil km de largura, do seu interior à extremidade --medida que é mais do que o dobro do tamanho do anel D.



Embora o formato do sulco do anel C seja menos dramático --com uma amplitude de 100 metros ou menos-- e com enrugamentos mais difundidos, provavelmente se exclui um impacto de cometa ou rocha. "É realmente difícil que um objeto faça isso", disse Hedman, que apresentou os resultados na última semana, em um encontro da Divisão da Sociedade Astronômica Americana para Ciências Planetárias, em Fajardo, Porto Rico.

Um possível cenário é que um corpo muito maior que um asteroide típico arranhou e puxou os anéis. Ou uma mudança dramática no clima pode ter alterado a gravidade de Saturno: se uma faixa de nuvens no planeta de alguma maneira acelerada e inclinada para o equador, por exemplo, reduziria a pressão abaixo, permitindo que mais massa se acumulasse por ali.

"O problema é que tudo que você vê como possibilidades parece intrinsecamente improvável", diz Mark Showalter, do Instituto Seti, na Califórnia. Mais observações e modelos serão necessários para desvendar completamente o mistério espiral de

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u638018.shtml

Folha de São Paulo

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