> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Bom dia
Terça-Feira , 23 de Abril de 2024
>> Notícias
   
 
Publicação de A Origem das Espécies: 150 anos


estadão.com.br - 24.11.09

Publicação de 'A Origem das Espécies' completa 150 anos

Estudo de Charles Darwin provocou uma revolução na ciência, mas ainda há muitas dúvidas sobre nossa origem

Herton Escobar, de O Estado de S. Paulo

Christies's/EFE

SÃO PAULO - A evolução da ciência, desde a publicação da primeira edição de 'A Origem das Espécies' há exatos 150 anos atrás, permitiu comprovar e detalhar muitas das teorias propostas por Charles Darwin, mas ainda não conseguiu elucidar uma das questões mais inquietantes que derivam de sua obra: O que nos faz humanos? Se homens e chimpanzés pertencem a uma mesma família, como podem ser tão diferentes?

Parte da resposta é que não somos tão diferentes assim. Pesquisas genéticas realizadas nos últimos anos revelam que humanos e chimpanzés são ainda mais próximos do que Darwin poderia imaginar. Quando os genomas das duas espécies são colocados lado a lado, a sequência das letras de seu DNA é praticamente idêntica: quase 99% de semelhança.


Se o genoma é uma receita de bolo e os genes, seus ingredientes, a diferença entre homem e macaco pode não ser mais do que uma cereja evolutiva. Nem ratos e camundongos são tão parecidos (91% de similaridade). É a prova de que Darwin, mesmo sem saber nada de genética - porque não existia genética na sua época-, estava certo em pendurar o homem na árvore genealógica dos primatas.


Ao mesmo tempo que ajudam a responder, porém, as informações genômicas acrescentam um novo grau de complexidade à questão. Se homens e chimpanzés são quase idênticos "por dentro", geneticamente, como podem ser tão diferentes "por fora", em sua anatomia, comportamento e capacidade cognitiva? O que há de tão especial no 1% que diferencia as duas espécies? Quais foram as mutações essenciais que permitiram ao Homo sapiens desenvolver a destreza e a inteligência necessárias para construir cidades, escrever livros e questionar sua própria evolução?

A resposta completa parece estar pulverizada pelo genoma. A maioria dos cientistas já desistiu de encontrar um ou dois genes "mágicos" da natureza humana - algo como um "gene da inteligência" ou um "gene do bipedalismo". Todos os indícios são de que as características fundamentais da espécie humana - assim como as de outras espécies - decorrem não de um pequeno conjunto de grandes mutações, mas de um grande conjunto de pequenas mutações acumuladas ao longo dos últimos 6 milhões de anos, desde que as linhagens de seres humanos e chimpanzés divergiram de seu ancestral comum.


"São pequenas diferença no genótipo que se somam para fazer uma grande diferença no fenótipo", resume o pesquisador Tarjei Mikkelsen, do Instituto Broad, em Massachusetts (EUA), primeiro autor do trabalho que sequenciou o genoma do chimpanzé, em 2005.

"Essa relação de um para um, em que um gene equivale a uma característica, é muito rara", diz o cientista Sandro de Souza, chefe do Grupo de Biologia Computacional do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo. A maioria das características, diz ele, tem caráter poligênico - ou seja, resulta da atividade de vários genes.


"A evolução é um processo contínuo, gradual e cumulativo", completa o biólogo Diogo Meyer, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. "Não viramos seres humanos da noite para o dia; estamos fazendo isso há vários milhões de anos."


Caça-palavras funcional

Tanto o genoma do ser humano quanto o do chimpanzé tem aproximadamente 3 bilhões de pares de bases, ou letras químicas (A, T, C e G), dentro das quais estão inscritos cerca de 20 mil genes - as sequências codificadoras, responsáveis pela síntese de proteínas. Mesmo 1% de diferença, portanto, já significa 30 milhões de mutações. "É matéria prima mais do que suficiente para produzir alterações morfológicas", aponta Meyer.


Fica, agora, o desafio de descobrir quais dessas variações foram realmente importantes e quais foram totalmente irrelevantes no processo de diferenciação das duas espécies.


A segunda categoria, infelizmente, é a mais pop

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,publicacao-de-a-origem-das-especies-completa-150-anos,471219,0.htm

EFE

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader