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Errar muito bem é melhor maneira de acertar


Folha Online - 08.12.09

Errar muito bem" é melhor maneira de acertar, orienta Nobel


MATEO SANCHO CARDIEL
da Efe, em Estocolmo

Sete prêmios Nobel 2009 explicaram nesta segunda-feira (7) em Estocolmo a receita que os levou à excelência. Tenacidade, liberdade e versatilidade convivem com ingredientes menos previsíveis, como o erro, a crise vocacional e uma educação deficiente.

Esta é a Semana Nobel 2009, em que há uma série de eventos científicos e culturais, culminando na cerimônia de entrega dos prêmios na quinta-feira (10).

"Errar é a melhor maneira de acertar. Mas tem que errar muito bem", explicou na Real Academia das Ciências da Suécia o norte-americano George E. Smith, prêmio Nobel de Física 2009, pelo sensor de Dispositivo de Carga Acoplado (CCD), descoberta fundamental para a fotografia digital que realizou junto com William S. Boyle.

Quando desenharam o primeiro modelo em 1969, a ideia era criar uma memória eletrônica sem precedentes, mas em breve perceberam a aplicação para a fotografia, ao conseguir recriar cada célula fotográfica em um ponto de imagem: o pixel.

"Trabalhávamos com objetivos muito específicos, mas em breve nos demos conta de que tudo seguia para outro caminho. Primeiro em direção à fotografia e, depois à medicina e ainda à astronomia", explicou Boyle, cuja criação serviu para captar as imagens a partir do telescópio Hubble e sobre o deserto vermelho de Marte, assim como para diagnósticos médicos mais detalhados.

Ajuda para mais Nobel

E o próprio CCD serviu para o desenvolvimento do mapa de ribossomo que, para fazer antibióticos mais eficazes, foi fundamental para os americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas A. Steiz, assim como para a israelense Ada E. Yonath, Nobel em Química.

"Ao meu redor não havia nenhum cientista. Minha mãe, concretamente não tinha estudo, mas me apoiou muito. Nunca pensei em ser cientista porque, simplesmente, não sabia que isso existia. Eu era uma menina muito curiosa e nunca pensei que pudesse ganhar por ser curiosa", reconheceu Yonath.

Ela, durante o repouso que teve de fazer após um acidente de bicicleta, se interessou pela hibernação dos ursos polares para entender como o organismo gera suas próprias proteínas por meio do processo químico que realizam os ribossomos dentro das células.

Em 1970, sua intenção de conseguir um mapa atômico de ribossomos soou impossível, mas anos depois, com a ajuda de Ramakrishnan e Steiz, conseguiu a clareza necessária para estudar o processo de geração de proteínas e, em consequência, bloquear sua ação para acabar com as bactérias multirresistentes.

Smith não queria ser físico, mas matemático. Mas Steiz foi além. "Eu gostava de tocar saxofone", admitiu. Ramakrishnan, no entanto, que se formou no Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, no Reino Unido, reconheceu que, em seu caso, o caminho em direção ao reconhecimento foi relativamente convencional.

Livres fronteiras

Apontou para flexibilidade das fronteiras como chave para a prosperidade científica.

"Como cidadão americano nascido na Índia e educado no Reino Unido" reivindicou que "vivemos em um mundo de trânsito livre de capital e bens, mas não de pessoas". Mas no seu caso, sair da Índia foi fundamental para a descoberta que agora celebra o universo científico.

E o avanço das comunicações, seja entre disciplinas ou entre nacionalidades, foi apontado como outro dos ingredientes fundamentais para o êxito.

Concretamente, a primeira mulher agraciada pelo Nobel de Economia, Elinor Ostrom, decidiu aplicar a política sobre os bens comuns, que a tornou merecedora do prêmio e pediu que a globalização fosse canalizada em direção ao entendimento positivo.

Clima

"Parar uma guerra é muito difícil. Mas mudar a mudança climática, por envolver química, biologia é muito importante. É nosso dever contribuir", afirmou em referência à conferência sobre a mudança climática, que começou nesta segunda-feira (7) em Copenhague.

Ostrom, a partir da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, foi premiada --junto com Oliver E. Wi

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u663341.shtml

Efe, em Estocolmo

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