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Professor visitador vai atuar no Estado


jt.com.br - 22.12.09

Professor visitador vai atuar no Estado

Docentes temporários reprovados em seleção vão visitar famílias e atuar com conciliação

Fabio Mazzitelli

Os professores temporários de São Paulo que não passarem na prova de seleção realizada pela Secretaria Estadual da Educação serão destacados para trabalhos que incluem a mediação de conflitos internos nas escolas e visitas às casas das famílias dos alunos.

O programa em criação pelo governo do Estado leva o nome, ainda provisório, de “professor mediador escolar e comunitário” e será instituído a partir do próximo ano letivo para atender a uma demanda que surgirá diante da nova legislação que regula o trabalho temporário dos servidores, aprovada neste ano.

A maioria dos docentes não concursados está sujeita à seguinte regra: quem for reprovado na avaliação não poderá lecionar em 2010, mas terá a garantia da recém-criada jornada mínima de 12 horas semanais em atividades extraclasse. Cerca de 88 mil temporários podem cair nesse grupo - a rede estadual de educação tem aproximadamente 230 mil professores entre efetivos e temporários.

Em princípio, os temporários mal avaliados com garantia de jornada básica fariam somente trabalhos de apoio nas salas de leitura. Mas, como são profissionais com experiência letiva de três anos ou mais na rede, a secretaria quer aproveitar a formação pedagógica do grupo nos papéis de mediadores de conflito e professores visitadores, para os quais esses docentes devem ser capacitados.

Tais funções, segundo a Secretaria Estadual da Educação, pretendem incentivar uma maior participação das famílias na comunidade escolar e ampliar os círculos de Justiça Restaurativa, processo de reparação de danos e reconstrução da paz pelo diálogo. A Justiça Restaurativa foi implantada de modo experimental em escolas estaduais da zona sul da capital, de Guarulhos e São Caetano do Sul.

“O projeto existente apontava para a necessidade de ter uma pessoa, ainda que com uma dedicação pequena, que fosse o interlocutor permanente na escola da Justiça Restaurativa”, diz Fernando Padula, chefe de gabinete do secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza. “Vai bem ao encontro de algo que já foi diagnosticado, agindo para reduzir a violência, implantar a cultura de paz, melhorar o convívio e, por consequência, a aprendizagem dos alunos”, afirma.

De acordo com Padula, as atribuições extraclasse para quem não for lecionar em razão do desempenho na prova serão valorizadas como funções pedagógicas tão importantes quanto o trabalho diante do quadro-negro. “Este professor vai ter uma tarefa de orientar os pais sobre o papel da família, com visitas às residências, analisando fatores de vulnerabilidade em que o aluno possa estar exposto”, diz.

A rede estadual tem cerca de 5.300 escolas de ensino fundamental e/ou ensino médio e atende a aproximadamente 5 milhões de estudantes. A ideia inicial do programa é fixar um professor por colégio ou por turno para mediar conflitos e interagir com as famílias, ações que devem ser mais presentes em áreas com alta vulnerabilidade social.

A secretaria definir detalhes do programa até 20 de janeiro. A prova teve 238 mil candidatos inscritos para vagas de professor temporário e foi aplicada em dois domingos de dezembro, dias 13 e 20, em 77 cidades paulistas. Um temporário ganha cerca de R$ 1.800 de salário na rede estadual.

http://txt.jt.com.br/editorias/2009/12/22/ger-1.94.4.20091222.25.1.xml

Jornal da Tarde

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