Paraitinga vai improvisar salas de aula |
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jt.com.br - 18.01.10 |
Paraitinga vai improvisar salas de aula
Alunos ficarão em estrutura de madeira. Intenção é não atrasar calendário escolar
ISIS BRUM, isis.brum@grupoestado.com.br
Para evitar o atraso no início do calendário escolar dos quase 3 mil estudantes de São Luís do Paraitinga, no Vale do Paraíba, a Secretaria Municipal de Educação pretende improvisar duas salas de madeira na Escola Estadual Ignácio Gioia Monsenhor e reabrir a unidade parcialmente devastada pela enchente, depois de uma breve reforma. Os prejuízos já somam R$ 1,5 milhão nessa área, segundo a secretária da pasta, Nilde Cristina Pola Baptista. A previsão é de que as aulas comecem em 18 de fevereiro, junto às do Estado.
Entre as três escolas municipais da área urbana, uma ruiu. A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Waldemar Rodrigues funcionava em um prédio histórico e tombou antes da Igreja Matriz de São Luís de Tolosa, da qual era vizinha.
A Emef Coronel Domingues de Castro teve os muros destruídos e perdeu tudo o que havia em seu interior: mobiliário, material pedagógico, computadores e o cadastro dos alunos.
A Secretaria Estadual da Educação informou que irá liberar recursos para o município a fim de ajudar na reconstrução da escola e na compra dos novos móveis e equipamentos. A secretaria aguarda ser notificada sobre o balanço e o valor das perdas para liberar o dinheiro. De acordo com Nilde, diretores de unidades de fora de São Luís se comoveram com a tragédia que abateu a cidade e ofereceram doações.
Na sexta-feira passada, a primeira-dama do Estado, Monica Serra, visitou o município e doou cem computadores às escolas.
Para repor a unidade destruída pelas águas do Rio Paraitinga, a secretaria cogita a construção de outra escola, em um novo endereço, já que a recuperação do casario do centro histórico deverá demorar até três anos.
Desabrigados
Nilde pretende iniciar a obra das duas salas na escola estadual no início do próximo mês. Mas hoje a unidade abriga cerca de 80 pessoas que perderam suas casas durante a inundação.
Ela acredita que a prefeitura conseguirá liberar o espaço a tempo de iniciar as aulas sem atraso, embora admita que, “eventualmente”, possa começar o calendário escolar uma semana depois do previsto. A secretaria estadual afirmou que sua unidade não precisará cumprir a programação oficial do governo, ficando à disposição da cidade para as suas necessidades mais emergenciais.
A prefeita Ana Lúcia Bilard (PSDB) disse que definirá os planos para a área em reunião marcada para quarta-feira.
Uma frente parlamentar, composta por deputados estaduais, propôs a transferência dos estudantes para Taubaté, distante cerca de 43,5 km, mas o governo municipal espera encontrar uma solução interna para manter os alunos na cidade.
ABRIGO
80
PESSOAS
estão abrigadas na Escola Estadual Ignácio Gioia Monsenhor, que receberá duas salas de aula de madeira
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Jornal da Tarde
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