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Geração de lixo eletrônico cresce toneladas


envolverde.com.br - 22.02.10

Geração de lixo eletrônico cresce a 40 mi de toneladas por ano, diz ONU

JUAN PALOP
da Efe, em Nusa Dua (Indonésia)

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira (22) medidas urgentes contra o crescimento exponencial do lixo de origem eletrônica em países emergentes como o Brasil. Ela considera o fato um problema grave para o ambiente e a saúde pública.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentou hoje na Indonésia um relatório sobre o tema. Nele, prevê sérias consequências ainda nesta década pelas montanhas de resíduos \"perigosos\" e \"tóxicos\" que se acumulam sem nenhum controle nas economias em desenvolvimento.

A geração de lixo eletrônico global cresce a uma taxa de cerca de 40 milhões de toneladas por ano, segundo o relatório.

\"Este documento ressalta a urgência de estabelecer um processo ambicioso e regulado de coleta e gestão adequada do lixo eletrônico\", afirmou o alemão Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma e subsecretário da ONU.

Steiner explicou que Brasil, China, Índia e México serão os principais prejudicados pelo lixo e enfrentam \"crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública\".

O estudo destaca, por tamanho, taxa de crescimento econômico e perspectivas, os casos da Índia e, sobretudo, China, o segundo maior produtor de lixo eletrônico do mundo (2,3 milhões de toneladas ao ano) atrás apenas dos Estados Unidos.

Até 2020

Os especialistas do Pnuma estimam que, até 2020, o volume de resíduos procedentes de computadores abandonados crescerá 500% na Índia em relação a 2007, e 400% na China e África do Sul.

Nesse mesmo ano, a quantidade de telefones celulares abandonados na Índia e na China seria 18 e 7 vezes maior que a atual, respectivamente, enquanto as televisões e geladeiras sem uso em ambos os países se multiplicariam por pelo menos dois.

A China é um dos maiores lixões internacionais de resíduos de origem eletrônica, apesar de ter proibido a importação de tais produtos.

O relatório, intitulado \"Reciclando - Do lixo eletrônico a recursos\", aponta que a maioria dos eletrodomésticos e aparelhos comuns em casas e empresas contém dezenas de peças perigosas.

Admite também a dificuldade de enfrentar o desafio, devido à \"complexidade\" de desenvolver programas integrais de reciclagem em países em desenvolvimento e aos obstáculos que um sistema de transferência de tecnologia de nações industrializadas para emergentes encontraria.

No entanto, o Pnuma apresenta soluções que requerem a participação de toda a comunidade internacional.

Exportação de lixo

\"Temos que chegar às pessoas prejudicadas por esses produtos químicos e apresentar soluções aos líderes locais, nacionais e regionais que representem uma diferença\", assinalou Donald Cooper, especialista em resíduos perigosos do Pnuma.

Nessa linha, a agência da ONU propõe a aplicação de novas tecnologias e mecanismos, além do estabelecimento de \"centros de gestão de lixo eletrônico\" nos países em desenvolvimento.

Brasil, Colômbia, México, Marrocos e África do Sul são citados como lugares com grande potencial de introduzir melhores tecnologias de reciclagem porque o \"setor de lixo eletrônico informal seria relativamente pequeno\".

O Pnuma adverte sobre a resistência apresentada pelo setor que até o momento lucrou com a gestão desses resíduos e dos problemas que surgiram em certas nações pela falta de infraestrutura.

O documento sugere enviar as peças especialmente perigosas, entre elas circuitos integrados e pilhas, a países industrializados com capacidade de processá-los adequadamente.

\"O lixo de uma pessoa pode ser a matéria-prima de outra. O desafio dos resíduos eletrônicos representa um passo importante na transição a uma economia ecológica\", afirmou Konrad Osterwalder, reitor da Universidade das Nações Unidas (UNU).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u697099.shtml

Efe

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