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Mulheres: Êxitos não dissimulam desigualdade


envolverde.com.br - 26.02.10

Mulheres: Êxitos não dissimulam persistente desigualdade de gênero

Por Thalif Deen, da IPS


Nova York, 26/2/2010 – Poucas leis que discriminam a mulher foram revogadas na África, América Latina, Ásia e Europa, 62 anos depois de a Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamar que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Índia e Malásia anularam leis penais que permitiam a violação conjugal e o Haiti revogou uma lei que permitia ao marido assassinar sua mulher em caso de adultério. A Coreia do Sul mudou a legislação que designava o homem como chefe de família, enquanto a Colômbia anulou uma lei que fixava idade mínima para se casar em 14 anos para homens e 12 para mulheres. Já o Paquistão eliminou o requisito legal pelo qual eram necessárias quatro testemunhas para provar que houve violação.

Contudo, há muito por fazer. As mulheres continuam lutando contra a intolerância de gênero, disse Taina Bien-Aime, diretora-executiva da Igualdade Já, uma organização internacional de direitos humanos com sede em Nova York. Vários países como França, Lesoto, México, Kuwait, Peru, Romênia, Sérvia, Suíça e Turquia revogaram ou emendaram leis claramente discriminatórias contra as mulheres, segundo informe da Igualdade Já preparado para a Comissão da Condição Social e Jurídica da Mulher (CSW), da Organização das Nações Unidas.

A CSW começará, na segunda-feira, duas semanas de sessões nesta cidade. Houve “algum avanço” em matéria de revogação de leis discriminatórias, o que não tem nenhum custo para o governo nem requer nenhum orçamento, disse Bien-Aime. “Existem compromissos para revogar todas as leis sobre discriminação de gênero, mas ainda há muitas em vigor, o que impede as mulheres de recorrerem à justiça e atenta contra sua plena participação na sociedade”, disse à IPS.

Lamentavelmente, também houve retrocessos significativos como “o do ano passado no Afeganistão com a lei sobre o Status Pessoal Xiita”, entre outras normas discriminatórias, que designam o marido como chefe da família com direito a restringir os movimentos de sua mulher. Na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada na China em 1995, 189 chefes de Estado e de governo adotaram a Plataforma de Ação de Pequim que, entre outras coisas, pediu urgência aos Estados-membros da ONU no sentido de revogarem suas leis discriminatórias.

A CSW, órgão das Nações Unidas de 45 membros dedicado a questões de igualdade de gênero e ao progresso das mulheres, analisará, a partir da semana que vem, os sucessos e fracassos da Plataforma de Ação. Este ano as reuniões da CSW coincidem com o 15° aniversário da Declaração e da Plataforma de Ação de Pequim, informou Rawwida Baksh, responsável pelo Programa de Cidadania e Direitos das Mulheres, do Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC), com sede em Ottawa, no Canadá.

A Conferência de Pequim foi o maior encontro internacional desse tipo naquele momento, e contou com a participação de mais de 40 mil mulheres e homens, disse Baksh. Os 12 temas contemplados pela Plataforma de Ação foram incluídos nas agendas de governos, sociedade civil e outras agências nos últimos 15 anos e contemplam assuntos importantes como pobreza, educação e capacitação, saúde, violência, conflitos armados, economia, poder e processo de decisão, mecanismos institucionais, direitos humanos, mídia, meio ambiente e meninas.

Porém, desde então, surgiram novos assuntos que são muito importantes em matéria de direitos das mulheres e de igualdade de gênero, incluídos HIV/aids e outras pandemias, mudança climática, insegurança alimentar e a crise financeira, disse Baksh. A débâcle econômica evidenciou as diferentes consequências da crise para homens e mulheres, e em especial a vulnerabilidade destas, afirmou. “Após as contínuas sequelas da crise, muitas vozes reclamam mudanças drásticas na lógica das medições econômicas e no que motiva a definição das políticas econômicas no âmbito nacional, regional e internacional”, disse Baksh.

O IDRC se interessa em particular pela representação p

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=70212&edt=1

Envolverde/IPS

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