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Brasil vai analisar tremores


jt.com.br - 05.04.10

Brasil vai analisar tremores

Embora não sofra com terremotos, País terá rede de sismógrafos inaugurada em julho

Luiz Guilherme Gerbelli

Localizado bem no centro da placa tectônica Sul-americana, mas não totalmente imune a terremotos, o Brasil terá sua primeira rede nacional de sismógrafos inaugurada em julho. Um levantamento do departamento de sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP) revela que foram registrados nove abalos no País neste ano, três deles em São Paulo.

Em 2009, houve 74 tremores, oito deles em solo paulista. Os tremores “nacionais” não costumam passar dos três graus na escala Richter e são reflexo de terremotos originários em outros locais.

Mesmo assim, o Brasil contará com 59 estações para analisar as causas e efeitos desses abalos. “Em cada estação vamos ter a oportunidade de verificar o que acontece”, afirma o coordenador do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, Lucas Barros. “Será uma rede moderna e bastante completa. Vejo como uma coisa bem positiva.”

As bases estarão dividas em três eixos: serão 12 no Sul-Sudeste, 17 no Nordeste e Norte e 30 no Centro-Oeste. O Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, ficará responsável por reunir os dados.

Na fase inicial, serão montadas apenas as estações na região Sul-Sudeste - seis até o meio do ano e o restante até dezembro. Não há prazo para a instalação nas demais regiões.

A Petrobrás investirá R$ 18 milhões no projeto, que será coordenado por uma parceria entre as Universidades de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB) e as federais do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. O Brasil será um dos únicos países a ter uma rede integrada para a medição de temores e com troca de informação em tempo real pela internet. Hoje, Estados Unidos e Japão dispõem de tecnologia parecida.

As futuras estações ficarão a 100 quilômetros de distância umas das outras. Por meio de um condutor, cada base se conectará a um sensor, protegido por uma caixa e enterrado em um poço de até dois metros de profundidade. Os dados captados pelo aparelho serão transmitidos para um rádio, que enviará a informação ao Observatório Nacional. As estações serão independentes e funcionarão com energia solar. Painéis irão gerar eletricidade para uma bateria instalada na base.

Terremotos

Os tremores de terra são fenômenos naturais. O deslocamentos das placas tectônicas, divididas em sete pelo planeta, causam atritos entre elas. Quando a pressão é grande demais, há uma liberação de toda a energia acumulada. O interior das placas é formado por diferentes tipos de rochas e falhas geológicas. “O terremoto é um produto de tensão, acumulado no interior do solo. Alguma hora o material tem que liberar toda essa tensão”, afirma o pesquisador do IAG José Roberto Barbosa.

O Brasil é atingido por pequenos tremores ou recebe reflexo de abalos de outros países por meio das zonas elásticas, que se propagam ao longo das placas. Embora o risco de o Brasil ser alvo de um terremoto seja baixo, a história mostra que não é impossível. Segundo o IAG, em 1955 o País registrou seu maior temor, com 6,2 graus na escala Richter, na Serra do Tombador, Mato Grosso.

Recentemente, dois abalos assustaram os brasileiros. Em 2008, um tremor de 5,2 graus a 200 quilômetros da costa de São Vicente foi sentido em cinco Estados. O terremoto que atingiu o Chile este ano foi percebido na capital paulista. “A primeira sensação era de que o prédio iria cair”, lembra o administrador de empresas Eduardo Marsili, de 43 anos, morador da Mooca, zona leste.

http://www.jt.com.br/editorias/2010/04/05/ger-1.94.4.20100405.24.1.xml

Jornal da Tarde

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