> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Bom dia
Quinta-Feira , 28 de Março de 2024
>> Notícias
   
 
Luzes e sombras da cidade


envolverde.com.br - 08.04.10

Luzes e sombras da cidade

Por Gustavo Capdevila, da IPS

Genebra, 8/4/2010 – Como há três anos o grosso da população mundial se estabeleceu em cidades, as políticas globais de saúde pública devem centrar-se nos problemas derivados dessas aglomerações e em doenças potencializadas pelo excesso de pessoas, alertam especialistas da Organização Mundial da Saúde. As estatísticas confirmam que a supremacia secular da população rural terminou em 2007 e prevêem que essa tendência continuará até que, em 2030, cerca de 60% da humanidade viverá em cidades.

Em 2050, a relação será de sete habitantes urbanos para cada três rurais. Em comparação, há 30 anos, viviam na cidade apenas quatro em cada dez pessoas. Este fenômeno já era antecipado pelo crescimento, nas últimas décadas, das áreas urbanas em países de baixa renda, a um ritmo quatro vezes superior às mesmas áreas do mundo rico. Londres precisou de 130 anos para passar de um milhão de habitantes a oito milhões, mas o mesmo crescimento necessitou de apenas 45 anos em Bangcoc e somente 25 em Seul.

Em geral, as populações urbanas estão mais à frente que as rurais, disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS. Nas cidades, as pessoas contam com maior acesso aos serviços sociais e de saúde. Além disso, suas expectativas de vida são mais prolongadas. Porém, nem tudo é cor-de-rosa. As cidades também enfrentam ameaças como falta de saneamento, problemas na coleta de lixo, poluição atmosférica, acidentes de rua, epidemias de doenças infecciosas e hábitos cotidianos nocivos para a saúde.

As enfermidades infecciosas proliferam pela concentração populacional e os males crônicos não transmissíveis, como diabetes, diferentes formas de câncer e doenças cardiovasculares, aumentam pelo consumo de tabaco e álcool, por má alimentação, vida sedentária, acidentes de circulação, violência e crime. Se a tudo isso se somar uma urbanização acelerada e sem planejamento, as consequências negativas para a saúde e a segurança dos habitantes das cidades podem ser ainda maiores.

Por isso, nas áreas urbanas são imprescindíveis as políticas e as medidas de coordenação entre autoridades e atores de diferentes áreas, como transporte, educação, parques, recreação, urbanismo e os que cuidam do meio ambiente, disse Alan Alwan, subdiretor geral da OMS para doenças não transmissíveis e saúde mental. A orientação deve visar a promoção de planos de urbanismo, melhoria das condições de vida, governo participativo e construção de cidades abertas e acessíveis a todas as pessoas, sem esquecer a construção resistente a catástrofes e outras situações de emergência.

A OMS assume o direcionamento para um mundo cada vez mais urbanizado e suas consequências para a saúde, tanto benéficas como prejudiciais. Contudo, as autoridades sanitárias se apressaram em garantir que a adoção de medidas apropriadas pode assegurar uma expansão urbana em um mundo com populações mais sãs. Um aspecto destacado pelos especialistas é que os pobres são a maioria dos protagonistas do crescimento, de origem natural ou migratória, das cidades.

Mais de um bilhão de pessoas, o equivalente a um terço da população urbana mundial, moram em assentamentos precários e em favelas, em condições insalubres. Se as cidades fracassarem em garantir oportunidades econômicas aos pobres, grandes massas de jovens desempregados podem ameaçar a estabilidade social, a segurança e, por consequência, a saúde das comunidades, destacou Chan. Os especialistas prevêem que nos países de baixa renda, em especial, as disparidades aumentarão se a combinação de migrações internas, crescimento rural e escassez de recursos determinarem o fracasso das cidades no fornecimento dos serviços necessários.

A OMS dedicou o Dia Mundial da Saúde, celebrado ontem, a fazer um chamado a diferentes grupos, autoridades municipais, setor privado, cidadãos comprometidos, organizações não governamentais e defensores de uma vida sã. Esta agência da Organização das Nações Unidas pede que cuidem das desigualdades no campo da saúde registradas nas cidades e que adotem as ações pertinen

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=72517&edt=1

IPS/Envolverde

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader